Ofertas de ações atingem R$70 bi
Até o fim do ano, os bancos de investimento esperam pelo menos mais R$ 15 bilhões em ofertas de ações, o que irá consolidar o melhor ano para o mercado de renda variável em termos de volume financeiro
As ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) da varejista C&A e do Banco BMG puxaram o volume de papéis de empresas na Bolsa brasileira neste ano para cerca de R$ 70 bilhões. Desta forma, o total encosta no montante recorde registrado em 2007, considerado o "ano de ouro" do mercado brasileiro, quando dezenas de empresas se tornaram públicas.
Juntos, os IPOs da operação brasileira da varejista holandesa C&A e do banco mineiro BMG movimentaram R$ 3,2 bilhões - montante dividido em 50% para cada companhia. Ambas definiram o preço de suas ações na quinta-feira e estrearão na B3, a Bolsa paulista, na próxima segunda-feira.
Até o fim do ano, os bancos de investimento esperam pelo menos mais R$ 15 bilhões em ofertas de ações, o que irá consolidar o melhor ano para o mercado de renda variável em termos de volume financeiro.
Novos papéis
O diferencial das ofertas no segundo semestre, em relação àquelas que ocorreram na primeira metade do ano, foi uma maior fatia de emissões primárias. Ou seja: tratam-se de novas ações que, ao serem vendidas, injetaram recursos ao caixa das companhias.
Desse montante, uma parte passou a ser direcionada para a expansão dos negócios. Nos casos de BMG e C&A, contudo, uma parcela pequena terá esse destino. Com o dinheiro arrecadado, as empresas querem estar preparadas para a retomada da economia, que consideram ainda não aconteceu.
Além disso, o ambiente de juros baixos no Brasil tem criado um ambiente muito favorável para o mercado de renda variável, com investidores caçando oportunidades em busca de mais rentabilidade para seus portfólios.
Leia Também
Além dos fundos de investimento locais, que estão muito capitalizados e participando ativamente das ofertas, pela primeira vez no País há uma demanda crescente de pessoas físicas, que têm aumentado exposição em investimentos em bolsa de valores. A taxa Selic atualmente está em 5,5% ao ano e já há quem aposte que ela fechará 2019 a 4,5%.
Presença estrangeira
Nas ofertas de C&A e BMG, a presença do investidor estrangeiro foi observada. No caso do BMG, três grandes fundos internacionais de porte relevante abocanharam uma fatia considerável da oferta, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
A captação líquida dos fundos de investimento no Brasil, até setembro, soma R$ 205,7 bilhões, quase quatro vezes a mais do que a entrada líquida no mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Segundo bancos de investimento, o movimento das companhias solicitando o auxílio de bancos para as ofertas segue muito aquecido. Isso deverá garantir novas operações até o final do ano. A expectativa é de que mais IPOs ganhem espaço, a exemplo do que ocorreu no mês de outubro.
Além de C&A e BMG, a joalheria Vivara também abriu capital recentemente. Com isso, no ano até aqui, a bolsa brasileira foi palco de cinco IPOs.
No primeiro semestre foram apenas duas estreias na B3, a da varejista de itens esportivos Centauro e Neoenergia, do setor de energia. A primeira metade do ano foi dominada pelas chamadas ofertas subsequentes ("follow-ons"), movimento que também deve continuar até o fim do ano.
Até aqui, já foram 30 ofertas de ações, muito mais do que o número de 2018, quando foram registradas só cinco ofertas de ações na bolsa brasileira.
Neste ano, uma oferta de empresa brasileira foi realizada nos Estados Unidos, a Afya - um grupo de educação voltado ao ensino de medicina. Outra companhia que neste ano escolherá uma das bolsas norte-americanas para o IPO é a XP Investimentos.
O ano de 2019 poderia ser ainda melhor com a desmobilização de ativos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), que em um primeiro momento era esperado para ocorrer de forma intensa. Apesar da grande expectativa, as primeiras ofertas promovidas pelo banco de fomento devem ocorrer apenas a partir do ano que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais