Se tudo der errado… ganhe dinheiro
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Uma onda de otimismo tomou o país do fim do ano passado para cá. O mercado comprou a ideia de que a reforma da Previdência vai sair, que o Brasil caminha para o equilíbrio fiscal e para a implementação de uma agenda liberal da economia. Nesse cenário, os gringos voltariam a investir no Brasil, o Ibovespa deixaria os 100 mil pontos para trás, o PIB volta a crescer e tudo dá certo. Mas e se tudo der errado?
Não que eu ache que isso vai acontecer. Ainda não joguei a toalha. Mas, sim, é um cenário possível - e você precisa se preparar para ele. Na semana passada, Bolsonaro deu um susto no mercado e ensaiou uma intervenção na política de preços da Petrobras. Não é que foi ruim. Foi péssimo! Um baita prejuízo para quem tem ação da estatal e um sinal amarelo para todos que pensam em colocar seu dinheirinho na bolsa brasileira.
Se o governo seguir por essa toada, vai “dar ruim”, como dizem por aí. E ainda tem a novela da Previdência, que ainda não está certo que terá um final feliz. Vale lembrar que mesmo os mais otimistas condicionaram a alta da bolsa à realização da reforma.
Mas, como não temos controle sobre nossos governantes, nos resta cuidar da nossa vida. Pedi para o colunista Ivan Sant’Anna, o Seu Mentor de Investimentos, traçar um plano para o caos. Fique calmo, mesmo se tudo der errado, você ainda pode ganhar dinheiro. O Ivan te conta como nesta reportagem e traz exemplos da História em que isso já aconteceu. Vale muito a leitura!
Não está legal...
A PEC do Orçamento impositivo, que por si só já é uma proposta bem ruim para o governo, virou estratégia para protelar a discussão da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ontem, após inverter a ordem de votação na CCJ entre a PEC do Orçamento e a Previdência, a comissão aprovou a proposta que aumenta os gastos obrigatórios do governo. A decisão sobre a reforma da Previdência, por outro lado, deve ficar só para depois da Páscoa.
Dá para consertar ou se mexer estraga mais?
Paulo Guedes disse que iria falar com Bolsonaro e que dava para “consertar” a péssima decisão do presidente de se meter nos negócios da Petrobras. Várias reuniões sobre isso aconteceram ontem entre membros do Executivo e da diretoria da estatal. O presidente da empresa, Roberto Castello Branco, negou a intervenção na companhia pelo governo. Hoje a novela terá novos capítulos. O governo promete anunciar medidas "em resposta às demandas do setor de transporte rodoviário" nesta manhã. Os acionistas da Petrobras devem ficar atentos.
Quem é a Caixa na fila da redução?
A Caixa Econômica Federal está puxando a fila da "redução do Estado" nos bancos públicos. Depois de se desfazer de ações do IRB, o banco já engatilhou sua segunda operação. A intenção é vender a participação do FI-FGTS na Petrobras. Na semana passada, a instituição contratou quatro instituições, além da própria Caixa, para coordenar a operação, que pode render R$ 9 bilhões.
Briga de gigantes
Uma disputa em torno de R$ 45 milhões em aluguéis colocou de lados opostos as universidades Kroton e Uniban. Ontem à noite, uma liminar que despejava a Kroton de seis prédios em São Bernardo do Campo, Osasco e na capital, foi cassada. No Seu Dinheiro, você confere os detalhes dessa história.
De olho no gráfico
Para quem está perdido em meio a tantas notícias que afetam a bolsa, o colunista Fausto Botelho, trader e especialista em análise gráfica, conta em vídeo quatro ações com bom potencial de valorização. Não é o Fausto que diz, são os gráficos… Spoiler: duas delas são do setor de alimentos, uma é do setor de energia e a outra é de tecnologia.
Será que ele volta?
Será que você tem valor a receber do Leão? É o que pode acontecer quando o contribuinte paga mais imposto do que deveria ao longo do ano anterior. Nesta matéria, a Jasmine Olga explica a regra de restituição e apresenta o calendário de pagamentos do imposto de renda 2019.
A Bula do Mercado: frustração e suspense
O desenrolar da novela em torno da reforma da Previdência e a indefinição sobre o reajuste do diesel continuam deixando o investidor local em um misto de frustração e suspense. A votação do parecer da reforma da Previdência ficou mesmo para a semana que vem e os ativos brasileiros devem reagir colocando no preço a nova derrota do governo. O mercado doméstico também segue de olho no desenrolar da decisão sobre o reajuste do diesel, decisão que atinge em cheio a Petrobras.
O clima tenso do mercado local se contrasta com o sentimento no exterior. É temporada de balanços lá fora e os investidores buscam pistas sobre o desempenho da economia global nos resultados. Nova York opera com os índices futuros em alta e o ânimo em Wall Street é seguido pelas bolsas europeias e asiáticas, que também aguardam novos indicadores econômicos chineses.
Ontem, o Ibovespa fechou o dia com alta de 0,22%, aos 93.082,97 pontos. O dólar encerrou a sessão com baixa de 0,52%, a R$ 3,8681. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima terça-feira!
Agenda
Índices
- China anuncia três indicadores: o PIB do 1º trimestre, a produção industrial e as vendas do comércio em março
- Reino Unido divulga taxa de desemprego no trimestre até fevereiro
- EUA divulgam dados industriais de março
- Argentina anuncia inflação de março
Balanços 1º trimestre
- Lá fora: Netflix, Bank of America, Johnson&Johnson, IBM, BlackRock, United Health, United Continental e BHP Group.
Política
- CCJ da Câmara volta a se reunir para debater reforma da Previdência
- Câmara pode votar urgência de projeto que devolve ao agronegócio subsídio nas tarifas de energia
- Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, faz discurso no Parlamento Europeu sobre o Brexit
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