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Bruna Furlani
Bruna Furlani
Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.
Vem concorrência

Uma briga e tanto…Netflix dá lance mais atrativo e fecha contrato com criadores de Game of Thrones

A notícia vem em boa hora e pode ajudar no resultado dos próximos trimestres da companhia. Assim como contou o repórter Victor Aguiar em julho passado, a companhia divulgou seus números, mas eles decepcionaram o mercado

Bruna Furlani
Bruna Furlani
11 de agosto de 2019
17:10 - atualizado às 9:03
Imagem: Shutterstock

A briga entre a gigante do setor de streamig de vídeos com concorrentes como Amazon e HBO promete ficar ainda mais acirrada. Nesta semana, a dupla responsável pela criação da série de sucesso mundial Game of Thrones, da HBO, deixou a emissora e fechou contrato exclusivo com a Netflix. As informações são do site Deadline.

Mas a negociação não foi fácil. A gigante do streaming precisou batalhar contra concorrentes, como Amazon e Disney, além de outros quatro canais que tinham potencial para ser o novo lar dos diretores.

Agora, David Benioff e DB Weiss assinaram um contrato para desenvolver séries e filmes voltados para a plataforma. Segundo fontes próximas, o acordo teria sido fechado por US$ 200 milhões.

Um balanço complicado

A notícia vem em boa hora e pode ajudar no resultado dos próximos trimestres da companhia. Assim como contou o repórter Victor Aguiar em julho passado, a companhia divulgou seus números, mas eles decepcionaram o mercado.

Apesar de a receita líquida da companhia ter aumentado 26% em relação ao mesmo período de 2018, chegando a US$ 4,923 bilhões, a base de assinantes pagos não animou.

Ao todo, 2,7 milhões de novos usuários se cadastraram entre abril e junho deste ano — número muito abaixo do previsto pela própria Netflix, que projetava um acréscimo de 5 milhões de espectadores no trimestre.

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E dado que a expansão na base de assinantes é fundamental para manter a sustentabilidade da empresa no médio e longo prazo, os mercados não hesitaram em punir as ações da companhia: logo após a divulgação do balanço, as ações da Netflix (NFLX) chegaram a cair mais de 12% no after market de Nova York — uma espécie de prorrogação da sessão regular.

Na última sexta-feira (9), as ações terminaram o pregão cotadas em US$ 308,93, uma queda de 2,21%. No ano, os papéis apresentam alta de 15,42%.

De olho na concorrência

A Netflix vive um momento crucial, uma vez que diversos pesos-pesados do setor de entretenimento possuem planos para entrar na arena dos serviços de conteúdo de vídeo on-demand nos próximos meses.

A Disney pretende lançar em novembro sua própria plataforma de transmissão de conteúdo, a Disney+, contando com todas as séries, filmes e franquias de seus próprios estúdios e de suas subsidiárias — como as gigantes Marvel, Pixar, 21st Century Fox e LucasFilm, detentora da marca Star Wars.

Além dela, a Warner e a NBC/Comcast já anunciaram planos para colocar no ar seus serviços de streaming. Assim, além da maior concorrência, há também o fator conteúdo, já que as rivais irão retirar conteúdo próprio da Netflix para usar em seus canais — a casa do Mickey, por exemplo, já está fazendo isso.

Ainda assim, a Netflix prepara uma lista de conteúdos inéditos que já começaram a sair ou que devem sair nos próximos meses, como as novas temporadas de La Casa de Papel, The Crown e Orange is the New Black.

Mesmo com o crescimento mais fraco da base de clientes, a Netflix disse que não vai ficar para trás. A empresa divulgou que não pretende reduzir as expectativas para o restante do ano. Pelo contrário: ela projeta um aumento de 7 milhões no total de usuários pagantes no terceiro trimestre.

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