Cade aprova compra da Ticket pelo Itaú sem restrições
Julgamento, no entanto, foi apertado: dois conselheiros votaram pela reprovação do negócio, enquanto três (incluindo o presidente) votaram pela aprovação sem restrições
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a operação de compra de participação na Ticket pelo Itaú, sem restrições.
O julgamento foi apertado: dois conselheiros, incluindo o relator, votaram pela reprovação do negócio, enquanto outros dois votaram pela aprovação sem restrições.
Coube ao presidente, Alexandre Barreto, o desempate e a operação foi aprovada após ele apresentar voto favorável.
"O conselho tem preocupação com a verticalização do sistema financeiro, mas apesar dos receios, me pergunto qual seria o remédio que poderíamos aplicar no caso. A reprovação da operação seria uma intervenção drástica do Estado com base nas informações que temos", afirmou Barreto.
O conselheiro relator João Paulo de Resende chegou a cogitar impor restrições à operação, mas entendeu que o negócio traz muitos danos à concorrência e deveria ser reprovado.
"O Itaú Unibanco é o maior conglomerado privado do Brasil e detém posição dominante em vários mercados. A lógica das operações no setor financeiro no mercado de pagamentos é impedir que novos concorrentes tenham condição de disputar de forma justa", afirmou.
Leia Também
Resende traçou um cenário desfavorável para a concorrência no setor e disse que o Itaú, ao promover a Ticket entre seus clientes corporativos, levará ao fechamento de mercado para pequenas credenciadoras, favorecendo a "maquinha" do grupo, a Rede. "A Rede e a Cielo do Banco do Brasil e Bradesco ganharão mercado por serem mais atrativas, amplificando o dano concorrencial. Com as pequenas fora do mercado, a competição se reduz, pondo fim à guerra das maquininhas que permitiram que taxas caíssem recentemente", acredita.
A conselheira Paula Azevedo acompanhou o voto de Resende contra a operação. Já a conselheira Polyanna Vilanova entendeu que não há provas de que a operação traria danos à concorrência.
"Há pontos no acordo de investimentos entre as partes que minimizam a obrigação de exclusividade da Ticket em contratar exclusivamente com a Rede", ponderou.
A Ticket é uma das principais empresas do mercado de benefícios, ao lado de Sodexo e Alelo. A compra de 11% da Ticket pelo Itaú chegou a ser aprovada pela Superintendência-Geral do Cade, em março.
A superintendência é a instância responsável por dar o aval a operações consideradas mais simples. Mesmo depois de aprovados, porém, os negócios podem ser reavaliados no tribunal do órgão. Foi o que o ocorreu nesse caso, reaberto depois de a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) contestar o negócio.
O acordo dá à Ticket o direito de exclusividade de distribuição dos produtos Ticket Restaurante, Ticket Alimentação, Ticket Cultura e Ticket Transporte aos clientes pessoas jurídicas do banco.
"A Ticket continuará a distribuir seus produtos por meio de outros acordos comerciais e permanecerá sob controle e gestão da Edenred", afirmou o comunicado divulgado em setembro.
A Edenred, listada na bolsa de Paris, possui no Brasil sob a marca Ticket cerca de 70 mil clientes corporativos e 270 mil estabelecimentos comerciais credenciados. O Itaú avalia que a compra de participação na Ticket Serviços é "pró-competitiva".
*Com Estadão Conteúdo.
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.