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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
FEBRABAN TECH 2022

Setor financeiro melhora planos para o metaverso e já fala em criptomoedas como ‘espinha dorsal’ do processo — mas isso vai levar algum tempo; entenda

O Febraban Tech 2022 foi realizado entre os dias 9 e 11 de agosto, em São Paulo; confira alguns destaques

uma mão entrando no metaverso, o universo digital das criptomoedas
O metaverso animou os investidores, mas pra que ele serve? Conheça um pouco mais do universo digital das criptomoedas. Imagem: Freepik

O tema do metaverso ganhou força em outubro do ano passado, quando o Facebook mudou seu nome oficial para Meta, anunciando a nova entrada da rede social no ambiente digital. A partir daí, muito se falou sobre esse novo universo, mas pouca coisa concreta surgiu e conseguiu sobreviver no longo inverno das criptomoedas

Mas vale ressaltar que o mercado financeiro não ficou de braços cruzados esperando que esse ambiente se criasse sozinho. A KPMG, empresa de consultoria e auditoria, apresentou um painel na Febraban Tech 2022 na última quarta-feira (10) focado só no metaverso — e o que esperar dele. 

No mesmo evento, outros dois painéis — um sobre o real digital e outro sobre as Central Bank Digital Currency (CBDC) — deram o tom do que o mercado financeiro espera das criptomoedas. 

E o saldo não poderia ser melhor: as empresas do setor abraçaram a ideia de descentralização e digitalização por meio da blockchain, e passaram a entender mais a fundo o seu papel nessa nova fase do universo digital. 

Mesmo assim, o quando isso tudo deve se concretizar ainda é um ponto importante. As projeções mais otimistas dos painéis dão conta de um período de pelo menos 20 anos para as criptomoedas tomarem um papel de destaque no dia a dia da população. 

Confira os destaques para as criptomoedas na Febraban Tech 2022:

Um metaverso particular

Começando pelo grande espaço digital, o painel sobre o metaverso foi apresentado por Thammy Ivantes Marcatto, sócia-diretora de inovação e transformação da KPMG no Brasil e fundadora da Leap. 

Para começar, o conceito de metaverso foi aperfeiçoado do ano passado para cá. Para o universo digital conquistar o público, ele precisará adquirir uma dimensão sensorial — e ir além de conceitos como cultura, economia e tecnologia.

Em outras palavras: as pessoas começarão a “sentir” o metaverso com todos os sentidos. A visão e audição — por meio de óculos e fones especiais — são as mais fáceis de se imaginar. Mas não apenas isso: tato, olfato e paladar entram na jogada também. 

Multiverso sensorial

Existe uma linha de pensamento para o metaverso que acredita que a humanidade não usará aparelhos (gadgets) para interagir com o universo digital. A conexão será feita diretamente com o cérebro. 

Essa ideia pode parecer vinda direto de um filme de ficção científica, mas seu maior defensor é o bilionário e CEO da Tesla, Elon Musk. 

E uma velocidade ainda maior

Além disso, a conexão também será instantânea. “Um milissegundo de atraso e o cérebro não consegue ser enganado para acreditar que o universo digital é real”, comenta Ivantes Marcatto.

Para isso, será necessária uma conexão ainda mais veloz do que o próprio 5G, hoje ainda em instalação no país. Espera-se que o 6G trará uma sensação de imediatismo tão grande que tornará o metaverso mais próximo do mundo real. 

Metaverso em construção — econômica também

Uma espécie de “última fase” do metaverso apresentado pela KPMG acontece em 2042 — cerca de 20 anos no futuro. Nas projeções, 80% da população estará dentro desse conceito de universo e os problemas serão outros. 

A derrubada de fronteiras físicas abrirá espaço para que as transações em criptomoedas dentro do metaverso tenham que ser padronizadas de alguma maneira. Nas palavras da firma de consultoria, essas “super criptomoedas” seriam o novo entrave do universo digital. 

E onde entram as stablecoins, as criptomoedas com lastro em moedas fiduciárias como dólar, real ou euro, que, atualmente, são o centro do debate entre países — e mais se aproximam de uma “super cripto” transfronteiriça?

Pois esse foi o tema de outro painel da Febraban Tech. 

A espinha dorsal do metaverso: CBDCs

Uma palestra que reuniu Fábio Araújo, coordenador da iniciativa do Real Digital do Banco Central; Rafael Morais, vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa; e Thamilla Talarico, sócia-líder de blockchain e cripto da Ernst & Young (EY) Brasil, tratou apenas dos desafios regulatórios dos bancos centrais com as moedas digitais.

As CBDCs, como são chamadas, são criptomoedas emitidas por um Banco Central, se valendo da tecnologia que criou as moedas digitais para “expressar uma moeda soberana na forma digital”, nas palavras de Fábio Araujo. 

“No caso brasileiro, nós temos o PIX para o varejo. Então, o real digital será focado em transações do atacado, que exige transações mais simples, mas com um grande volume de informação”, disse.

Nesta sexta-feira (12), o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a falar sobre as vantagens do real digital para a economia nacional. Ele encerrou o último dia da Febraban Tech na quinta-feira (11).

Remessas internacionais

Mas quem aproximou o metaverso do debate sobre a CBDC brasileira foi Thamilla Talarico, da EY.

“Por enquanto, o real digital está muito focado em entrega contra pagamento O grande ganho que deve acontecer será quando conseguirmos fazer pagamento contra pagamento, o que possibilita o câmbio entre moedas, por exemplo”. 

Além disso, o BC ainda pretende viabilizar o mercado de finanças descentralizadas (DeFi) com o real digital. Vale relembrar que as stablecoins são fundamentais para a criação de finanças descentralizadas. Por consequência, as CBDCs também devem ajudar esse mercado.

Cada caso, um caso

Na sequência, quem falou sobre o panorama internacional das CBDCs foram os palestrantes Driss Temsamani, head do desenvolvimento digital para a América Latina; Johan Gerber, vice-presidente de segurança, inovação e criptomoedas da Mastercard; e Ron Raffensperger, CTO da Huawei. 

Os três foram unânimes sobre “o que as CBDCs podem trazer de novo para os mercados”. A resposta padrão? “Depende de cada país”. 

Na visão de Gerber, por exemplo, as CDBCs são uma tecnologia. Portanto, devem atender a demandas e soluções de quem as cria — no caso, de cada país. “Só assim a população pode se beneficiar disso”. 

Já para a perspectiva de Raffensperger, o grande ganho desse setor ocorrerá quando houver uma padronização das blockchains. Dessa forma, a comunicação entre países ficará cada vez maior e possibilitará transações mais eficazes. 

E há também quem não goste de pensar em metaverso ou criptomoedas

Quem destoou do otimismo geral do metaverso na Febraban Tech foi ninguém menos que Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, escritor, professor e colunista do The New York Times. 

Krugman não apenas comentou a atual situação dos Estados Unidos — ele disse que o Federal Reserve, o BC americano, não tem alternativa a não ser subir os juros e que ele mesmo subestimou a inflação e a chamou de “transitória” no passado — mas também partilhou sua visão sobre criptomoedas. 

“Existem formas melhores de ganhar dinheiro”, afirmou ele. O nobel de economia é um conhecido crítico das criptomoedas, o que não foi novidade nenhuma para os presentes.

De qualquer forma, a Febraban Tech foi um evento realmente promissor para os entusiastas de criptomoedas por trazer uma perspectiva prática do que é o universo digital e como ele se conecta com a realidade — ainda que isso demore alguns anos. 

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