“Temos novidades, mas não queremos disparar antes da hora”, diz Guedes em evento da construção civil
Ministro também falou sobre a tramitação da reforma da Previdência e sobre mudanças no setor de energia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ao ser cobrado em evento da construção civil sobre medidas de curto prazo que destravem a economia, que existem várias medidas para serem disparadas, mas que precisam ser anunciadas no tempo certo. Ele afirmou que vem ouvindo "todo mundo" e o País vai voltar a crescer.
Entre as medidas que já estão sendo adotadas, Guedes citou a simplificação para abertura de empresas, e que espera aumentar a competição no mercado financeiro com o lançamento de fundos de renda fixa.
"Se você começa a apertar o botão, como fizeram no governo passado, sem garantir as reformar complementares... pode ser que eu solte nas duas ou três semanas, se a Previdência andar...", afirmou.
Sem querer antecipar outras medidas que serão tomadas, Guedes acenou com algum benefício para as igrejas, "mas acho que o presidente vai querer anunciar", referindo-se a Bolsonaro.
"Setores reclamam para nós (governo) sobre medidas abusivas. Não pode por exemplo uma igreja ter que contratar contador se faturar acima de R$ 3,6 mil... o eSocial obriga isso, não está certo", disse Guedes.
Choque elétrico
Guedes voltou a prometer que dentro de 30 a 60 dias será anunciado um plano para reduzir o preço da energia no País, como fez há duas semanas, medida que passa pela quebra de monopólio da Petrobras. Ele afirmou que pretende levar também "gás mais barato para os lares brasileiros", em referência ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
"Podemos fazer a reindustrialização do Brasil com energia barata e o gás chegar ao lar do brasileiro mais barato", disse Guedes. "Em 30, 60 dias vai sair o choque da energia barata", reafirmou.
O ministro ressaltou que, enquanto a Petrobras levará 50 anos para tirar todo a riqueza que existe na região pré-sal do País, "mais empresas atuando vão levar três anos".
Luz no fim do túnel?
O ministro da Economia também disse considerar normal a queda das projeções do mercado financeiro em relação ao crescimento da economia, mas que depois da reforma da Previdência isso será resolvido.
"Quando a reforma passar as expectativas vão ser favoráveis", disse Guedes durante o 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil (Enic).
Nos últimos meses o relatório Focus, publicado pelo Banco Central com projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) feitas pelo mercado financeiro, reduziu 11 vezes a projeção de alta da economia.
Guedes afirmou que a política é a causa dessas revisões e que, aprovada a reforma, irão subir novamente.
Confia no homem
Discursando ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro se disse confiante na "liderança" do parlamentar para aprovar a reforma no Congresso.
"Estamos muito confiantes na liderança dele lá na Câmara dos Deputados. E no apoio político que estamos recebendo", afirmou.
No discurso, o ministro voltou a afirmar que precisa que o impacto fiscal da reforma da Previdência a ser aprovada seja de pelo menos R$ 1 trilhão em dez anos para lançar um novo sistema previdenciário de capitalização. A proposta enviada pelo governo federal prevê impacto fiscal em torno de R$ 1,2 trilhão em dez anos.
Segundo ele, um sistema de capitalização na Previdência, que chamou de "poupança garantida" mais de uma vez, colocaria o País para crescer, ao atrair investimentos internos e externos.
"Investimentos privados internos e externos estão todos segurando o fôlego (à espera da reforma da Previdência)", disse Guedes.
Em sua defesa da capitalização, Guedes disse que o "medo" com o custo de transição para o novo sistema é "baseado em uma falsa premissa", de que todos os trabalhadores migrariam.
"Não é verdade, não são todos. (A capitalização) É só para os jovens", afirmou Guedes, voltando a citar a "carteira verde-amarela", regime trabalhista mais simples e com menos encargos que já fazia parte do programa de governo de Jair Bolsonaro.
Na defesa da capitalização, o ministro chegou a chamar a atual proposta de reforma da Previdência de "primeira reforma". "Essa primeira reforma é importante, é a parede que segura o teto fiscal", disse Guedes, referindo-se à regra do limite de gastos públicos.
Ainda em sua defesa do sistema de capitalização, o ministro disse que as mudanças nas regras do atual sistema de repartição durariam por cinco ou seis anos.
"Sem capitalização, essa reforma é para cinco ou seis anos. Se vem (um impacto fiscal, em dez anos, de) R$ 1 trilhão, vamos definir esse regime (de capitalização)", afirmou.
O ministro também criticou as comparações com outros países que adotaram o sistema de capitalização, como o Chile.
Guedes citou especificamente as alegações de que o Chile teria observado aumento nas ocorrências de suicídios por causa do baixo valor das aposentadorias.
"A taxa de suicídio é bem maior no Brasil do que no Chile, aliás, é bem maior em Cuba. E será maior na Venezuela", afirmou Guedes, que chamou a reforma da Previdência de "mãe de todas as reformas".
*Com Estadão Conteúdo.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social