Esse tal de mercado financeiro

Uma das perguntas que as pessoas mais me fazem (imagine a cena no churrasco da família) é quem é esse tal de “mercado”. Nessas horas, eu só consigo me lembrar da Rita Lee (Um planeta? Um deserto? Uma bomba que estourou?).
Uma coisa é certa: seja quem for, esse tal de mercado financeiro é Roque Enrow. E bipolar.
Nos últimos dois dias, tudo parecia que ia dar errado para quem acompanha o sobe e desce da bolsa, do dólar e dos juros.
A onda mais recente de pessimismo que levou o Ibovespa (de novo) para abaixo dos 95 mil pontos e o dólar a flertar com os R$ 4,00 foi provocada pela ameaça da volta da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Por aqui, a tramitação a passos de cágado (o animal, nenhuma referência a Olavo de Carvalho) da reforma da Previdência e a articulação política ainda frouxa do governo Bolsonaro só contribuíram para aumentar o nervosismo entre os investidores.
Se você quer saber se alguma dessas questões foi resolvida, a resposta é “não”. Só que hoje o mercado decidiu virar o disco e enxergar as coisas pelo lado positivo.
O Victor Aguiar, que conversa diariamente com quem trabalha no mercado e está acostumado com essa típica bipolaridade, conta para você por que os investidores decidiram voltar às compras na bolsa e se esse movimento pode durar.
Quando a arma dispara
A alta nas ações da Taurus Armas depois da assinatura do decreto de Bolsonaro que facilitou o porte de armas já era carta marcada no baralho. Mas confesso que fiquei impressionado com tamanho apetite dos investidores pela empresa. Na máxima do dia, os papéis da Taurus na B3 chegaram a ser negociados com alta de mais de 25%. Saiba como a medida do capitão mexeu com a fabricante brasileira de armas na bolsa.
O futuro é promissor
Pelo menos é o que diz o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O executivo fez uma conferência na hora do almoço para falar sobre o balanço da estatal que saiu ontem. Apesar dos dados abaixo do esperado, Castello Branco diz estar seguro que os negócios da petroleira vão engatar. E vale dizer que a alta expressiva das ações da Petrobras hoje na bolsa sinaliza que o mercado tem uma expectativa parecida. Nesta matéria eu conto qual foi a reação dos analistas e a recomendação deles para os papéis da estatal.
A volta do Tigrão
Paulo Guedes foi à Câmara dos Deputados para disputar o segundo round da guerra da Previdência. Dessa vez a missão foi convencer os deputados da Comissão Especial a aprovar o projeto e manter seu tão sonhado trilhão. Pelo menos até a hora em que eu fechei esta newsletter o papo estava mais morno do que na CCJ, mas o ministro não deixou de dar suas alfinetadas na oposição e nas aposentadorias dos parlamentares. O Edu Campos acompanhou ao vivo os debates por lá e conta tudo para você.
Sem alarmes, sem surpresas
Se você procura emoções como nos jogos das semifinais da Liga dos Campeões não procure no Banco Central. E que continue assim! O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. A decisão foi unânime e esperada por 11 em cada 10 analistas no mercado. A expectativa é que a taxa se mantenha no patamar atual por um período razoável. Saiba as consequências do juro baixo e estável para os seus investimentos com o Eduardo Campos.
Sobre a arte de investir bem
Qual a fórmula mágica para ser um investidor de sucesso? Eu sei que muitos leitores do Seu Dinheiro gostariam de ver essa resposta por aqui, de preferência com uma solução fácil. Para a decepção de muitos, devo dizer que há não atalhos nessa trajetória. Mas o nosso colunista Felipe Miranda, sempre com muitas ideias na cabeça, trouxe alguns ensinamentos valiosos sobre como obter sucesso nos investimentos. A leitura é mais que recomendada!
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