Depois de um trimestre de investimentos para aumentar a sua presença no varejo on-line, a Magazine Luiza superou as expectativas dos analistas ouvidos pelo Bloomberg e registrou lucro líquido anual de R$ 597,4 milhões em 2018, o que representa um valor 53,6% superior ao mesmo período do ano anterior.
O resultado foi além do previsto pelos analistas ouvidos pela Bloomberg, que era de R$ 389 milhões. A receita líquida anual e o Ebitda anual (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também foram melhores do que o esperado em 2018.
A empresa atingiu R$ 15,59 bilhões de receita líquida em 2018, o que representa uma expansão de 30,1%, com um lucro bruto de R$ 4,537 bilhões e uma margem bruta de 29,1% (-1,0 p.p.). A expectativa dos analistas era de R$ 15,51 bilhões de receita líquida no ano passado. E o Ebitda fechou 2018 em R$ 1,24 bilhão, alta de 20,8%, com uma margem de 8% (-0,6 p.p.).
Já o resultado financeiro líquido ajustado do ano passado foi negativo em R$ 276,7 milhões. No ano anterior, as perdas somaram R$ 358,6 milhões.
Quarto trimestre
A rede varejista Magazine Luiza registrou um lucro líquido de R$ 189,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, um desempenho 14,5% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2017, de R$ 165,6 milhões.
A receita líquida do quarto trimestre de 2018 também melhorou e somou R$ 4,610 bilhões, alta de 27,3%, enquanto o lucro bruto avançou 22,8%, para R$ 1,296 bilhão, resultando numa margem bruta de 28,1% (-1,1 p.p.).
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 353,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, um aumento de 13% sobre igual período de 2017, com uma margem Ebitda de 7,7% (-0,9 ponto porcentual).
Apesar dos números melhores, o resultado financeiro líquido ajustado apontou perdas de R$ 87,4 milhões no quarto trimestre, ante um desempenho negativo de R$ 57,1 milhões de igual período de 2017. De acordo com a companhia, a despesa financeira líquida ajustada aumentou “devido ao crescimento acelerado do Cartão Luiza em linha com a estratégia de fidelização dos melhores clientes.”
A varejista reforça que a linha de despesas financeiras, por outro lado, foi positivamente impactada pela redução de 76% nos juros de empréstimos e financiamentos e pela forte geração de caixa operacional da Companhia.