🔴 NOVA META: ALCANÇAR R$ 1 MILHÃO NOS PRÓXIMOS 12 MESES COM CRITPO RWA – CONHEÇA O PLANO

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Vídeo

Fundos de debêntures incentivadas: se é renda fixa, por que são tão voláteis?

Eles andam na moda entre as pessoas físicas, mas recentemente deram um susto nos investidores; entenda o que há por trás das oscilações das cotas desses fundos isentos de IR

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
22 de novembro de 2019
9:37 - atualizado às 22:17

As debêntures incentivadas são investimentos que estão muito na moda entre os investidores pessoas físicas. É que, para esse público, elas são isentas de imposto de renda. Como o investimento inicial para comprar um título desses pode ser muito alto para o pequeno investidor, e selecionar debêntures para investir não é uma tarefa trivial, muitas gestoras de recursos criaram fundos dedicados a investir nesses papéis.

O que nem todos os investidores entendem é por que as cotas desses fundos oscilam tanto. Afinal, debêntures não são títulos de renda fixa? Por que tanto sobe e desce? É isso que eu vou explicar no vídeo a seguir:

As debêntures incentivadas são títulos de renda fixa emitidos por empresas para captar recursos junto aos investidores no mercado de capitais. Assim como os CDB e títulos públicos, as debêntures representam um empréstimo que o comprador do papel faz ao emissor - no caso, a empresa. Ou seja, elas nada mais são do que títulos de dívida. O investidor não se torna sócio da companhia, mas sim credor.

Para emitir debêntures, a empresa precisa ter capital aberto, embora não necessariamente precise ter ações negociadas em bolsa. É que as emissões de debêntures também estão sujeitas a uma série de regras. A empresa precisa mostrar ao mercado a sua capacidade de pagamento e esclarecer para que vai usar aquele dinheiro.

Os recursos captados por uma emissão de debêntures podem ser usados para uma série de coisas, desde capital de giro e renegociação de dívidas, até o investimento em novos projetos. Para serem incentivadas, as debêntures precisam captar recursos para o investimento em projetos de infraestrutura. Como o governo deseja estimular o capital privado a investir nessa área, ele isentou esses títulos de imposto de renda para a pessoa física.

Leia Também

Mas por que as cotas dos fundos de debêntures incentivadas oscilam tanto? Não é renda fixa? Sim, mas o fato de ser renda fixa não significa que o preço do título não possa subir e descer. Significa apenas que o investidor precisa receber a remuneração acordada na data de vencimento, independentemente do que acontecer com o emissor.

Alguns títulos de renda fixa, como é o caso das debêntures incentivadas, remuneram uma taxa prefixada - já conhecida no ato do investimento - mais a variação de um índice de inflação. Títulos com essa característica se valorizam quando as perspectivas do mercado para as taxas de juros sobem, e se desvalorizam quando esses juros futuros caem. Mas, no vencimento, o investidor recebe exatamente a remuneração acordada. Entenda como os preços dos títulos de renda fixa são calculados.

Então, dá para ganhar dinheiro com esses títulos de duas maneiras: ficando com eles até o vencimento para receber a remuneração, ou vendendo o papel antes do vencimento para ganhar com a valorização.

Tanto os preços dos títulos quanto as cotas dos fundos que investem neles passam por um fenômeno chamado de marcação a mercado, que atualiza esses valores dia a dia. Isso faz com que as cotas dos fundos de debêntures incentivadas possam sacudir para caramba, o que não acontece com os fundos que investem em títulos de renda fixa com remuneração atrelada às taxas de juros. Afinal, os preços desses papéis pós-fixados são atualizados pela taxa de juros à qual eles são atrelados. Eles têm baixa volatilidade e praticamente só valorizam.

Alguns fundos de debêntures incentivadas chegam a fazer operações no mercado financeiro de forma a reduzir a volatilidade das suas cotas, o chamado hedge. Os gestores acreditam que isso torne o investimento, digamos, mais palatável para o investidor que não está acostumado a fortes oscilações na renda fixa.

