Após operação, PF diz investigar outros R$200 milhões em contratos da Renova
Ao comentar sobre a operação deflagrada nesta quinta-feira, 11, para obter provas adicionais relativas a operações fraudulentas relacionadas à geradora de energia renovável, o coordenador da operação disse que esses contratos não envolvem a Casa dos Ventos, mas também têm sinais “muito parecidos” de ilícitos
A Polícia Federal está investigando mais R$ 200 milhões em contratos suspeitos da Renova Energia. Ao comentar sobre a operação "E o Vento Levou" (quarta fase da Descarte), deflagrada nesta quinta-feira, 11, para obter provas adicionais relativas a operações fraudulentas relacionadas à geradora de energia renovável, o coordenador da operação e chefe da delegacia de repressão a Corrupção e Crime Financeiro, Victor Hugo Rodrigues Alves, comentou que esses contratos não envolvem a Casa dos Ventos, mas também têm sinais "muito parecidos" de ilícitos.
O objetivo da operação é apurar o desvio de dinheiro da empresa Cemig Geração e Transmissão por meio do aporte de R$ 850 milhões na empresa Renova Energia S.A., com posterior repasse de parte deste recurso por meio do superfaturamento de um contrato com a empresa Casa dos Ventos e escoamento dos valores através de sua transferência a várias empresas. Em seguida, o dinheiro foi convertido em espécie e distribuído a diversas pessoas.
A PF investiga a participação de executivos e acionistas da Andrade Gutierrez, Cemig, Renova e da Casa dos Ventos na fraude - além dos operadores financeiros e outras empresas usadas para escoar o dinheiro desviado.
Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo vinte e seis mandados de busca e apreensão para os endereços das pessoas e empresas envolvidas com os fatos investigados, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Taubaté (SP), Nova Lima (MG) e Mogi das Cruzes (SP).
Outro lado
A Casa dos Ventos enviou nota na qual esclarece que a empresa e seus executivos não foram objeto de busca e apreensão na Operação "E o Vento Levou". "A companhia, por iniciativa própria, já vem colaborando com as autoridades na apuração de fatos, ocorridos há 5 anos, que envolvem sigilo", declarou a empresa em nota.
Conforme explicaram representantes da PF e da Receita Federal, um contrato de venda de projeto da Casa dos Ventos para a Renova Energia foi alvo de sobrepreço da ordem de R$ 40 milhões.
Leia Também
Esse montante foi repassado, após várias etapas de lavagem de dinheiro, a pessoas indicadas por executivos da Andrade Gutierrez, Codemig e Cemig.
Ao longo das investigações, um executivo da Casa dos Ventos atuou como colaborador. Ainda assim, segundo o coordenador da operação e chefe da delegacia de repressão a Corrupção e Crime Financeiro, Victor Hugo Rodrigues Alves, o fundador da Casa dos Ventos, Mario Araripe, deve prestar esclarecimentos na semana que vem. Foi ele quem, segundo as investigações, concordou com o sobrepreço na venda do projeto.
A Renova Energia divulgou comunicado informando que a Polícia Federal deflagrou a Operação "E o Vento Levou", quarta fase da Descarte, para apurar suposto desvio de dinheiro da Cemig por meio do aporte de R$ 850 milhões na Renova.
A companhia esclarece que trata-se de uma investigação, ainda em curso, relacionada ao período anterior a 2015, e que prestará todas as informações necessárias para auxiliar os trabalhos da Polícia Federal e do poder judiciário.
A Cemig confirmou que na manhã desta quinta-feira agentes da Polícia Federal e da Receita Federal estiveram na sede da companhia em Belo Horizonte para "cumprir mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal de São Paulo em razão de indícios da prática de desvios de recursos em prejuízo da Cemig". A informação consta de comunicado enviado ao mercado.
No documento, a Cemig destaca que a investigação é sobre "fatos ocorridos anteriormente a 2015, na empresa Renova, com sede na capital paulista".
O comunicado não cita, mas a Cemig Geração e Transmissão é o maior acionista da Renova, com 36,23% do capital da empresa, sendo que possui mais de 45% das ações ordinárias - aquelas com direito a voto, segundo informações do site da própria Renova.
