Os riscos para a economia mundial e para os mercados em 2019, segundo o IFF
Em relatório semanal, Instituto para Finanças Internacionais aponta para volatilidade em todas as classes de ativos

Em 2019 o foco continua nos riscos de retração da economia global e na lenta, mas inexorável, redução de liquidez dos bancos centrais, afirma o Instituto para Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) em seu relatório semanal.
A volatilidade em todas as classes de ativos - acentuada pelas condições de transação - está próxima dos níveis mais altos desde fevereiro de 2018, no caso do S&P 500 e dos Treasuries, pontua a entidade.
Para a maior parte das moedas no mercado de câmbio, a volatilidade é a mais alta desde o segundo trimestre de 2017. E no caso do petróleo está no maior nível desde o primeiro trimestre de 2016.
O IIF destaca que, com os indicadores industriais globais de volta aos níveis de outubro de 2016, o clima entre os analistas de ações está mais tenso: as revisões das estimativas de lucros do ano que vem caíram em dezembro, com cortes significativos EUA, China e Japão nos últimos meses.
Com as condições financeiras dos EUA e da zona do euro em seus níveis mais "apertados" desde meados de 2016, e a preocupação generalizada com os riscos políticos, os especialistas do IFF observam que "não é de admirar que os mercados futuros tenham se desviado dos preços em dois aumentos de taxas nos EUA em 2019 para a possibilidade de cortes nas taxas em 2019 e 2020".
mbora baixos volumes de transações possam estar acentuando a volatilidade, o Fed está atento aos sinais do mercado, como observou o presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, em entrevista recente.
Leia Também
A China, aponta o IFF, é certamente um ponto essencial para o nervosismo do mercado nas últimas semanas. O mercado de ações do país terminou em último lugar entre os principais pares em 2018 devido à desalavancagem e ao conflito comercial com os EUA. Somado a isso, indicadores de produção aumentam as preocupações sobre a desaceleração do crescimento global.
Em novembro, o Departamento de Comércio dos EUA impôs controles adicionais de exportação sobre tecnologias que poderiam ser utilizadas para fins militares ou de inteligência, uma ação voltada principalmente para conter a China.
A prisão da diretora financeira da Huawei pelo Canadá por supostamente violar as sanções dos EUA ao Irã e o pouso de uma sonda chinesa na face oculta da lua, uma façanha histórica, ressalta a rapidez com que a competição tecnológica entre os dois países está se intensificando.
"As tensões tecnológicas podem fragmentar ainda mais as cadeias globais de fornecimento, que já estão sob pressão da disputa comercial mais ampla e podem se mostrar 'perturbadoras' para as ações das chamadas FAANGs, sigla que se refere a Facebook, Amazon, Apple e Google (Alphabet), e outras, mais do que apenas no curto prazo", apontam os analistas do IFF.
Títulos públicos e crédito
Por outro lado, os mercados de títulos públicos tiveram um bom desempenho nos últimos meses, registrando alta nos primeiros dias de 2019.
Os considerados 'refúgios' receberam um impulso maior com a perspectiva de flexibilização das políticas e uma esperada pausa do Fed. Outros ativos considerados "refúgios", como o iene e o ouro, também registraram um impulso neste início de ano.
Os mercados de crédito, por sua vez, continuam enfrentando um duplo golpe quando os bancos centrais retiram liquidez em meio às expectativas crescentes de uma desaceleração do ciclo de crédito. "Essas preocupações foram claramente refletidas nos fluxos dos fundos".
O Instituto ressalta ainda que dezembro de 2018 marcou o fim das compras de ativos líquidos do Banco Central Europeu (BCE).
Se mantido esse cenário, calcula o IFF, a expectativa é de um aumento nos custos de empréstimos - particularmente para os emissores de alto rendimento mais endividados.
"De fato, os spreads europeus de alta rentabilidade subiram quase 200 pontos base nos últimos três meses, para mais de 530 pontos base, enquanto os spreads de alto rendimento dos EUA aumentaram ainda mais. Por outro lado, os spreads de grau de investimento aumentaram significativamente menos", conclui o relatório.