Se você gostou do vídeo, não esqueça de curtir nosso canal de YouTube, clicar no sininho para receber as notificações e deixar dúvidas e sugestões de vídeos nos comentários.

Um adendo: recentemente, muitos fundos de debêntures incentivadas passaram por um susto, com recuo na rentabilidade e até desvalorização das cotas. É que como as debêntures haviam se valorizado muito (com redução da remuneração, consequentemente), muitos investidores decidiram pedir resgate para realizar os ganhos.

Essa pressão vendedora levou as taxas dos papéis a subirem novamente, consequentemente desvalorizando as debêntures. O estresse não teve, portanto, a ver com calote de emissores ou piora nas condições de crédito das empresas, mas justamente à dinâmica de preços dos papéis e questões de oferta e demanda.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Perda de até 80%: investidor de debêntures da Light (LIGT3) que não escolherem como querem receber até amanhã estão sujeitos a enorme deságio

2 de agosto de 2024 - 13:43

Opções do plano de recuperação judicial da Light incluem conversão em ações, prazos distintos e correção pelo dólar, inflação e CDI

Reforço no caixa

Estoque de títulos de renda fixa de dívida de empresas dispara na B3 e atinge cifra trilionária; confira os detalhes

24 de julho de 2024 - 18:42

No primeiro semestre deste ano, registro de papéis de dívidas corporativas na B3 subiram 18%

Apoio federal

CCR faz emissão bilionária para obras na Dutra e na Rio-Santos garantida por banco estatal; veja qual

19 de julho de 2024 - 15:10

Segundo a companhia, investimento em duas rodovias soma R$ 15,5 bilhões; parte será bancada pelos R$ 9,4 bilhões em debêntures

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Com Biden e Trump tão diferentes e tão iguais, Ibovespa começa o dia a reboque do exterior em dia de decisão do BCE

18 de julho de 2024 - 8:10

Ibovespa retomou caminho das altas ontem e hoje flerta com os 130 mil pontos; suspeitas de intervenção no iene pressionam moedas emergentes, inclusive o real

Balanço do mercado de capitais

Sem IPOs e com restrições a CRIs, CRAs, LCIs e LCAs, renda fixa domina emissões no 1º semestre; debêntures batem recorde de captação

17 de julho de 2024 - 19:30

Ofertas no mercado de capitais totalizaram R$ 337,9 bilhões no período, sendo que R$ 206,7 bilhões corresponderam a debêntures; ofertas de ações totalizaram apenas R$ 4,9 bilhões

DIVERSIFICANDO A CARTEIRA

Renda fixa do mês: os melhores títulos públicos e privados para investir em julho, segundo o Santander, BTG e XP

5 de julho de 2024 - 18:10

Bancos apostam nos prefixados e atrelados à inflação para o mês, mas atrelados à Selic e ao CDI ainda seguem atrativos pela falta de perspectiva de queda de juros até o final do ano

Balanço

Na renda fixa, aplicações conservadoras tiveram o melhor desempenho no semestre; confira as variações

3 de julho de 2024 - 13:03

Títulos emitidos por empresas indexados ao DI mostraram os melhores ganhos do período, segundo índices calculados pela Anbima; entre os títulos públicos, títulos Tesouro Selic foram os campeões

Dá o play!

Os fundos de renda fixa com ‘dupla isenção de IR’: uma conversa sobre FI-Infras com Aymar Almeida, gestor da Kinea

30 de junho de 2024 - 11:00

O podcast Touros e Ursos recebe o gestor do KDIF11, maior e mais antigo fundo de debêntures incentivadas com cotas negociadas na bolsa brasileira, para falar sobre a perspectiva para os FI-Infras

Balanço do semestre

Bitcoin, ouro e dólar são os melhores investimentos do 1⁰ semestre; Ibovespa tem uma das maiores altas de junho, mas é um dos piores do ano

29 de junho de 2024 - 11:23

Com volatilidade nos juros futuros e na bolsa, primeira metade de 2024 foi de quem apostou nas proteções; bolsa conseguiu “se salvar” num mês de junho difícil, mas é o terceiro pior ativo do ano

O BRILHO DA DÍVIDA

A bolsa não tem um IPO desde 2021 — mas o mercado deu um jeito de continuar em movimento, afirma o CEO da B3

24 de junho de 2024 - 14:23

Para Gilson Finkelsztain, os ativos de crédito corporativo se tornaram o “destaque definitivo” de 2024 em meio à escassez de aberturas de capital na bolsa

Mais dinheiro no caixa

Eletrobras (ELET3) aprova a captação de até R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 4 bilhões no exterior

6 de junho de 2024 - 10:25

Companhia fará captação junto ao Citibank, além de emitir, no Brasil, notas comerciais escriturais e debêntures, estas por meio da Chesf

Ainda o país da renda fixa

Investidor prefere renda fixa no 1º trimestre mesmo com juros mais baixos – e títulos isentos como LCI, LCA, CRI e CRA foram as estrelas

21 de maio de 2024 - 18:14

Crescimento do volume alocado em títulos de renda fixa isenta se destacou ante o desempenho de ações e fundos mais arriscados; poupança perdeu participação no volume investido pela pessoa física

Ainda atrativa

Onde investir na renda fixa em maio: bancos e corretoras recomendam Tesouro Direto, CDBs, LCAs e outros títulos isentos de IR

19 de maio de 2024 - 8:00

De títulos públicos a debêntures incentivadas, veja as indicações de Santander, XP e BTG na renda fixa para este mês

CRÉDITO PRIVADO

Suzano (SUZB3) vai captar R$ 5,9 bilhões em emissão de debêntures — e você pode investir sem pagar IR

17 de maio de 2024 - 19:35

Debêntures isentas da Suzano devem render uma taxa de juros equivalente à do título público corrigido pelo IPCA; saiba mais

Ficou mais fácil

B3 passa a permitir portabilidade digital entre corretoras de ativos negociados em bolsa, como ações, ETFs e fundos imobiliários

13 de maio de 2024 - 19:00

A portabilidade de investimentos já era possível, mas era um processo totalmente manual; agora, 15 corretoras já permitem a portabilidade digital de ativos negociados em bolsa, como ações

Renda fixa incentivada

Órfão das LCI e LCA? Banco indica 9 títulos isentos de imposto de renda que rendem mais que o CDI e o Tesouro IPCA+

24 de abril de 2024 - 17:15

Itaú BBA recomenda nove títulos de renda fixa, entre debêntures, CRIs e CRAs, acessíveis para investidores em geral e isentos de IR

Para onde ir?

Onde investir na renda fixa após tantas mudanças de regras e expectativas? Veja as recomendações das corretoras e bancos

16 de abril de 2024 - 13:03

Mercado agora espera que corte de juro seja menos intenso, e mudanças nos títulos isentos ocasionou alta da demanda por debêntures incentivadas, com queda nas taxas; para onde a renda fixa deve ir, então?

Mordida do Leão

O risco do Tesouro Direto que não te contaram (spoiler: tem a ver com inflação e imposto de renda)

15 de abril de 2024 - 6:04

Mordida do Leão sobre o Tesouro IPCA+ ocorre não só sobre o retorno real do título, mas também sobre a variação da inflação; e isso tem implicações para o investidor

Em busca da isenção perdida

Debêntures incentivadas viraram o porto seguro da isenção de IR, mas ainda valem a pena?

4 de abril de 2024 - 6:36

Títulos de dívida emitidos por empresas estão entre os melhores investimentos do ano, com alta de mais de 3,50%; em 12 meses, ganhos ultrapassam 18,50%. Mas depois de toda essa valorização, taxas continuam atrativas?

Renda fixa isenta

Sem IR e com dividendos: gestora do Nubank faz oferta pública de cotas do Nu Infra (NUIF11), seu fundo de debêntures incentivadas

18 de março de 2024 - 10:31

Objetivo da Nu Asset é captar R$ 150 milhões para seu fundo de crédito privado focado em infraestrutura

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar