Tempos estranhos
Se você não está entendendo direito o que está acontecendo nos mercados globais, nem consegue prever as consequências da guerra comercial entre Estados Unidos e China, não se preocupe, você não está sozinho.
Jornalistas especializados (como nós aqui no Seu Dinheiro), analistas, economistas e mesmo gestores de bilhões de dólares também temos de lidar com esse desconforto. Realmente não está claro o que vai acontecer, nem mesmo por quanto tempo as disputas entre americanos e chineses podem se arrastar.
A reação dos mercados diante de tanta incerteza costuma ser intensa, o que foi visto com clareza nos últimos dois dias - um tombo nas bolsas na segunda-feira, seguida de uma forte alta na terça. Como eu falei na newsletter de ontem, há volatilidade à frente.
Aqui no Seu Dinheiro temos mostrado as vozes dissonantes que andam rolando nos mercados. Embora a visão predominante seja de boas perspectivas para a nossa economia e para os ativos brasileiros, também existem investidores pessimistas diante da possibilidade de uma nova recessão global, que poderia vir a azedar a nossa festa.
Às vezes as duas visões convivem num mesmo indivíduo ou instituição financeira. Isso fica evidente, por exemplo, na carta do mês de julho do fundo Verde, de Luis Stuhlberger, divulgada nesta quarta-feira. Basicamente, o lendário gestor aumentou sua posição em ações brasileiras, mas está preocupado com o cenário externo.
Essa ambivalência também fica muito clara no comportamento das bolsas e do dólar. Por um lado, o movimento mundial de queda nas taxas de juros pelo qual estamos passando tende a valorizar a renda variável.
Leia Também
Por outro, os motivos que estão levando os bancos centrais a cortarem os juros são preocupantes: o risco de desaceleração da economia mundial em razão da guerra comercial e, em certos países, o fato de a economia estar patinando e não reagir de jeito nenhum.
O Eduardo Campos traz hoje duas análises muito interessantes para nos ajudar a navegar por esse nevoeiro. Neste texto, o Edu fala sobre outros bancos centrais que também cortaram os juros e revisita a sua análise de que juro baixo nem sempre é coisa boa. Ele explica, ainda, por que uma guerra comercial que deságue em guerra cambial pode ser um problemão.
Mas o que fazer diante de tanta incerteza e volatilidade? Bem, se a diversificação é a arma dos ignorantes (aqueles que não sabem o que vai acontecer, como nós), é justamente essa a orientação de Ray Dalio, grande gestor da Bridgewater cujas ideias já frequentam há tempos as nossas páginas.
Nesta outra análise, o Edu fala sobre a posição de Dalio diante da guerra comercial. Afinal, de que lado devemos ficar nesse duelo de gigantes? Dalio diz “nos dois”, mas ele tem um lado preferido!
Recomendo a leitura e termino esta nota com uma frase do Edu bastante ilustrativa dos tempos estranhos que estamos vivendo:
“Parece existir um desconforto ou incompreensão com uma dinâmica global de juros zero ou mesmo negativo, que desafia a lógica do mercado (já são mais de US$ 15 trilhões alocados em taxas negativas), países como Grécia e Itália pagando menos que os EUA para se financiar, o preço do ouro batendo novas máximas históricas e empresas 'disruptivas', mas que não dão lucro virando o ‘novo normal’ nas bolsas (a lista é extensa, pode completar).”
Azedou, mas depois adoçou
E a volatilidade dos mercados diante das incertezas com a guerra comercial continuou nesta quarta-feira. Quem abriu a página principal do Seu Dinheiro por volta das 11 da manhã certamente pensou: “xii, mais um dia de bolsa despencando”. De fato, o ritmo de queda na abertura do pregão foi forte, mas nada como algumas horinhas de negociação para aliviar a tensão. Foi mais ou menos por volta das 16 horas que o Ibovespa virou para o campo positivo e acabou fechando em alta. Já o comportamento do dólar deixou bem claro que o mercado está mesmo é na defensiva. Soma-se a tudo isso o impacto da temporada de balanços nas ações brasileiras. O Victor Aguiar traz os detalhes do pregão de hoje nesta matéria.
