A escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que agora também passa a envolver o México, foi o gatilho para uma firme saída de recursos estrangeiros dos mercados de ações emergentes agora em maio.
Levantamento preliminar do Instituto Internacional de Finanças (IIF) captou um saque de US$ 14,6 bilhões dos mercados de ações, pior resultado deste o episódio que ficou conhecido como “taper tantrum”, em 2013, quando o Federal Reserve (Fed), banco central americano, iniciou as conversas sobre a retirada de estímulo monetário. Naquele mês, a saída foi de US$ 21,9 bilhões.
Os dados do IIF, no entanto, mostram um comportamento distinto para o mercado de dívida emergente, que fechou o mês com captação de US$ 9 bilhões. Ainda assim, menos da metade dos US$ 24,2 bilhões registrados em abril.
Assim, o fluxo de portfólio encerrou o mês negativo em US$ 5,7 bilhões. Esse fluxo tinha sido positivo em US$ 38 bilhões em abril e US$ 32,6 bilhões em maio.
Os saques se concentraram na China, com saída de US$ 7,2 bilhões, enquanto os demais emergentes arcaram com os US$ 7,4 bilhões restantes.