🔴 SÉRIE EMPIRICUS IN$IGTS: +100 RELATÓRIOS CORTESIA – LIBERE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo
foco na estratégia

Após semana de pânico, investidor deve manter calma e seguir seu perfil

Na quinta-feira, duas paradas aconteceram no mesmo dia, algo que não era visto desde a crise de 2008

Estadão Conteúdo
16 de março de 2020
9:18 - atualizado às 9:19
Imagem mostra jogo de xadrez com simulações de gráficos
Imagem: Shutterstock

A última semana foi uma prova de fogo para o investidor iniciante. As negociações na B3 foram suspensas quatro vezes depois de quedas de mais de 10% no Ibovespa. Na quinta-feira, duas paradas aconteceram no mesmo dia, algo que não era visto desde a crise de 2008. As comparações com a crise do subprime, porém, não param por aí.

O Ibovespa caiu 39,3% desde 23 de janeiro - quando a Bolsa estava em 119,5 mil pontos - até quinta-feira, quando bateu em 72,5 mil pontos. O tombo significa queda média diária de 1,16%. Em 2008, entre o pico da Bolsa e o patamar mais baixo atingido, foi registrado queda de 50%, mas como a descida ocorreu de forma mais lenta, a média diária de quedas foi de 0,36%. Os cálculos são do economista do BTG Pactual Digital Álvaro Frassom.

"Foi uma queda mais intensa. A gente entende que a pessoa física está machucada por esse solavanco. Mesmo quem é de mercado está assustado", diz Frassom. Ele explica que em momentos como esse sangue frio e foco no longo prazo são essenciais. "O momento é de irracionalidade. O investidor deve procurar estudar para não agir no automático e cometer o erro de comprar na alta e vender na baixa", diz. Em meio a quedas bruscas e pânico, o conselho é esperar e manter as posições.

Além disso, os analistas indicam observar o perfil de cada investidor (conservador, moderado ou arrojado). O analista da Easynvest José Falcão CastroCastro explica que, respeitando a tolerância ao risco, é possível aproveitar o preço baixo das ações para ganhar no longo prazo. Se o cliente é moderado e tem tolerância a uma certa porcentagem de seu patrimônio em ações, por exemplo, ele não deve excedê-lo só porque os papéis estão "baratos".

Para Leandro Miranda, diretor executivo da Ágora Investimentos, o investidor experiente que está disposto a correr altos riscos consegue transformar perdas em ganhos. "Para quem sabe analisar o mercado, é possível mesmo em tempos de baixa trocar uma ação que está em queda por outra que também esteja em baixa, mas que apresente melhores chances de recuperação." Ele ainda acrescenta que a atual depreciação dos ativos traz boas oportunidades para diversificar a carteira com ações de diferentes empresas.

Segurança

Os especialistas também concordam que o momento de crise chama a atenção para importância de buscar ativos de proteção na carteira de investimentos. Para o investidor mais experiente, é possível buscar possibilidades nas corretoras para obter a amortização de perdas, operação conhecida como hedge. "A pessoa física pode alocar um pouco nas chamadas opções (mecanismo sofisticado que envolve o direito de comprar e vender ações com preços e prazos já estabelecidos) Eles estão disponíveis nas corretoras. São uma possibilidade mais rebuscada", diz Frasson. Mas existem caminhos mais simples. "Em todas as carteiras, colocamos elementos de proteção. Pequenas porcentagens em fundos cambiais ou de ouro, por exemplo", diz Castro.

A incerteza é o que mais motiva o pânico do investidor. Segundo Castro, quando as consequências do coronavírus na economia brasileira ficarem mais claras, o mercado tende a se acalmar. "O dia em que houver o número de quanto o PIB vai perder, a Bolsa para de cair. Porque, a partir daí, é possível refazer a análise de valor das ações, precificar e seguir em frente."

Ainda assim, não há um cenário de recuperação desenhado. Daniel Sandoval, diretor de produtos e investimentos da Caixa Econômica Federal, diz que observa de perto o cenário, mas que ainda não é possível dizer quando a situação vai voltar à normalidade. "A recomendação que damos é que este não é o momento para movimentos bruscos", diz. O diretor da Caixa destaca que, tirando os problemas causados pela incerteza com o novo coronavírus, o mercado brasileiro está mais maduro e deve conseguir se recuperar. "O governo começou a andar com as reformas administrativa e financeira e nosso mercado de câmbio começa a passar por um momento de desenvolvimento, com órgãos reguladores mais presentes", afirma.

A visão positiva também é compartilhada por Miranda, da Ágora. "O perfil do investidor brasileiro passou por uma mudança, e hoje ele não é mais aquela pessoa que se preocupa apenas em comprar e vender. Ele agora se interessa pelos seus lucros e está sempre buscando a melhor alternativa para evitar perdas."

Renda fixa

Os especialistas veem, como de costume, o Tesouro Selic como uma boa alternativa para fazer reservas de valor longe do risco. Para além disso, com a expectativa dos juros voltarem a subir no longo prazo, o prêmio de títulos atrelados à inflação tende a aumentar. "Depois do Tesouro Selic, temos olhado mais para os atrelados à inflação. Os juros mais longos devem subir e esses títulos ficam mais atrativos", diz Luiz Salles, da corretora Guide Investimentos.

Ainda assim, o momento não é para grandes apostas. Álvaro Frassom, do BTG, alerta que a expectativa do mercado em relação às mudanças da taxa de juros variaram muito na última semana. "Em um dia, estimava-se corte de 0,25 ponto porcentual, no outro, aumento na mesma proporção. É melhor esperar a reunião (do Copom, nesta semana) para tomar qualquer decisão", afirma o analista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar