O almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira foi indicado pelo governo Bolsonaro para ocupar a presidência do conselho de administração da Petrobras.
Leal Ferreira era comandante da Marinha até janeiro do ano passado e ocupou uma série de cargos na hierarquia militar. Não consta no currículo do almirante encaminhado pela Petrobras experiência no setor de óleo e gás.
"Leal Ferreira foi treinado e teve suas capacidades de liderança, gestão e visão estratégica testadas e aperfeiçoadas ao longo de muitos anos de experiência", informa a estatal, em comunicado.
O governo indicou outros dois nomes para compor o conselho da Petrobras: John Milne Albuquerque Forman e João Cox.
Os três membros indicados substituem Luiz Nelson Carvalho, Francisco Petros e Durval José Soledade Santos no Conselho de Administração da Petrobras. Carvalho e Petros haviam pedido para sair no dia 1º de janeiro, enquanto Soledade apresentou pedido de renúncia hoje, segundo a Petrobras.
Soledade permanece como membro externo do Comitê de Minoritários e do Comitê de Auditoria Estatutário do Conglomerado Petrobras.
A saída dos executivos ocorreu a pedido do governo, que queria nomes mais alinhados às novas diretrizes delineadas para a petroleira, segundo notícias veiculadas na imprensa.
Currículos
Dos outros conselheiros indicados, Forman é graduado em geologia e Master of Science em Geologia pela Universidade de Stanford. Foi professor da Escola de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Conselho Científico e Tecnológico do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Forman também atuou como presidente da Unipar e da Nuclebrás, além de ter ocupado o cargo de diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
João Cox é economista com especialização em economia petroquímica pela Universidade de Oxford, mas fez carreira no setor de telecomunicações, como presidente da Telemig Celular e da Claro. No ano passado, ele assumiu a presidência do conselho de administração da Tim Participações.
Ainda segundo a Petrobras, a nova composição do conselho manterá o percentual mínimo de 40% de membros independentes, conforme o estatuto da companhia.