Balanço saudável
Quem surfou bonito na crista da onda foram as ações da RaiaDrogasil. O balanço trimestral divulgado na noite de ontem agradou (e muito) os investidores, que pegaram sua cestinha e saíram às compras. O papel ordinário da companhia fechou o dia na máxima diária e histórica, negociada a R$ 94,50. O Victor também acompanhou de perto esse “boom” e conta todos os detalhes nesta matéria.
Família vende tudo
Sabe aquela cena clássica de filme em que as famílias norte-americanas colocam todas as suas coisas na calçada de casa e fazem um saldão para conseguir dinheiro? Pois é esse o cenário que melhor expressa a situação da Petrobras no mercado. Já faz um tempo que a estatal entrou na onda do desapego e hoje foi a vez dos investidores descobrirem os próximos passos dessa jornada. E parece que o alvo agora são as termelétricas.
Saudades do que não vivemos
Em toda a minha vida, fiz compras apenas uma vez em uma loja do Walmart. Lembro que ela ficava na Rua Almirante Cóchrane, na Tijuca, bairro onde eu cresci, no Rio de Janeiro. Não me lembro ao certo do que fui comprar lá, mas o fato é que em pouco tempo o local deixou de ser Walmart e passou a abrigar uma loja da rede Guanabara. E a Tijuca não foi o único lugar no Brasil em que o Walmart não prosperou. Tanto é que o dono da marca, o fundo norte-americano Advent, já pensa em abandoná-la e investir em outros nomes potenciais. Será que dessa vez o grupo consegue abalar a hegemonia do GPA e do Carrefour no varejo brasileiro?
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Lotofácil ‘final zero’ promete R$ 12 milhões em premiações hoje
Além do concurso com ‘final zero’, a Lotofácil acumulou na última rodada. Enquanto isso, de todos as loterias com sorteios programados para a noite de hoje (17), somente uma promete prêmio inferior a R$ 1 milhão.
Feriado no Brasil, mas sem descanso para o mercado: Payroll, ata do Fomc, IBC-Br e balanço da Nvidia estão na agenda econômica
O calendário dos próximos dias ainda conta com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE)
Com Pix, empresas e consumidores brasileiros economizaram R$ 117 bilhões em cinco anos
Levantamento elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo mostrou que somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados
Isenção de 10% para café e carne é um alívio, mas sobretaxa de 40% continua a ser entrave com EUA
A medida beneficia diretamente 80 itens que o Brasil vende aos EUA, mas a sobretaxa continua a afetar a maior parte dos produtos brasileiros
Banco do Brasil (BBAS3) e mais um balanço ‘para se esquecer’, dificuldades da Cosan (CSAN3) e histórias da Praia do Cassino
Investidores estiveram atentos aos números do Banco do Brasil e também acompanharam a situação da Cosan nas mais lidas da última semana
COP30: Marcha Mundial pelo Clima reúne 70 mil pessoas nas ruas de Belém
Ativistas reivindicam acordos e soluções efetivas de governos na COP30
‘Pet 2.0’: clonagem animal vira serviço de R$ 263 mil; ricos e famosos já duplicam seus pets
Clonagem de animais começou nos anos 1990 com a ovelha Dolly e agora é usada para reproduzir pets falecidos, preservação de espécies e melhoramento de rebanho
Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora
Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027
Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026
Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026
Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?
Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda
Explosão de fogos no Tatuapé: quem paga a conta? Entenda a responsabilidade de locatário, proprietário e vizinhos
Com danos a casas, comércios e patrimônio público, advogados apontam quem responde civilmente pela explosão no bairro da zona leste
RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?
Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny
Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões
Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite
Do passado glorioso ao futuro incerto: a reforma milionária que promete transformar estádio de tradicional clube brasileiro
Reforma do Caindé prevê R$ 700 milhões para modernizar o estádio da Portuguesa em São Paulo, mas impasse com a Prefeitura ameaça o projeto
Onde já é possível tirar a habilitação gratuitamente? Confira quais Estados já aderiram à CNH Social
Com a CNH Social em expansão, estados avançam em editais e inscrições para oferecer a habilitação gratuita a candidatos de baixa renda
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