*Com Estadão Conteúdo
Sócio polêmico, alto endividamento, possível risco no caixa: por que a Oncoclínicas (ONCO3) cai 90% desde o IPO e o que esperar da ação
As ações da rede de tratamentos oncológicos praticamente viraram pó desde a estreia na B3, mas há quem acredite que a situação pode ficar ainda mais complexa; entenda
Por que a ação do Méliuz (CASH3) chega a cair mais de 10% na B3 hoje — e o que o Banco BV tem a ver com isso
O desempenho negativo desta sessão vem na esteira do anúncio de atualizações na aliança estratégica com o Banco BV; saiba o que mudou no acordo comercial
Onde está a ‘mina de ouro’ da Weg (WEGE3)? Para o BTG, um país da América é a fronteira mais promissora para a empresa
Segundo o banco, investimentos em transformadores colocaram a companhia em posição estratégica para a crescente demanda energética
Nem Galípolo escapou: Ação do Magazine Luiza (MGLU3) salta na B3 em meio a críticas de Luiza Trajano aos juros altos
A empresária pediu ao presidente do Banco Central que não antecipe novas altas na Selic, que hoje encontra-se no patamar de 13,25% ao ano
Sem dividendos para a Cosan (CSAN3): CEO da Raízen (RAIZ4) revela estratégia após balanço fraco enquanto mercado vê pressão no curto prazo
O mote da nova estratégia da Raízen para a safra de 2025/2026 será a volta ao “core business”, com busca por eficiência e simplificação dos negócios
O urso de hoje é o touro de amanhã? Ibovespa tenta manter bom momento em dia de feriado nos EUA e IBC-Br
Além do índice de atividade econômica do Banco Central, investidores acompanham balanços, ata do Fed e decisão de juros na China
Sob forte pressão nas finanças, Raízen (RAIZ4) tem prejuízo de R$ 1,66 bilhão no ano e dívida avança 22%
O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior
Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim
O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas
Ação da Caixa Seguridade dispara na B3 após balanço bem avaliado e proposta de distribuir quase R$ 1 bi em dividendos. E agora, vale comprar CXSE3?
A seguradora da Caixa Econômica Federal (CEF) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado
Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa
A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço
Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista
O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
Trump derrubou a bolsa de Moscou? Por que a negociação das ações russas foi suspensa hoje
As operações ainda não têm data para voltar ao normal, de acordo com a operadora da Bolsa de Valores de Moscou
Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações
Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, causado mais uma vez pela variação cambial
6 em cada 10 reais dos brasileiros foi investido em renda fixa em 2024 — e 2025 deve repetir o mesmo feito, diz Anbima
Brasileiros investiram 12,6% mais no ano passado e a renda fixa é a ‘queridinha’ na hora de fazer a alocação, segundo dados da associação
O jogo virou na bolsa? Por que Wall Street acelerou a alta e o Dow Jones subiu 350 pontos após as tarifas recíprocas de Trump
A política tarifária do republicano pode facilmente sair pela culatra se acelerar a inflação e reduzir o crescimento, mas o mercado viu as medidas desta quinta-feira (13) com outros olhos
Magazine Luiza (MGLU3) na berlinda: BB Investimentos deixa de recomendar a ação da varejista — e aqui estão os motivos
Além de atualizar a indicação de compra para neutro, o banco cortou o preço-alvo para R$ 9,00 ao final de 2025
Cosan (CSAN3) pode cair ainda mais — e não é a única. Saiba quais ações brasileiras ganham ou perdem com a nova carteira do índice MSCI
O rebalanceamento do índice global prevê a exclusão de seis ações brasileiras para a carteira trimestral que entra em vigor em março; veja os impactos estimados pelos analistas
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
Boas novas para os acionistas? TIM Brasil (TIMS3) anuncia recompra de ações, após balanço robusto no 4T24
O programa vai contemplar até 67,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 2,78% do total de papéis da companhia