Dois livros de Guedes para desvendar o enigma de Bolsonaro
Novo evento no Palácio do Planalto reforçou a linha liberal do governo, mostrando como chegamos até aqui e como podemos trilhar um caminho de prosperidade

O cenário é o mesmo de nossa conversa do domingo passado, o Palácio do Planalto. Mas o tema, agora, não é a política e seus gestos, como vimos nos 200 dias do governo Jair Bolsonaro. O assunto é economia e foi algo interessante para lembramos algumas linhas que estão sendo perseguidas e olhar além dos desvios ao redor dela. Ou como diz o povo do mercado, distinguir ruído de informação.
O que me obrigou a vestir o terno foi o evento para tratar do novo mercado de gás. Mas o que chamou atenção mesmo, foi o alinhamento dos ministros e outros membros do governo em torno da ainda pouco compreendida agenda liberal do ministro Paulo Guedes.
Mas comecemos pelo título dessa conversa de domingo. Guedes iniciou o seu discurso lembrando que o presidente Jair Bolsonaro sempre formulou um enigma: Como pode um país tão rico em recursos naturais assistir ao empobrecimento de seu povo?
Guedes disse que essa era uma pergunta que ele mesmo se fazia 30 ou 40 anos atrás, quando professor de economia. O exemplo da época era o descolamento do crescimento do Japão com o do Brasil. Bolsonaro tem usado como exemplo Israel, um deserto sem recursos naturais que apresenta destacado desenvolvimento.
A resposta, disse Guedes ao presidente, está em dois livros que foram fundidos no programa de governo, batizado, não por acaso, de caminho para a prosperidade.
O primeiro livro é “O Caminho da Servidão”, de Friedrich Hayek. A resenha que apresento foi feita pelo próprio ministro: A obra mostra como o estatismo degenera os regimes políticos, cria corrupção e destrói os sistemas econômicos.
Leia Também
Já vimos isso diversas vezes na história. Exemplo recente e próximo: nossos vizinhos da Venezuela que, segundo Guedes, estão sofrendo exatamente da degeneração completa do regime político e econômico, com hiperinflação, destruição de riqueza e milhões de pessoas fugindo do próprio país. Alguns deles buscando sobrevivência aqui conosco.
“O livro do Hayek é a explicação simples de como o estatismo destrói a capacidade produtiva e a capacidade de iniciativa de um povo. Escraviza a classe política e degenera o regime. Nós provamos um pouco disso aqui também”, disse.
Como já sabemos como chegamos até aqui, há o outro lado da história: a reconstrução. E o livro citado pelo ministro é “Prosperidade Através da Competição” de Ludwig Wilhelm Erhard, o sujeito responsável pela reconstrução da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.
Enquanto Hayek explica como os povos degeneram seus sistemas políticos e econômicos por meio do estatismo, Erhard conta e mostra como que por meio do desenvolvimento dos mercados e do estímulo à competição os povos conseguem produtividade e enriquecimento.
Depois de apresentar os livros e falar que o governo tem sim um programa, Guedes disse que a resposta ao enigma do presidente é simples e veio em duas frases: “Nós não despertamos, ainda, as forças de mercado. Jamais despertamos as forças de mercado. O Brasil é um gigante acorrentado. O Brasil é um país amarrado por todos os lados.”
Não é por acaso que Bolsonaro, na campanha e agora no governo, sempre fala em tirar o Estado do cangote de quem produz.
A outra frase já é um clássico do ministro: “São 200 milhões de brasileiros atendidos por quatro empreiteiras, quatro bancos, uma produtora e distribuidora de gás, por acaso, pública, mas é uma. Não há surpresa em por que o povo brasileiro segue empobrecido. São poucos produtores, mercados cartelizados, preços caros, e, ainda por cima, uma chuva de impostos. Sobra o quê? Sobra pouco. Então, despertar as forças competitivas é o que nós estamos fazendo desde o início”, explicou.
Axé e música clássica
A primeira missão do programa, segundo Guedes, era remover o buraco fiscal que ameaçava nos engolir. Algo que começou a ser feito com a reforma da Previdência. Aqui, o ministro reconheceu a colaboração e reiterou a confiança no Congresso.
Agora, os programas começam a aparecer e muitos deles, como a quebra de monopólios da área de gás, algo que poderia ser feito desde 1997, viram realidade, pois a eleição de Bolsonaro, segundo Guedes, permitiu um alinhamento dos astros, uma redução das trincheiras corporativas que ocupavam Ministérios e outras áreas do governo.
“Não tem um sujeito tocando Axé e outro tocando música clássica. Está todo mundo tocando a mesma música e as coisas começam a acontecer”, disse, complementando a ideia anterior de que agora é possível que as diferentes áreas econômicas do governo se articularem “em uma orquestra, para que possam tocar a mesma música”.
Só para ilustrar a afinação, antes do ministro falar, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, fez uma ode à livre concorrência no setor do petróleo. Falando que os interesses de uma empresa não podem ser maiores que os interesses do país. E que a novidade da gestão atual é a coragem para enfrentar dificuldades e resistências impostas por “interesses que não são da sociedade”.
Na sequência, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto, falou em oportunidade histórica para mudar uma perspectiva de dezenas de anos de um Estado hipertrofiado, de controle de preços, de protecionismo, oligopólios e monopólios. (Guedes é crítico contumaz de ações pregressas de Cade, da formação da Ambev à consolidação bancária).
Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, reafirmou o alinhamento às políticas prioritárias e o firme propósito de superar 20 anos de atraso no mercado de energia, formando um mercado aberto e competitivo.
Valores liberais
O ministro também reforçou dois valores que vem destacando desde a época de campanha, os pilares da civilização ocidental: a democracia e os mercados; a Ordem e o Progresso. A Ordem democrática é nossa capacidade de nos organizarmos como Nação ao invés de servirmos a interesses menores. O Progresso vem com os mercados, que são a força da civilização.
Guedes terminou sua fala agradecendo ao presidente pela oportunidade de transformar o Brasil e de colocar as forças de uma economia de mercado a serviço da prosperidade do povo. “Agradeço e tenho orgulho de estar participando desse esforço que a eleição do presidente Bolsonaro permitiu”, encerrou.
A chance que temos é mesmo histórica de escapar da insanidade de sempre fazer as mesmas coisas em termos econômicos e esperar resultados diferentes. O ministro tem toda condição de escrever sua própria obra para posteridade. Tomara que a história seja mais parecida com a contada por Erhard que aquela narrada por Hayek.
Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia
Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset
Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers
A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes
Mesmo em dia de hack milionário, bitcoin (BTC) e criptomoedas sobem hoje; depois de ponte do ethereum (ETH), foi a vez da solana (SOL)
Estima-se que cerca de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) tenham sido drenados de carteiras Phantom e Slope, além da plataforma Magic Eden
Em 6 meses de guerra, doações em criptomoedas para Rússia somam US$ 2,2 milhões — mas dinheiro vai para grupos paramilitares; entenda
Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros
Bitcoin (BTC) na origem: Conheça o primeiro fundo que investe em mineração da principal criptomoeda do mercado
Com sede em Miami, a Bit5ive é uma dos pioneiras a apostar no retorno com a mineração de bitcoin; plano é trazer fundo para o Brasil
Mais um roubo em criptomoedas: ponte do ethereum (ETH) perde US$ 190 milhões em ataque; porque hacks estão ficando mais frequentes?
Os hacks estão ficando cada vez mais comuns ou os métodos para rastreá-los estão cada vez mais sofisticados? Entenda
Esquenta dos mercados: Bolsas preparam-se para brilhar no último pregão de julho; Ibovespa repercute hoje dados da Vale e Petrobras
Mercados repercutem balanços de gigantes das bolsas e PIB da Zona do Euro. Investidores ainda mantém no radar inflação nos EUA e taxa de desemprego no Brasil
Somente uma catástrofe desvia o Ibovespa de acumular alta na semana; veja o que pode atrapalhar essa perspectiva
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 2,5% na semana; repercussão de relatório da Petrobras e desempenho de ações de tecnologia em Wall Street estão no radar
Bolsas amanhecem sob pressão do BCE e da renúncia de Draghi na Itália; no Ibovespa, investidores monitoram Petrobras e Vale
Aperto monetário pelo Banco Central Europeu, fornecimento de gás e crise política na Itália pesam sobre as bolsas internacionais hoje
Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos
Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk
Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia
Hapvida (HAPV3) decepciona e tomba 17% hoje, mas analistas creem que o pior já passou — e que as ações podem subir mais de 100%
Os números do primeiro trimestre foram pressionados pela onda da variante ômicron, alta sinistralidade e baixo crescimento orgânico, mas analistas seguem confiantes na Hapvida
Oscilando nos US$ 30 mil, bitcoin (BTC) mira novos patamares de preço após criar suporte; momento é positivo para comprar criptomoedas
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Bitcoin (BTC) permanece abaixo dos US$ 30 mil e mercado de criptomoedas está em estado de pânico com stablecoins; entenda
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Terra (LUNA) não acompanha recuperação do bitcoin (BTC) neste domingo; criptomoedas tentam começar semana com pé direito
Mesmo com a retomada de hoje, as criptomoedas acumulam perdas de mais de dois dígitos nos últimos sete dias
Bolsas no exterior operam em alta com balanços melhores que o esperado; feriado no Brasil mantém mercados fechados
Investidores também digerem inflação na zona do euro e número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
Em recuperação, bitcoin (BTC) sobe mais de 4% hoje, mas Solana (SOL) é destaque entre criptomoedas e dispara 17% após anúncio do Solana Pay; entenda
Os dados internos da blockchain do bitcoin mostram que a maior criptomoeda do mundo permanece no meio de um “cabo de guerra” entre compradores e vendedores
Bitcoin (BTC) cai após um final de semana de recuperação e criptomoedas esperam ‘lei Biden’ esta semana, mas ethereum (ETH) se aproxima de ponto crítico
A segunda maior criptomoeda do mundo está em xeque com o aprofundamento do ‘bear market’, de acordo com a análise gráfica
Bitcoin (BTC) cai mais de 6% em sete dias, de olho no Fed e na próxima lei de Joe Biden; confira o que movimentou o mercado de criptomoedas nesta semana
Putin a favor da mineração de criptomoedas, Fed e Joe Biden no radar do bitcoin, Elon Musk e Dogecoin e mais destaques
Bitcoin (BTC) recua com aumento de juros do Fed no horizonte e investidores de criptomoedas esperam por lei de Joe Biden; entenda
O plano do presidente americano pesava a mão na taxação de criptomoedas e ativos digitais, no valor de US$ 550 bilhões