Petrobras assina venda de Pasadena para Chevron
Valor da transação é de US$ 562 milhões, sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 212 milhões de capital de giro

A Refinaria de Pasadena, da Petrobras, instalada nos Estados Unidos, foi oficialmente vendida nessa quarta-feira, 30, para a americana Chevron.
O valor da venda é de US$ 562 milhões, cerca de metade do valor pago pela estatal brasileira para ter a unidade, que passou de US$ 1,3 bilhão.
Dessa quantia, US$ 350 milhões são referentes ao valor das ações e US$ 212 milhões de capital de giro (tendo outubro do ano passado como data base).
O valor final da operação está sujeito a ajustes de capital de giro até a data de fechamento da transação, segundo informou a estatal.
Ontem à noite, a estatal brasileira confirmou que sua subsidiária americana assinou ontem o contrato de compra e venda das ações detidas pela Petrobras nas empresas que compõem o sistema de refino de Pasadena.
Foram vendidas as sociedades Pasadena Refining System Inc. (PRSI), responsável pelo processamento de petróleo e produção de derivados, e PRSI Trading LLC (PRST), que atua como braço comercial exclusivo da PRSI, ambas detidas integralmente pela Petrobras America Inc. A PRSI possui capacidade de processamento de 110 mil barris de petróleo por dia (bpd).
Leia Também
A empresa informou que a refinaria é independente do Sistema Petrobras, que pode operar com qualidades de petróleos médios e leves e produz derivados que são comercializados tipicamente no mercado doméstico americano.
A conclusão da transação, informou a Petrobras, está sujeita à obtenção das aprovações pelos órgãos antitruste dos Estados Unidos e do Brasil.
Vende-se
A Petrobras comunicou em fevereiro do ano passado sua intenção de vender a refinaria. Ela entrou no programa de desinvestimentos da estatal, que prevê a venda de ativos não estratégicos para reduzir o endividamento da companhia.
Em janeiro, a Chevron anunciou ao mercado que aceitou a compra da refinaria, onde a companhia deve focar suas operações de "shale oil", o gás de xisto. O negócio ainda depende de uma série de aprovações para se concretizar.
Nesta terça-feira, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, que assumiu o comando da empresa no início deste ano, reafirmou a intenção de vender ativos que não dão retorno à estatal e seus acionistas.
Símbolo de corrupção
A refinaria é protagonista de uma série de denúncias de corrupção no governo anterior e virou um símbolo de corrupção na Petrobras. Desvio de recursos na operação são investigados na Operação Lava Jato. A compra de Pasadena resultou em prejuízos de mais de meio bilhão de dólares à estatal, segundo apontou relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) em fevereiro do ano passado.
A empresa pagou um valor total de US$ 1,2 bilhão pela compra de Pasadena. Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões para a Astra Oil por 50% da refinaria Astra Oil, número considerado superfaturado. Um ano antes, a Astra tinha comprado a empresa por um valor muito menor, de cerca de US$ 40 milhões. A Petrobras desembolou mais dinheiro ao longo do tempo para ter 100% da empresa.
*Com Estadão Conteúdo
Petrobras (PETR4) está considerando emitir R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda
Oferta da estatal seguiria outra oferta bilionária de dívida anunciada na semana passada, a da Vale
Braskem (BRKM5) tem problema societário, e oferta de Tanure “vem na direção” da solução, diz presidente da Petrobras (PETR4)
Magda Chambriard disse ainda que a petroquímica é um ativo muito importante para a petroleira, que apoiará uma solução para o problema societário, qualquer que seja ela
Presidente da Petrobras (PETR4) diz que pode baixar mais gasolina e diesel se petróleo continuar caindo
Magda Chambriard disse que tanto a gasolina quanto o diesel estão abaixo do preço de paridade internacional, mas que a empresa está “confortável” com o patamar atual
Dança das cadeiras na Petrobras (PETR4): Mauricio Tolmasquim deixa diretoria e William França acumula funções até eleição de novo diretor
Tolmasquim foi indicado pelo governo federal para ser conselheiro da Eletrobras
Brasil tem três CEOs no ranking de mulheres mais poderosas no mundo dos negócios de 2025 da Fortune; confira quem são as brasileiras na lista
A Fortune leva em consideração a influência da executiva, capacidade de inovação, trajetória profissional e esforços para melhorar o mundo dos negócios
Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?
BTG corta preço-alvo da Petrobras (PETR4) em R$ 14 e mira nova petroleira; veja motivos e oportunidades
Queda no preço do petróleo pressiona Petrobras, mas analistas ainda enxergam potencial de valorização
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Ibama aprova plano-conceito da Petrobras (PETR4) para viabilizar exploração de petróleo no ‘novo pré-sal’
Aprovação não representa carta branca para Petrobras explorar a Foz do Amazonas, mas atende “requisitos técnicos” para validar a viabilidade do projeto
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Petrobras (PETR4) atualiza primeira parcela de dividendos bilionários; confira quem tem direito a receber a bolada
O montante a ser pago pela estatal se refere ao último balanço de 2024 e será feito em duas parcelas iguais
Petrobras (PETR4) paga menos dividendos e até o governo ficou com o bolso mais leve — valor menor pode dificultar a vida de Lula
Como maior acionista da Petrobras, até mesmo o governo federal viu a distribuição de lucros cair, o que pode pressionar ainda mais as contas públicas
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Nada de gastança na Petrobras (PETR4): Presidente da estatal fala em enxugar custos diante da queda do preço internacional do petróleo
Em teleconferência de resultados, a CEO Magda Chambriard destacou comprometimento com a austeridade da companhia — mas capex não deve cair
Resultado da Petrobras (PETR4) não foi ótimo, mas também não foi terrível — o que fazer com as ações agora?
Ação segue como principal recomendação do BTG no setor, mas algumas linhas do balanço preocupam
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido
O prejuízo ficou para trás: Petrobras (PETR4) tem lucro 48,6% maior no 1T25, investe 29% a menos do que no 4T24 e paga R$ 11,72 bilhões em dividendos
Entre janeiro e março, o lucro líquido da estatal subiu para R$ 35,209 bilhões em base anual; as projeções indicavam R$ 28,506 bilhões
Exportadoras carregam o Ibovespa: Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) sobem até 3% com acordo comercial entre EUA e China
Negociação entre EUA e China melhora as perspectivas de demanda por commodities no mundo e faz exportadoras terem um dia do alívio na bolsa
Trégua entre EUA e China acende o pavio das petroleiras e impulsiona ações de commodities
Depois de atingirem as menores cotações desde 2021, os contratos futuros do petróleo Brent sobem mais de 3% e levam as petroleiras junto
Onda de euforia nas bolsas: Ibovespa busca novos recordes na esteira do acordo entre EUA e China
Investidores também estão de olho no andamento da temporada de balanços e na agenda da semana