No comunicado da Cemig, a empresa mineira diz ainda que "está em total colaboração com as autoridades e que também tem interesse na rápida evolução dessas investigações". "A companhia reforça o seu compromisso com a transparência e que manterá o mercado e a sociedade informados sobre a evolução desses fatos ocorridos no passado", menciona o texto.
A reportagem continua tentando localizar os citados e deixou espaço aberto para manifestação.
Para fechar 2024 e abrir 2025: Ibovespa vai ao último pregão do ano de olho em liberação parcial de emendas de comissão
Ministro Flávio Dino, do STF, liberou execução de parte de emendas parlamentares sob suspeita, mas não sem duras críticas ao Congresso
Federalização de Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) deve ocorrer ainda em 2025, diz Zema; mas antes, empresas precisam virar corporations
Privatização das estatais mineiras será uma etapa no processo de usá-las como pagamento da dívida de Minas Gerais com a União
Light (LIGT3) avança para a reta final da recuperação judicial e debenturistas poderão retomar negociações ainda em dezembro
Companhia de energia conclui processo de entrega de títulos e debêntures aos credores no Brasil e no exterior
Nem tudo está perdido na bolsa: Ibovespa monitora andamento da pauta econômica em Brasília enquanto o resto do mercado aguarda o Fed
Depois de aprovar a reforma tributária, Congresso dá andamento ao trâmite do pacote fiscal apresentado pelo governo
Dividendos e JCP: Cemig (CMIG4), TIM (TIMS3) e WEG (WEGE3) anunciam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em proventos; veja quem tem direito
Empresas aprovaram mais uma distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) com data de corte em dezembro
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
Na mira da privatização, Cemig (CMIG4) divulga plano de investimento bilionário para os próximos cinco anos
Segundo a companhia mineira de energia, a maior parte do montante anunciado será direcionada para o segmento de distribuição
Alupar (ALUP11) anuncia recompra de ações: o que isso significa para investidores da empresa de energia elétrica?
Programa de aquisição de units representa a 1,17% do capital social da empresa
STF rejeita recurso da Eletrobras (ELET3) contra indenização bilionária ao governo do Piauí pela privatização da distribuidora de energia Cepisa
O caso, que também envolve a União, foi julgado neste ano com uma “condenação solidária”, com a Eletrobras e o Estado responsabilizados de forma conjunta
Equatorial (EQTL3) conclui a venda da divisão SPE 7 para a Energia Brasil por R$ 840 milhões
O movimento faz parte da execução da estratégia do grupo Equatorial de reciclagem de capital, que busca a desalavancagem das operações
Com aval da Justiça, Aneel fica impedida de exigir que Light (LIGT3) faça aporte de capital dos investidores
Dessa forma, a decisão suspende a exigência de tais aportes “até que o Poder Concedente decida sobre a prorrogação de sua concessão”, diz o documento
Copel (CPLE6) sobe forte na B3 com recompra, JCP milionário e desinvestimentos — e aqui estão mais motivos para comprar as ações, segundo o Itaú BBA
Companhia paranaense de energia elétrica também anunciou novas metas de investimento durante o Copel Day
Cemig (CMIG4) ou Copasa (CSMG3)? BTG Pactual analisa privatizações e diz qual gigante mineira tem maior potencial
Enquanto o governo de Minas Gerais demonstra otimismo sobre a privatização, analistas avaliam os desafios legislativos e o potencial de valorização das empresas
A Arábia Saudita tem um projeto ambicioso para ‘se livrar’ da dependência do petróleo – mas é justamente a commodity que pode atrapalhar os planos
A trajetória de gastos para o projeto Neom pode não ser sustentável, em um contexto de queda da demanda por petróleo e aumento do déficit fiscal
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
Dinheiro sujo na energia limpa: bilionário indiano é indiciado nos EUA por contratos ilegais que renderam mais de US$ 2 bilhões
Gautam Adani já foi o homem mais rico da Ásia, mas acusações de corrupção estão “torrando” o patrimônio do indiano desde o começo do ano passado
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
G20: Ministério de Minas e Energia assina acordo com a chinesa State Grid para transferência de tecnologia
A intenção é modernizar o parque elétrico brasileiro e beneficiar instituições de ensino e órgãos governamentais