🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

novo dia de ganhos

Ibovespa se aproxima dos 110 mil pontos com disparada de blue chips em meio à transição de Biden e vacina

Índice fecha perto das máximas, em sessão liderada por ações de administradoras de shoppings. Dólar prossegue em trajetória de queda em novembro, enquanto juros curtos sobem com IPCA-15 maior do que o esperado

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
24 de novembro de 2020
18:58 - atualizado às 21:22
Foguete voando na frente da bolsa; Ibovespa em alta
Montagem com foguete decolando na frente da sede da B3. - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O principal índice acionário da B3 continua subindo e subindo e subindo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A sessão desta terça-feira (24) foi a 16ª do índice em novembro, no qual marcou 12 altas e apenas quatro quedas. No acumulado do mês, o Ibovespa já somou ganhos de 17% — o que o levou a reduzir as suas perdas no ano, basicamente motivadas pela crise disparada pela pandemia do coronavírus, para 5%.

Os drivers que explicam a performance no mês até aqui principalmente se referem ao avanço no front das vacinas.

Esse "departamento" tem trazido boas novas com frequência, a mais recente delas sendo a de que o imunizante desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca com a Universidade de Oxford obteve eficácia média de 70% em testes da fase 3.

Hoje, um dado proveniente do cenário político dos Estados Unidos veio se juntar aos bons augúrios de vacinas contra a covid-19: a administração do atual presidente Donald Trump enfim autorizou à equipe do presidente eleito Joe Biden que se inicie a transição para o novo governo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O movimento diminui a percepção de risco político gerado pela continuidade do questionamento de Trump à vitória de Biden.

Leia Também

As nomeações do democrata para ocupar cargos-chave do governo também fazem preço. Segundo o Wall Street Journal, a ex-presidente do Federal Reserve (banco central americano, o Fed), Janet Yellen, será a escolhida para secretária do Tesouro do país.

Yellen é vista como uma formuladora de política inclinada a fornecer mais estímulos à economia, o que impulsiona os investidores a alocarem recursos em ativos de risco em meio a uma possível maior disponibilidade de liquidez no mercado.

Esses fatores foram condutores essenciais dos negócios em âmbito global. Em Wall Street, os principais índices acionários dispararam ao menos 1,3%, com o Dow Jones indo ao seu recorde histórico superando os 30 mil pontos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por aqui, o Ibovespa fechou o dia com mais uma sessão de gala, disparando 2,24%, terminando cotado aos 109.786,30 pontos. Na máxima, subiu 2,4%, para 109.956,18 pontos, muito próximo do patamar de 110 mil.

Os maiores destaques foram, mais uma vez, as blue chips do índice, empresas consolidadas e com muita participação na composição da carteira do Ibovespa, que têm atraído a atenção dos gringos que voltaram à B3 em novembro. Papéis de bancos, Petrobras e Vale novamente fizeram bonito.

Quem sobe, quem desce

Papéis de bancos registraram ganhos fortes na sessão de hoje — a menor alta entre essas ações foi a de Itaú PN, que disparou 3,15%.

Pesos-pesados, os bancos sustentaram a alta do índice em meio ao ingresso de recursos de investidores estrangeiros na bolsa, os quais têm buscado predominantemente blue chips vistas como "pechinchas".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outros destaques foram Petrobras ON e Vale ON, atrativas para os estrangeiros pelas características de empresas de valor, com receita estável e alto rendimento de dividendos.

A petroleira foi ajudada pela disparada do petróleo no mercado internacional, enquanto a Vale teve o preço de sua ADR — recibo de depósitos de ações negociadas no exterior — elevado de US$ 14 para US$ 17 pelo BTG Pactual, em meio à expectativa de que o minério de ferro permaneça em valores saudáveis e uma orientação de alocação de capital disciplinada pela mineradora.

Além disso, fundos locais se aproveitaram para embarcar em papéis de shoppings e educação, que mais poderiam ser beneficiados pelo advento de uma vacina, mas ainda não tiveram crescimentos expressivos como as ações de aéreas — que lideram os ganhos do Ibovespa no mês.

