É pra rir ou pra chorar, tchutchuca?

Quando li a frase “Deputado chama Guedes de Tchutchuca e sessão na CCJ é encerrada” pensei por um instante que era um meme ou fake news e não uma matéria do Seu Dinheiro. Nada disso. A realidade política brasileira consegue superar a sátira mais debochada.
A confusão final roubou a cena e ofuscou uma discussão de mais de seis horas sobre o futuro fiscal do país. Faltou seriedade no Congresso. É a sua aposentadoria, de seus filhos e netos, que está em jogo. Além de emprego, renda, investimentos e tudo que está na berlinda na economia brasileira à espera da reforma da Previdência. É para rir ou para chorar?
A vontade de fazer piada é grande. Seria o que nos resta? Diante da seriedade do tema, vou deixar passar e falar do que realmente importa: qual o saldo do circo que se viu ontem para a Previdência? O Eduardo Campos acompanhou heroicamente a sessão de seis horas e fez uma análise sobre o resultado da reunião. Ah, e se você quiser saber tudo que rolou nos cinco rounds do depoimento de Guedes na CCJ aqui está um relato completo . Vale a pena a leitura!
Fora do circo, o trabalho segue
Enquanto o Congresso brinca com a reforma da Previdência, o governo tenta emplacar em outras frentes a agenda liberal. O secretário responsável pela pauta de privatizações, Salim Mattar, estimou que a arrecadação com os leilões deverá superar em 20% a previsão inicial do Ministério da Economia - que é de R$ 20 bilhões. Ele esteve em um evento do Bradesco BBI em São Paulo e falou em colocar mais estatais à venda. Mas já descartou oito delas. A Bruna Furlani acompanhou tudo e te conta nesta reportagem .
No mesmo evento, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, disse que vai vender 47 empresas da estatal entre abril e maio deste ano. Ele alertou que, com a capitalização da Eletrobras, a empresa venderá ações na bolsa a valores “bem maiores”.
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Quem dá mais pela Avianca?
A Latam entrou na disputa ontem pela Avianca, que deve ser dividida em sete partes e oferecida em leilão. O CEO da Latam, Jerome Cadier, disse ao Vinícius Pinheiro que a empresa - e a Gol - não poderiam comprar a Avianca inteira por questões de concentração de mercado. Mas a Latam está interessada em disputar mais de uma das partes da empresa: “ou a gente entrava nesse modelo ou assistiríamos a Azul avançar com plano que estava em vigor”. Saiba tudo que ele falou sobre a venda da Avianca.

De CEO a presidiário
Não durou um mês a vida em liberdade do ex-presidente da Nissan Motor Carlos Ghosn. O brasileiro foi preso novamente no Japão. Ao longo desta semana, o Wall Street Journal informou que a Nissan investigava se o executivo desviou milhões de dólares em fundos da companhia por meio de uma distribuidora de carros de Omã. Para ficar atento: ainda hoje os promotores à frente do caso devem apresentar novas alegações contra Ghosn.
Falando em privilégios...
Os privilégios dos servidores públicos estão em discussão na reforma da Previdência. Mas aqui vai mais uma informação para refletir sobre a situação das estatais e seus funcionários: uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que 86% das remunerações das estatais são superiores às pagas pelo setor privado para ocupações idênticas. Entre os casos mais escandalosos, está a comparação entre o valor recebido por um assistente administrativo do Finame (R$ 28 mil) e a média do mercado (R$ 3,5 mil). Veja outros exemplos de distorções de salários entre iniciativa pública e privada.
Imposto de Renda: os rendimentos isentos e não tributáveis
Ao declarar o Imposto de Renda, é possível ter isenção tributária de alguns rendimentos. Entre eles, as bolsas de estudo, lucros e dividendos de empresas, indenização por rescisão de contrato de trabalho. A Jasmine Olga conta detalhes dessa opção e como incluí-la em sua declaração.
A Bula do Mercado: nervos à flor da pele
Não poderia ser diferente. O bate-boca visto ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não pegou nada bem e deixou o mercado financeiro apreensivo. A cena política continua ditando os rumos dos negócios locais, mas agora as expectativas se transformaram em incômodo.
A ausência de esclarecimentos técnicos sobre a reforma da Previdência e a fraca articulação política mostram que o governo terá trabalho para passar o texto sem grandes alterações. A partir de hoje, o presidente Jair Bolsonaro entra em campo para "jogar pesado" pela reforma e se reúne com partidos na busca por apoio para compor a base aliada.
Lá fora, os reflexos da guerra comercial e a preocupação com futuro da economia global continuam em pauta. Embora otimistas com a possibilidade de um acordo entre Estados Unidos e China, os investidores sabem que ainda faltam pontos importantes para se resolver.
Ontem, o Ibovespa fechou o dia com queda de 0,94%, aos 94.491,48 pontos. Já o dólar terminou com alta de 0,55%, a R$ 3,8780. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima quinta-feira!
Agenda
Índices
- Anfavea divulga desempenho da indústria automobilística em março
- FMI divulga seu monitor fiscal
- Estados Unidos divulgam dados semanais de emprego
Bancos Centrais
- BCE divulga ata de política monetária de março
Política
- Bolsonaro se reúne com presidentes de sete partidos políticos
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