‘Queremos digitalizar o varejo do Brasil’
Presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, se inspira no modelo chinês e está de olho na Amazon, mas espera criar um modelo próprio de varejo digital
Segunda maior rede de eletroeletrônicos e móveis do País em faturamento, o Magazine Luiza quer se tornar uma grande plataforma para promover a digitalização do varejo brasileiro. “Já digitalizamos o Magazine Luiza e agora queremos digitalizar o varejo brasileiro”, diz Frederico Trajano, presidente da varejista. Apesar de se inspirar mais no modelo chinês do Alibaba e também estar de olho na Amazon, dos Estados Unidos, as duas gigantes de tecnologia que são referência no mercado mundial, a empresa quer criar um modelo próprio do Magazine Luiza. “Queremos escrever uma história e um modelo de negócio com a cara do Brasil. Não gosto muito dessas comparações. É um pouco do complexo de vira-lata: a gente precisa ser alguém que deu certo lá fora”, diz. A seguir, a entrevista.
Em dois meses o Luiza começou a vender livros, avançou para o Norte, abriu loja dentro do Carrefour e comprou a Netshoes. Onde a empresa quer chegar?
Quando assumi a companhia em 2016, tinha o mandato de concluir a transformação digital e imaginava que esse processo demoraria entre cinco e dez anos. Mas esse ciclo se concluiu no fim de 2018. Foi quando particularmente me inspirei no modelo chinês. Gastei 25 dias na China visitando grandes empresas digitais. Vi a conexão do digital com o analógico mais próxima do que sempre defendi, a multicanalidade. Em outros países, o digital e o analógico estavam muito segregados. Quando voltei da China, minha percepção foi a seguinte: já digitalizamos o Magazine Luiza. Agora, queremos digitalizar o varejo brasileiro.
Como assim?
Queremos ser uma plataforma. No mundo, há fenômenos como Uber, Airbnb, Amazon e o Alibaba, que cresceram com os ativos dos outros, o que eu chamo de plataforma. Meu projeto passou a ser de plataforma digital com pontos físicos e calor humano. Uma plataforma altamente conectada, que liga milhares de empresas a milhões de clientes. A gente faz a orquestração e ganha um porcentual disso.
Como funciona a plataforma?
Leia Também
Estamos desenvolvendo vários serviços para as empresas: aplicativos para subir e gerenciar seus catálogo, com logística será compartilhada. Tudo que a retaguarda faz para meus canais de venda, temos de fazer para milhares de lojas.
O que precisa fazer para ganhar escala?
É fundamental ampliar a base de mercadorias. Lançamos o ano passado o mercado Magalu, que vende produtos não perecíveis, lançamos livros. Hoje com a Netshoes e Zattini, estamos em todas as categorias, menos alimentos perecíveis.
Quando o Magazine vai vender alimentos perecíveis?
A gente quer ser one stop shop (balcão único de venda de todos os produtos). Queremos estar em todas as categorias. Não quero entrar em perecível agora. Pode ser daqui a 3 ou 4 anos. Agora, o foco é ganhar participação nas categorias que a gente já entrou: moda, artigos esportivos, livros, produtos de consumo (fralda, sabão em pó, xampu). Começamos a investir muito, como na China, no superApp. Queremos ser um aplicativo que resolve a vida do cliente.
Como serão operadas tantas categorias?
Em quase todas as categorias uma parte eu opero: compro, estoco e vendo o produto. Outra parte o estoque é do vendedor. É importante operar em cada categoria para controlar a qualidade e entender a cadeia.
O que é crescimento chinês?
Hoje temos 17 milhões de clientes ativos. Com a compra da Netshoes, esse número pula para 25 milhões. Queremos ampliar a quantidade e a frequência de compras nas nossas plataformas digital e física. No Alibaba, o cliente compra em média 80 vezes por ano. A nossa frequência de compras três anos atrás era de duas vezes por ano. Com Netshoes, Zattini, pretendemos ir para oito vezes por ano.
O Magazine Luiza quer ser o Alibaba ou a Amazon?
Não gosto muito dessas comparações. É um pouco de complexo de vira-lata: precisa ser alguém que deu certo lá fora. Na verdade, me inspirou pontualmente em várias empresas Amazon, Alibaba, hoje mais nas chinesas do que nas americanas. Mas quero criar um modelo próprio do Magazine Luiza: escrever uma história e um modelo de negócio com a cara do Brasil. Nem a China nem os Estados Unidos têm o monopólio da inovação. Uma empresa brasileira pode muito bem ser a protagonista da digitalização do Brasil. Na verdade fomos a primeira empresa do mundo a operar em todos os canais de vendas interligados.
O Magazine Luiza quer ter carteira virtual?
Queremos explorar todas as possibilidades. Queremos ter a carteira virtual também. Não tenho data definida.
Hoje são quantas empresas terceiras que operam com o Magazine Luiza?
São 7 mil. Começou há dois anos e estamos agregando mil empresas por mês.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026