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Cotações por TradingView
Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Nem tão feio

Ações do Iguatemi têm alta forte com balanço melhor que o esperado

Papéis disparam mais de 7% com resultado “não tão ruim”; Credit Suisse está otimista com ações da empresa

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
5 de agosto de 2020
12:05 - atualizado às 18:24
Shopping JK Iguatemi, em São Paulo | Ações IGTI11
Shopping JK Iguatemi, em São Paulo - Imagem: Shutterstock

As ações da empresa de shopping centers de luxo Iguatemi (IGTA3) subiram forte nesta quarta-feira (5) após a divulgação do balanço do segundo trimestre com números melhores que o esperado pelos analistas. Os papéis fecharam em alta de 7,76%, cotados a R$ 34,98.

O Iguatemi divulgou seus números na noite de ontem (4), reportando um lucro líquido de R$ 46,3 milhões no período de abril a junho, queda de 23% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

A receita líquida atingiu R$ 160,9 milhões, queda de 14,3% na comparação anual, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 114,9 milhões, queda de 16,5% ante o mesmo período de 2019.

Os resultados negativos, impactados pela pandemia de covid-19, já eram amplamente esperados pelo mercado. Ao longo do segundo trimestre, alguns shoppings voltaram a funcionar, mas a companhia só conseguiu operar com todos os seus empreendimentos abertos durante três dias em todo o trimestre, pois logo alguns deles voltaram a ser fechados pelas prefeituras das suas respectivas cidades.

Dos 17 shopping centers da carteira, apenas 11 chegaram ao fim de junho em operação. Ainda assim, ao reabrirem, os shoppings passaram a operar com restrições de horário. Com isso, as vendas totais atingiram R$ 603,6 milhões, queda de 82,8% em relação ao segundo tri de 2019.

Credit Suisse tem recomendação 'outperform' para as Iguatemi

Apesar disso, os investidores consideram que os resultados até que não foram tão ruins, dadas as circunstâncias. O banco Credit Suisse, por exemplo, emitiu relatório sobre a empresa com o título "It wasn't that ugly, was it?" (algo como "Não foi tão feio, né?", em tradução livre).

"Embora o trimestre possa não ter debelado as preocupações de longo prazo, definitivamente trouxe o conforto de que o curto prazo possa não ser tão feio quanto o esperado", diz o relatório do Credit.

Os analistas dizem que, apesar de seus ativos terem permanecidos fechados pela maior parte do trimestre e de ter concedido descontos integrais para a maioria dos inquilinos, o Iguatemi conseguiu manter uma margem Ebitda positiva e elevada, gerar um fluxo de caixa operacional de R$ 4 milhões, manter uma alta taxa de ocupação, de 93,6%, e manter uma provisão para inadimplência de apenas R$ 7,4 milhões.

Os analistas do Credit consideram que o Ebitda e o fluxo de caixa da companhia tiveram performance "impressionante para um negócio que permaneceu fechado pela maior parte do trimestre".

O banco tem recomendação "outperform" (acima da média do mercado) para os papéis do Iguatemi e considera que, no preço atual, as ações se mostram atrativas para investidores de longo prazo. O preço-alvo do Credit para os papéis é de R$ 45, um potencial de valorização de quase 30% em relação ao preço atual.

"Nós esperamos que as ações de Iguatemi reajam positivamente, uma vez que o valuation atrativo de 17 vezes o preço/FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) projetado para 2021 pode não permanecer por muito tempo", diz o relatório.

Aposta no digital

Como as medidas de isolamento social adotadas pelo Poder Público durante a pandemia - o que acarretou no fechamento do comércio, incluindo os shoppings -, as varejistas têm investido mais nas suas operações digitais.

A aposta do Iguatemi é o marketplace Iguatemi 365, que foi expandido, no mês de julho, para mais cinco capitais: Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia e Campo Grande. Antes, a plataforma digital da operadora de shoppings atuava apenas no estado de São Paulo.

Em teleconferência de resultados na manhã de hoje, o presidente do grupo Iguatemi, Carlos Jereissati, disse que o plano é expandir o Iguatemi 365 para mais cinco capitais até o fim do ano, o que incluiria a região Nordeste.

Inicialmente, as entregas continuarão sendo feitas a partir de São Paulo, mas com o crescimento do volume, novos centros logísticos serão criados.

A plataforma, que começou com apenas 80 grifes, hoje já conta com a presença de mais de 280 marcas, e deve alcançar 300 até o fim do ano, estima a empresa. Em torno de 30% das grifes disponíveis hoje no marketplace não contam com presença física em nenhum dos empreendimentos do Iguatemi pelo país.

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