Em semana de recordes, Ibovespa fecha em alta e já acumula ganho de mais de 20% no ano; dólar volta para os R$ 4
Com aprovação da reforma da Previdência e balanços positivos de empresas com grande peso no Ibovespa, bolsa avança e dólar recua, mas não consegue furar patamar psicológico de R$ 4

Na semana marcada pela aprovação da reforma da Previdência na sua última etapa no Congresso, o otimismo contagiou os mercados e levou o Ibovespa a novos recordes. O dólar à vista, por sua vez, viu certo alívio e retornou ao patamar de R$ 4.
Com isso, a bolsa terminou a semana com ganho de 2,52% e uma alta de nada menos que 22,20% no ano. Já a moeda americana recuou 2,69% na semana, e já perde 3,54% em outubro. No ano, porém, o dólar à vista ainda tem alta de 3,53%.
Depois de bater novo recorde de fechamento na quarta-feira, quando terminou o pregão aos 107.543 pontos, o Ibovespa perdeu um pouco de força, mas ainda continuou sendo embalado pelas boas perspectivas com o andamento da agenda de reformas.
Nesta sexta-feira (25), a boa reação do mercado aos balanços de companhias com grande peso no índice também contribuiu, levando o Ibovespa a terminar o pregão de hoje com alta de 0,35%, aos 107.363 pontos. Pela manhã, o índice chegou a subir cerca de 1%, alcançando, na máxima, 108.083 pontos, novo recorde intradiário.
Quanto ao dólar, apesar da despressurização, a moeda tem tido dificuldade de cair abaixo do patamar psicológico dos R$ 4, apesar de já ter testado o nível mais de uma vez durante esta semana.
No início da tarde, a moeda americana chegou a R$ 3,9933 na mínima do dia, com a notícia de que as negociações comerciais entre Estados Unidos e China avançaram mais alguns passos.
Leia Também
O recuo, porém, também perdeu força, e a moeda americana fechou com queda de 0,91%, a R$ 4,0079, menor patamar desde 16 de agosto. Um recuo abaixo desse nível dependeria de notícias mais significativas que possam afetar a cotação.
Os juros futuros fecharam em queda em todos os prazos com o recuo do dólar e a expectativa de novos cortes na Selic na próxima reunião do Copom.
Os DIs com vencimento para janeiro de 2021 caíram de 4,457% para 4,40%. Os DIs para janeiro de 2023 caíram de 5,48% para 5,41%. Já os contratos com vencimento para janeiro de 2025 recuaram de 6,151% para 6,07%.
Acordo EUA-China avança
As bolsas de Nova York abriram sem direção única nesta sexta, mas os três principais índices americanos passaram a apresentar alta firme, após o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos ter afirmado que o país e a China fizeram progresso nas discussões comerciais e chegaram perto de finalizar partes do acordo de fase 1.
O Dow Jones fechou em alta de 0,56%, a 26.956 pontos; o S&P 500 avançou 0,40%, a 3.022; e o Nasdaq teve ganho de 0,70%, a 8.243 pontos.
Os investidores também acompanharam a temporada de balanços nos Estados Unidos. Ontem, a Amazon divulgou números que frustraram o mercado, com a primeira queda no lucro líquido em mais de dois anos. Os papéis da companhia recuaram mais de 1% no pregão de hoje.
Petrobras e Vale entre as maiores altas
As ações de Vale e Petrobras operaram em alta durante todo o pregão, ficando entre as maiores altas do Ibovespa no dia, em reação aos balanços positivos divulgados ontem à noite.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em alta de 3,28%, enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 2,92%.
O lucro líquido da petroleira veio acima das expectativas do mercado. Em conferência com investidores para comentar os resultados, a estatal disse esperar que sua métrica de alavancagem, que compara geração de caixa e endividamento, atinja a marca de 1,5 vez no ano que vem. Hoje, é de 2,58 vezes (quanto menor, menos endividada é a companhia).
Confira a cobertura do Seu Dinheiro para o balanço da Petrobras e também as reações dos analistas aos números.
- EXCLUSIVO: Receba "1929", o livro que mudou a vida de tantos investidores e pode mudar a sua também.
Já os papéis da Vale (VALE3) subiram 3,87%, em reação à forte geração de caixa no terceiro trimestre e à expectativa de retomada de pagamento de dividendos em 2020. Já os papéis da Bradespar (BRAP4), que investe majoritariamente em Vale, tiveram o melhor desempenho do Ibovespa no dia e avançaram 4,07%.
Apesar de o lucro líquido ter vindo abaixo das expectativas dos analistas ouvidos pelo "Broadcast", o serviço de notícias em tempo real do "Estadão", a companhia voltou a dar lucro após dois trimestres de prejuízo e reduziu seu endividamento.
A mineradora disse que ainda considera, no seu endividamento, as provisões feitas em janeiro por conta da tragédia de Brumadinho, no valor de US$ 4,7 bilhões. Por esta razão, sua dívida líquida, que seria de US$ 5,3 bilhões, está em quase US$ 10 bilhões.
Confira a nossa matéria sobre o balanço da Vale e saiba como foi a teleconferência da mineradora com analistas.
Ambev em queda livre
As ações da Ambev (ABEV3), por outro lado, reagiram muito mal aos números divulgados nesta manhã, que decepcionaram os analistas. As ações da companhia despencaram 8,29%, a maior queda do Ibovespa.
A empresa de bebidas registrou lucro líquido atribuído ao controlador de R$ 2,498 bilhões no terceiro trimestre, 11,6% menor que no mesmo período de 2018. O Ebitda ajustado recuou 4%, para R$ 4,410 bilhões.
Nas operações brasileiras, o Ebitda caiu caiu 13,3%, para R$ 2,404 bilhões, com uma alta dos custos por produtos vendidos (CPV).
*Com Estadão Conteúdo
Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora
Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus