Raia Drogasil compra Onofre de olho no delivery
A Onofre tem 50 lojas, sendo 47 no estado de São Paulo, duas no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais
Enquanto o mercado esperava a divulgação de resultados de 2018 da Raia Drogasil nesta noite de terça-feira (26), a empresa divulgou uma informação ainda mais relevante: a compra da Drogaria Onofre.
A compra envolve 100% do capital social da Onofre, controlada até então pela CVS Health Corporation. O valor do negócio não foi revelado no fato relevante divulgado pela Raia Drogasil ao mercado.
A Onofre tem 50 lojas, sendo 47 no estado de São Paulo, duas no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais. A receita bruta da empresa em 2018 foi de R$ 479,4 milhões.
Segundo noticiado pelo jornal o Estado de S.Paulo, a Onofre operava no vermelho e não era mais estratégica para a CVS. Por isso, chegou a ser oferecida para companhias brasileiras. O grupo ainda não definiu se vai manter ou não a marca Onofre.
Mas não foi apenas a rede física que atrai a atenção da Raia Drogasil. Foi a operação de e-commerce da Onofre que fez os olhos da Raia Drogasil brilharem. Segundo a companhia, a Onofre tem uma das principais operações de e-commerce farmacêutico do País, e é hoje uma das marcas líderes neste canal.
“A aquisição da Onofre nos permitirá incrementar a nossa escala e capilaridade no varejo físico, bem como acelerar e incrementar a nossa estratégia digital”, afirmou a empresa. A intenção é aumentar as entregas e expandir a atuação do “Onofre em Casa”, com entrega local para todos os mercados onde a Raia Drogasil possui estrutura logística.
Leia Também
A rede Onofre, fundada em 1934, foi comprada pela CVS em 2013, com um desembolso calculado pelo mercado em R$ 700 milhões. A compra está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Hoje, as ações da Raia Drogasil tiveram alta de 3,3% na B3.
Reforço no principal mercado
Além do foco no e-commerce, a compra da Onofre reforça a atuação da Raia Drogasil em São Paulo, que é o mercado onde a empresa tem maior concentração de mercado. Segundo os dados do balanço divulgado hoje, referente ao quarto trimestre de 2018, a Raia Drogasil tem um total de 1,825 mil lojas, sendo 952 em São Paulo.
A participação de mercado da empresa em São Paulo é de 22,9%, uma recuperação em relação ao trimestre anterior, quando a fatia havia caído para 22,1%.
Na ocasião, a queda ocorreu em função do aumento da concorrência em São Paulo, e levou a companhia a reforçar sua atuação em outras praças, como as regiões Norte e Nordeste, onde detém hoje 1,7% e 6,9% de participação de mercado. Um ano antes, estas participações eram de 0,3% e 5,7%, respectivamente. Segundo o resultado divulgado hoje, 70% das aberturas de lojas de 2018 ocorreram fora de São Paulo.
A partir de agora, a empresa contará com a Onofre para ganhar mais força na sua principal área de atuação.
E o balanço, como foi?
Apesar da novidade anunciada hoje, o ano não foi dos mais fáceis para a Raia Drogasil. A empresa registrou lucro líquido de R$ 509,3 milhões em 2018, queda de 0,65% em relação a 2017, quando o lucro líquido somou R$ 512,6 milhões.
Já o lucro líquido ajustado teve alta, e foi de R$ 548,614 milhões, acima da projeção média dos analistas, que previam lucro líquido ajustado de R$ 526,286 milhões, segundo a Bloomberg.
A receita líquida anual ficou em R$ 14,8 bilhões, alta de 12% ante o ano anterior. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,135 bilhão, avanço ante o Ebitda de R$ 1,130 bilhão do ano anterior.
Os números do quarto trimestre de 2018 também mostraram queda no lucro líquido consolidado e avanço no lucro líquido ajustado.
O lucro líquido consolidado foi de R$ 121,5 milhões no quarto trimestre de 2018, abaixo dos R$ 134,1 milhões registrados um ano antes. Já o lucro líquido consolidado avançou, passando de R$ 132,6 no quarto trimestre de 2017 para R$ 154,4 milhões no mesmo trimestre deste ano.
A dívida líquida da companhia aumento em 2018, passando de 393,6 milhões para R$ 735 milhões. A relação entre dívida líquida e Ebitda foi de 0,6 vezes no ano passado.
Ritmo foi mais lento
A companhia declarou que este foi um ano desafiador e com taxas menores de crescimento devido ao ambiente mais competitivo, que pressionou as margens. O ritmo de crescimento da venda consolidada da companhia desacelerou em 2018, passando de 17,1% para 12%.
A desaceleração foi evidente os três primeiros trimestres do ano, mas o ritmo de crescimento ficou mais forte no quarto trimestre, quando as vendas cresceram a um ritmo de 14,1%, praticamente em linha com o ritmo verificado um ano antes.
As lojas maduras (com mais de três anos) foram as mais pressionadas, e as vendas caíram 1,3% no ano. O quadro começou a melhorar um pouco no quarto trimestre, quando as lojas maduras tiveram crescimento de 0,6%.
As despesas com vendas somaram R$ 2,9 bilhões em 2018, alta de 15% em relação ao ano anterior. Este resultado foi impactado pelo grande número de lojas abertas ao longo ano. A empresa abriu 240 novas lojas em 2018, e fechou 25 lojas. A meta de abrir mais 240 novas lojas em 2019 está mantida.
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
