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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Fora do consenso

Subestimar inflação é esporte perigoso e termina em voo de galinha

Melhor cenário não há. Retomada com Selic baixa e inflação nas metas. No entanto, quando todo o mercado, ou pelo menos a maior pare dele, fala a mesma coisa, cabe sempre desconfiar ou ao menos questionar

Eduardo Campos
Eduardo Campos
22 de outubro de 2019
13:19 - atualizado às 14:35
Imagem: Shutterstock

Retorno passado não é garantia de ganho futuro. Esse alerta e suas variações estampam ofertas de investimento e análises. Estava pensando aqui se não caberia uma variação com relação às leituras de inflação. Algo como, deflação presente não é garantia de preço baixo para sempre.

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O questionamento retórico surgiu nesta terça-feira após mais uma leitura de inflação rastejando abaixo das metas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) ficou em 0,09% em outubro. No ano, a prévia da inflação oficial acumula 2,69% e em 12 meses tem variação de 2,72%. A meta é de 4,25% com banda de 1,5 ponto.

Essa inflação bem-comportada está entre os vetores que levaram o mercado a uma espécie de corrida para ver quem faria a menor projeção possível de Selic. Temos a mediana do mercado em 4,5%, mas temos casas falando até em 3,75%. E esse juro baixo perduraria mesmo com uma atividade saindo de 1% para quase 3% e com dólar na faixa dos R$ 4.

Melhor cenário não há. Retomada com juro baixo e inflação nas metas. No entanto, quando todo o mercado, ou pelo menos a maior pare dele, fala a mesma coisa, cabe sempre desconfiar ou ao menos se questionar. Até porque não existe meio termo no mercado, ou o mundo está acabando ou a euforia domina.

O concurso

Para me ajudar nessa argumentação, conversei com o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, que tem alertado para o oba-oba das projeções, chamando de “concurso de beleza keynesiano”.

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Parece que a montagem de projeções está mais influenciada pelo que as outras casas estão fazendo do que pelos os modelos mostram. Sempre há um fator de subjetividade nos modelos e quando todo mercado caminha igual é sinal de que esse vetor está mais atuante.

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O questionamento levantado por Vieira com relação à inflação é simples. Tem alguma coisa errada quando a projeção de inflação de 2019 é igual ou até menor que a de 2020 se consideramos que a atividade decepcionou durante dois terços desse ano, enquanto a perspectiva é de que tenhamos quatro trimestres de atividade melhor no ano que vem.

“Inflação mais baixa ou na linha do que está agora não parece fazer sentido dado o contexto que temos desenhado”, avalia.

Antes que o leitor nos xingue, ninguém advoga juro alto ou está preocupado com uma explosão inflacionária. É mais uma questão de ajuste fino do atual ciclo de corte de juros para que não tenhamos um famigerado voo de galinha, com o BC tendo de abortar um ciclo de retomada por uma “surpresa” com a inflação.

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Para Vieira, mesmo que haja espaço para uma retomada sem inflação, ele pode ser um pouco menor do que o estimado (aqui tem outra discussão filosófica sobre hiato do produto e PIB potencial).

“O temor é que tenhamos um voo de galinha. Se a inflação subir, o juro sobe junto e isso antes mesmo de vermos uma queda expressiva do desemprego. Temos que sair desse ciclo”, explica.

Na avaliação de Vieira, a queda da inflação é um fenômeno conjuntural. Não há mudança na estrutura da inflação brasileira, que segue sendo bastante indexada. Além disso, não podemos descartar um movimento de recomposição de margens de lucro com a melhora da atividade.

Um apelo ao gradualismo

A chave seria navegar com mais cautela por esses mares nuca antes navegados de juros real (descontado a inflação) de 1% ou abaixo disso. Uma forma de fazer isso é o Banco Central (BC) reduzir o ritmo de corte e juntar mais elementos dos efeitos no lado real da economia das reduções já feitas no custo do dinheiro.

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Há diferença de um corte de meio ponto sobre uma Selic de 14% e sobre uma taxa de 5,5%. Além disso, Vieira questiona o efeito estimulativo do juro menor no lado real, ou seja, o quanto disso está chegando na economia. Para o consumidor final é fácil responder, o juro na ponta não caiu e até mesmo subiu em algumas linhas de crédito.

“Não estou falando de algo para a semana que vem, para o mês que vem. Estou falando de algo para daqui seis meses, um ano, quando os ciclos estiverem amadurecendo”, pondera.

Ainda de acordo com Vieira, o posicionamento mais cauteloso deve partir do BC, que pode utilizar o comunicado de sua próxima decisão, no dia 30, para começar a balizar expectativas. As mesas de operação não têm outra opção a não ser embarcar nesse “fechamento” de juros.

“Estar certo na hora errada é o mesmo que estar errado. Tem que aproveitar. Mas há sim uma perspectiva errônea com a inflação”, pondera.

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Em tempo, a Infinity trabalha com IPCA de 3,25 em 2019 e de 4,2% para 2020. A Selic estimada era de 5% e agora está em 4,75% ao ano.

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