‘Sem equilíbrio fiscal, consumo segue limitado’
Para o presidente da C&A Brasil, Paulo Correa, névoa na macroeconomia só deve se dissipar se o governo do presidente Jair Bolsonaro conseguir aprovar reformas fiscais
O cenário de insegurança em relação ao futuro da economia não tem impedido a C&A de continuar a abrir novas lojas físicas no Brasil. O plano é ter pelo menos dez novos endereços até o fim do ano. A macroeconomia, porém, serve de neblina para a projeção sobre a perspectiva de consumo.
Para o presidente da C&A Brasil, Paulo Correa, essa névoa só deve se dissipar se o governo do presidente Jair Bolsonaro conseguir aprovar reformas fiscais. Alvo de rumores no passado sobre uma possível abertura de capital no Brasil, a C&A não tem "nada concreto nesse sentido agora", diz ele, ressalvando que a empresa passa "o tempo inteiro olhando alternativas".
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
Como estão as expectativas para o consumo?
Enquanto não houver uma sinalização mais clara de que as medidas de equilíbrio fiscal, trazidas pela reforma da Previdência, forem aprovadas e confirmadas, a gente vai continuar a ver essa insegurança que não ajuda na perspectiva de consumo. Ao mesmo tempo, se realmente acontecer - e sou um dos que crê na aprovação no segundo semestre -, deverá gerar uma reversão de ciclo, com investimento, confiança e evolução no consumo.
A reforma da Previdência, por si só, é capaz de fazer a economia crescer?
Seria uma indicação clara de que o País vai ter um equilíbrio fiscal projetado. Os investidores, principalmente os internacionais, estão tentando entender se isso vai acontecer ou não para poder trazer liquidez (por meio de investimentos) para o Brasil. Isso sim mudaria a dimensão de consumo: esse fluxo de dinheiro poderia reativar a economia como um todo.
No caso da C&A, vocês estão esperando a economia reagir para investir?
Toda a energia da empresa tem ido para a nossa evolução como varejista, ao mesmo tempo em que tentamos identificar para onde está indo a economia. Como a gente não pode depender desse talvez, temos uma dimensão digital, soluções mais ágeis, propostas comerciais mais interessantes. Estamos fazendo nosso dever de casa para que a C&A, seja uma opção mais relevante, independente se o mercado está crescendo.
Leia Também
Houve rumores de que a C&A poderia abrir o capital no Brasil. Isso já foi avaliado pela sede?
A C&A é uma empresa de 178 anos, nas mãos da sexta geração da mesma família de origem holandesa, dona de 100% do controle. Tudo o que foi falado antes, foram rumores. Essa é a situação de hoje. O tempo inteiro olhamos alternativas, mas até agora não existe nada concreto nesse sentido.
Como estão os investimentos para o e-commerce?
É uma área importante para a companhia, que tem a ver com poder entregar produtos para o cliente a qualquer momento, do jeito que ele quer. Há também o uso de inteligência artificial para entender seu comportamento e preferências para poder oferecer histórias personalizadas e um desenvolvimento de produto mais ágil.
Esse projeto Mindse7, no qual toda semana chegam coleções novas às lojas, veio para trazer essa agilidade?
Sim, e é um conceito diferente. Fast fashion tradicional é o que está acontecendo nas passarelas e é trazido rapidamente para as lojas. Não é isso que a gente quer.
Queremos o que está rolando nas ruas e as pessoas estão querendo naquele momento.
Como é feita essa percepção do que está rolando nas ruas?
Temos um grupo de pessoas talentosas viajando o tempo inteiro no Brasil e no mundo, percebendo o que está acontecendo. Vão aos lugares mais interessantes, registram e usam de inspiração para uma pequena cápsula de 15 modelos. Em comunicação quase online com fornecedores, constroem protótipos, depois ajustados, e começa o ciclo de produção.
Quanto tempo leva esse processo?
O grande diferencial dessa coleção é esse: entre a hora que a gente identifica uma história e ela chega nas lojas, leva 35 dias. O ciclo normal é de 120 a 180 dias. É uma velocidade brutal, e tem a ver com um jeito de se organizar internamente. Todo mundo conversa online, com suportes tecnológicos e fornecedores juntos. Tudo isso gera velocidade grande.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos