🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Superando o sarrafo

Com o exterior positivo e o PIB acima do esperado, o Ibovespa saltou além dos 100 mil pontos

O Ibovespa pulou mais de 2% nesta quinta-feira (29) e conseguiu retornar à casa dos três dígitos, ajudado pelo alívio na guerra comercial e pela surpresa positiva com o PIB brasileiro

Victor Aguiar
Victor Aguiar
29 de agosto de 2019
10:26 - atualizado às 10:58
Salto com vara
O Ibovespa correu rápido e conseguiu uma forte impulsão. Como resultado, superou o sarrafo dos 100 mil pontos - Imagem: Shutterstock

Antes de falarmos sobre o Ibovespa e o dólar à vista nesta quinta-feira (29), vamos a uma pequena história.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Era tarde da noite do dia 15 de agosto de 2016. Eu estava em casa, assistindo à final olímpica do salto com vara masculino pela TV — eram os jogos do Rio de Janeiro e eu usava quase todo o meu tempo livre para acompanhar as competições. E, bom, essa disputa foi particularmente memorável.

Depois de muitas idas e vindas, apenas dois atletas sobraram no páreo: o francês Renaud Lavillenie, atual campeão e favorito para a repetir o ouro, e o brasileiro Thiago Braz, um azarão praticamente desconhecido do público. Mas, impulsionado pela torcida local, o atleta da casa ganhou coragem.

Contra todos os prognósticos, Braz saltou impressionantes 6,03 metros — um novo recorde olímpico — e subiu ao degrau mais alto do pódio, transformando-se num herói instantâneo. Essa, afinal, foi a única medalha dourada conquistada pelo atletismo brasileiro naquela edição dos jogos.

Dito tudo isso, você deve estar se perguntando: por que é que estamos falando sobre salto com vara num texto que deveria discutir o desempenho dos mercados financeiros?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Eu explico: na época, eu me interessei um pouco pela modalidade. Nunca cheguei nem perto de praticar, mas li algumas coisas a respeito do esporte, vi um ou outro vídeo na internet e aprendi algumas coisas. Em resumo, todo bom saltador precisa conjugar dois fatores fundamentais: velocidade e impulsão.

Leia Também

Velocidade na fase de corrida, já que o atleta parte de um estado estático e corre em direção ao obstáculo; e impulsão, já que o competidor precisa projetar o próprio corpo no ar, com o auxílio da vara, para conseguir atingir alturas cada vez maiores.

Nesta quinta-feira, o Ibovespa teve seu dia de Thiago Braz: correu rápido, impulsionado pelo maior otimismo no exterior, e teve um impulso firme, gerado pela surpresa positiva com o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre. Com isso, o índice deu um salto digno de medalha, superando o sarrafo dos 100 mil pontos.

Ao fim da sessão, o Ibovespa fechou em forte alta de 2,37% —  o melhor desempenho em termos porcentuais desde 21 de maio —, aos 100.524,43 pontos. É a primeira vez desde o dia 22 que o índice aparece na faixa dos três dígitos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Correndo com o vento a favor

Ao contrário do que vem acontecendo nos últimos dias, o Ibovespa contou com uma ajudinha do exterior na fase da corrida: lá fora, os ventos da guerra comercial mudaram ligeiramente de direção, passando a soprar a favor dos mercados.

Lá fora, os agentes financeiros receberam bem uma sinalização emitida pelo governo da China, afirmando que Pequim e Washington continuam "em comunicação efetiva" e que ambos os lados discutem se seguirão adiante com a rodada de negociações marcada para setembro.

Tal indicação trouxeram um alívio pontual às preocupações nesse front. Nos últimos dias, o presidente americano, Donald Trump, vinha fazendo acenos mais amenos à China, mas o governo do gigante asiático ainda não tinha feito nenhum gesto na mesma direção.

"O assunto do momento é a guerra comercial. Se há algum sinal de que as negociações poderão evoluir, os mercados se recuperam", diz Pedro Galdi, analista da corretora Mirae Asset. "As perdas [por causa das disputas entre China e EUA] foram muito grandes nos últimos dias".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, embora nenhum acordo ou alívio nas sobretaxas de importação tenha sido anunciados, os mercados assumem uma postura ligeiramente mais otimista, mostrando-se mais dispostos a aumentarem as posições nas bolsas ao redor do mundo.

Como resultado, os mercados acionários de Nova York também tiveram uma sessão bastante positiva: o Dow Jones fechou em alta de 1,25%, o S&P 500 avançou 1,27% e o Nasdaq teve ganho de 1,48%.

É claro que os ventos do exterior podem mudar a qualquer momento — basta um tuíte mais agressivo de Trump ou uma sinalização menos afetuosa das autoridades chinesas para trazer uma nova onda de cautela aos agentes financeiros. Mas, ao menos nesta quinta-feira, o Ibovespa aproveitou a ajuda externa para ganhar velocidade.

Decolando

Com o impulso vindo lá de fora, o principal índice da bolsa brasileira chegou bem posicionado para tentar dar um salto. E os investidores não desperdiçaram a chance: conjugaram o exterior positivo ao sinal de força emitido pela economia doméstica — e foram bem alto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por aqui, os agentes financeiros respiraram aliviados após o PIB do Brasil crescer 0,4% no segundo trimestre — havia o temor de que a economia poderia apresentar desempenho negativo pelo segundo trimestre consecutivo, o que caracterizaria um quadro de recessão técnica no país.

E, por mais que o resultado ainda esteja longe de sinalizar uma retomada mais firme da atividade doméstica, o dado surpreendeu positivamente o mercado — a média das projeções de analistas indicava que o PIB cresceria cerca de 0,2% entre abril e junho. "Nosso PIB surpreendeu e afastou os cenários mais pessimistas", ponderou Galdi.

Argentina desclassificada?

Na noite de quarta-feira (28), havia o temor de que a desclassificação do competidor da Argentina — ontem, o governo do país vizinho anunciou que planeja renegociar suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) — poderia mexer com o psicológico do Ibovespa.

No entanto, considerando os dois fatores citados acima, o índice brasileiro não sentiu nenhum efeito da crise portenha: analistas ponderaram que, apesar de a notícia ser negativa e representar um foco de tensão em relação aos emergentes como um todo, a situação na Argentina começa a ficar em segundo plano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E mesmo o mercado de câmbio, que costuma ser mais sensível à aversão ao risco em relação aos emergentes, teve uma sessão relativamente comportada, em meio aos desdobramentos mais positivos da guerra comercial. No exterior, as divisas com esse perfil tiveram um comportamento misto em relação ao dólar.

Enquanto moedas como o rublo russo, o peso chileno e o rand sul-africano se fortaleceram, outras como o peso mexicano e o real continuaram perdendo terreno — por aqui, o dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$ 4,1709, maior nível de encerramento desde 13 de setembro do ano passado.

Apesar da nova rodada de ganhos do dólar — é a sexta sessão consecutiva em que a divisa americana ganha força em relação ao real — analistas ponderaram que o dia não foi muito agitado no mercado de moedas. Se é verdade que as atuações do Banco Central não têm conseguido trazer alívio ao dólar, também é verdade que a moeda americana tem apresentado oscilações relativamente discretas nos últimos dias.

Juros devolvem ganhos

Com o fortalecimento do Ibovespa e a maior confiança por parte dos agentes financeiros, o movimento de correção na curva de juros teve uma pausa nesta quarta-feira: os DIs interromperam a sequência de altas dos últimos dias e fecharam em baixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na ponta curta, as curvas com vencimento em janeiro de 2021 caíram de 5,63% para 5,62%. Na longa, os DIs para janeiro de 2023 foram de 6,75% para 6,72%, e os com vencimento em janeiro de 2025 recuaram de 7,26% para 7,22%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar