C&A frustra expectativas em primeiro balanço após IPO e ações caem forte
Um dos pontos que chamaram a atenção no balanço da companhia foi o fato de que o lucro líquido fechou o terceiro trimestre com queda de 40,5%, ante o mesmo período de 2018, assim como o fato de que a companhia perdeu poder competitivo e houve desaceleração das vendas nas mesmas lojas
Depois de estreia na bolsa, o primeiro resultado da varejista C&A (código CEAB3), divulgado ontem (12) à noite, não foi digno de um grande desfile. E como reação, o mercado acabou penalizando bastante a companhia no pregão de hoje (13).
As ações da empresa terminaram esta quarta-feira cotadas em R$ 15, uma queda de 10,71%.
Um dos pontos que chamaram a atenção no balanço da companhia foi o fato de que o lucro líquido fechou o terceiro trimestre do ano em R$ 19,1 milhões, o que indica uma queda de 40,5% ante o mesmo período de 2018.
Mas, se fosse excluído o efeito da norma IFRS16 e equalizada a taxa efetiva de imposto de renda de 19,1% no período, a queda no lucro líquido no terceiro trimestre teria sido 2,7% menor do que no mesmo período do ano passado.
Além disso, a companhia sofreu uma queda de 1,1 ponto percentual em sua margem líquida, o que mostra que a eficiência da companhia diminuiu durante o terceiro trimestre, e ficou em 1,5%.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também teve contração de 3,8% no terceiro trimestre e terminou o período em R$ 116,7 milhões.
Leia Também
A receita líquida, por sua vez, terminou o terceiro trimestre deste ano em R$ 1.252 bilhão, o que representa uma leve alta de 2,6% ante o mesmo período do ano passado.
Perda do poder competitivo
Mas há um detalhe. O balanço mostrou, contudo, que houve queda na margem bruta da companhia. Na prática, isso indica que a empresa perdeu poder competitivo em relação aos concorrentes.
No terceiro trimestre deste ano, a companhia terminou o período com uma margem bruta de 46,9%, o que representa uma contração de 0,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2018.
Ao olhar o balanço é possível ver que o recuo na margem bruta da C&A foi fruto de um menor benefício da proteção cambial sobre os produtos importados.
Apenas para ter uma ideia, a margem bruta da Renner, que é vista como principal referência no setor de varejo na bolsa, foi de 54,3% neste trimestre.
De olho na operação
Quem olhou o balanço com mais afinco também viu que as vendas em mesmas lojas, que mostram se houve ganho de produtividade da empresa, tiveram uma desaceleração de 4,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado e terminaram com crescimento de 0,8%.
Por outro lado, um indicador que subiu foi o de despesas operacionais que fechou o trimestre em R$ 529,7 milhões, uma alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já se desconsiderarmos os efeitos da IFRS16, as despesas operacionais ficariam em R$ 538 milhões, uma expansão de 3,3% ante o terceiro trimestre de 2018.
No balanço, a empresa pontuou que as despesas operacionais aumentaram além do faturamento por conta da abertura de lojas e das despesas com royalties. Mas que, em contrapartida, tal indicador foi beneficiado por reversão de algumas provisões da companhia.
E o aumento nos gastos da companhia somado a perda de margem bruta contribuíram também para pressionar a margem Ebitda ajustada, que mede justamente a eficiência da companhia na sua capacidade potencial de gerar caixa.
No terceiro trimestre deste ano, a companhia encerrou o período com uma margem Ebitda ajustada de 9,3%, o que representa um recuo de 0,6 pontos percentuais.
Renner, o benchmark do setor
Outro ponto que pode ter impactado os papéis da C&A é justamente a comparação com a principal referência do setor, que é a Lojas Renner (LRNE3).
No último trimestre deste ano, a rival apresentou resultados abaixo das expectativas do mercado, mas obteve alta na geração de caixa do Ebitda ajustada e na receita líquida mesmo com a economia ainda bastante fraca.
Mas há quem diga que a retomada do consumo no país nos próximos meses com a retomada da economia ajudará a companhia, que é menos eficiente, a reduzir a distância de execução e de rentabilidade para a gigante Renner.
IPO
Os resultados anunciados ontem à noite (12) são os primeiros divulgados após a companhia realizar a sua abertura de capital na bolsa de valores (IPO, na sigla em inglês) no fim de outubro.
Na ocasião, a C&A captou R$ 1,63 bilhão e conseguiu vender as suas ações no preço mínimo da faixa indicativa, que variava de R$ 16,50 a R$ 20,00.
A maior parte dos recursos captados dos investidores estava direcionada para o bolso dos controladores e para o pagamento de dívidas, que foram contraídas também com os controladores. Com o dinheiro que sobrasse, a C&A disse que iria investir na ampliação da rede.
A varejista estreou com valor de mercado da ordem de R$ 5 bilhões. A oferta foi coordenada por Morgan Stanley, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citigroup, Santander e XP Investimentos.
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