"Esses investidores institucionais estão voltando e considerando esses papéis, enquanto a pessoa física está realizando ganhos", diz Igor Cavaca, analista da Warren.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
MULT3Multiplan ON           23,50 7,16%
BRML3BR Malls ON             9,99 7,07%
USIM5Usiminas PNA           12,48 6,12%
CSNA3CSN ON           22,63 6,00%
IGTA3Iguatemi ON           36,30 5,99%

Na ponta oposta, as ações da Weg caíram, com investidores optando pela realização de lucros. PetroRio ON foi a maior queda percentual do índice, devolvendo parte pequena dos múltiplos ganhos vistos no mês (alta de 44,5% no período).

Exportadoras, Suzano e Klabin caíram com o forte recuo do dólar. As ações NotreDame Intermédica ON caíram 1,25%, o que pode ser um reflexo da oferta pública inicial de ações da Rede D'Or, maior grupo privado de saúde do país. Confira as maiores perdas do Ibovespa:

CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
PRIO3PetroRio ON           45,30 -2,60%
RADL3Raia Drogasil ON           25,70 -2,36%
WEGE3Weg ON           76,94 -2,00%
TOTS3Totvs ON           26,32 -1,83%
IRBR3IRB ON             7,06 -1,53%

Dólar cai; juros curtos sobem com IPCA-15, longos recuam

O dólar, por sua vez, estendeu a queda no mês e caiu 1,1%, fechando cotado a R$ 5,3753, refletindo a tomada de risco nas bolsas ao redor do mundo que faz os investidores se desfazerem de ativos de hedge (proteção) e a entrada de fluxos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil.

A divisa americana também demonstrou fraqueza frente a moedas pares do real, como o peso mexicano, o rublo russo e o rand sul-africano, indicando um enfraquecimento generalizado em comparação às divisas de economias em desenvolvimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Frente a moedas fortes como euro, libra e iene, como indicado pelo Dollar Index (DXY), o dólar marcou leve recuo.

Os juros futuros, que fecharam estressados ontem com a cautela pelo risco fiscal, tiveram desempenhos mistos nesta terça.

Se mais cedo eles chegaram a cair, viraram em meio à realização do leilão do Tesouro, que vendeu o lote integral de 1,1 milhão de NTN-Bs, um sinal de que o mercado vai embarcar na dívida do governo apesar das incertezas com a sustentabilidade da dívida.

Para entender a sessão de hoje nesse mercado, é fundamental falar da inflação preliminar de novembro. Foi divulgado pela manhã o maior valor do IPCA-15 para o mês em 5 anos, afetando os vencimentos mais curtos, como os juros para janeiro/2022, que subiram levemente em meio à percepção de alta dos preços no curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, escreveu em relatório que o dado apresentou uma alta da alimentação em domicílio e fora do domicílio, além de pressão maior do que a esperada nos preços de bens industriais.

No geral, escreve ele, apesar das recentes pressões sobre os preços dos alimentos e da indústria, "o núcleo e a inflação de serviços ainda abaixo da meta devem continuar a dar conforto ao banco central no curto e médio prazo". Ramos faz, no entanto, um alerta: "a recente dinâmica da inflação requer monitoramento para sinais de efeitos de segunda ordem e generalização das pressões inflacionárias".

"Esse IPCA-15 sugere uma inflação mais salgada nesse fim de ano", diz Paulo Nepomuceno, analista de renda fixa da Terra Investimentos. "Mas, como o exterior esteve bem, deu uma bela folga no dólar e, portanto, na parte mais longa da curva de juros."

As taxas de vencimentos mais longos recuaram apenas levemente, deixando as mínimas intradiárias que foram vistas ao longo do dia, acompanhando o cenário de busca por risco nas bolsas. Veja o fechamento dos juros:

  • Janeiro/2021: de 1,934% para 1,936%
  • Janeiro/2022: de 3,40% para 3,41%
  • Janeiro/2023: de 5,20% para 5,23%
  • Janeiro/2025: de 7,04% para 7,00%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AINDA MAIS PRECIOSOS

Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?

22 de dezembro de 2025 - 12:48

No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%

BOMBOU NO SD

LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro

21 de dezembro de 2025 - 17:10

Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana

B DE BILHÃO

R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista

21 de dezembro de 2025 - 16:01

Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias

APÓS UMA DECISÃO JUDICIAL

Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana

21 de dezembro de 2025 - 11:30

O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo

DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar