🔴 AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL DE GRAÇA CONFIRA AS NOVIDADES DA SEMANA

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.

Balanço do mês

Os melhores e piores investimentos de setembro: ativos de risco brilharam, mas bitcoin ficou na lanterna

Ações e títulos públicos prefixados e atrelados à inflação tiveram as maiores altas do mês; bitcoin foi o único ativo com retorno negativo

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
30 de setembro de 2019
19:15 - atualizado às 11:50
Símbolo do bitcoin se desintegra em razão de queda no preço
Bitcoin foi o único ativo que teve queda dentre os que o Seu Dinheiro acompanha. Imagem: Shutterstock

Em setembro, os humilhados no mês passado foram exaltados. Ativos que se deram mal em agosto viram uma recuperação, apresentando retornos formidáveis. Os títulos públicos de longo prazo atrelados à inflação e as ações, representadas pelo Ibovespa, foram os melhores investimentos do mês. Já o bitcoin aparece na lanterna, com o único retorno negativo do ranking.

Dentre os ativos que tiveram rendimento positivo, os piores desempenhos ficaram por conta dos títulos públicos atrelados à Selic, da caderneta de poupança e do dólar. Confira a lista completa:

Melhores investimentos de setembro

Melhores investimentos de setembro de 2019

(*) Fechamento em 27 de setembro de 2019.
(**) Poupança com aniversário no dia 28.
Fontes: Banco Central, Broadcast, Tesouro Nacional e Coinbase, Inc..

Obs.: O retorno do bitcoin foi calculado para as cotações em reais.

Queda de juros beneficiou ativos de risco

Os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação, bem como as ações e os fundos imobiliários, foram muito beneficiados, em setembro, pelos cortes de juros realizados pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, e o Banco Central do Brasil, conforme esperado pelo mercado. Por aqui, a Selic foi reduzida de 6,0% para 5,5% ao ano.

Leia Também

Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) lançou um novo pacote de estímulos para tentar reaquecer a atividade econômica no continente, que vem dando sinais de fraqueza há algum tempo.

Isso animou bastante o mercado, uma vez que o BCE tinha dado indícios, na sua última reunião, de que não via urgência para lançar mão de estímulos extras à economia da região.

Cortes de juros beneficiam ações e imóveis, pois diminuem o retorno da renda fixa, tornando os investimentos de risco mais atrativos, além de baratearem o crédito e estimularem a economia real. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.

  • Importante: Fausto Botelho, um dos maiores especialistas de análise gráfica do Brasil, está reunindo um grupo para ganhar ao lado dele. Você pode conseguir um lugar. Veja como aqui.

Já os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação costumam ser beneficiados pela queda de juros porque seus preços sobem quando suas taxas de juros caem, e vice-versa.

Assim, o retorno mostrado na tabela acima se refere ao retorno que o investidor teria se tivesse comprado o título no início do período analisado e vendido no final.

Títulos de renda fixa privados e que são remunerados da maneira semelhante seguem a mesma lógica. É o caso das debêntures, títulos de dívida de empresas.

Na tabela, você vê que esses papéis tiveram um desempenho similar ao dos títulos públicos, notadamente as debêntures incentivadas, comumente atreladas à inflação.

Nesta matéria eu explico melhor como funciona a dinâmica de preços dos títulos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação.

Por outro lado, os ativos cuja remuneração está atrelada à Selic, a taxa básica de juros, só viram sua remuneração minguar neste mês. É o caso do título público Tesouro Selic e da caderneta de poupança, que atualmente remunera 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR).

Guerra comercial deu uma amenizada, mas ainda há riscos

Outro fator que contribuiu para a queda nos juros futuros e valorização dos ativos de risco foi o abrandamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

No início do mês, ambos os países colocaram em vigor novas tarifas de importação aos produtos um do outro.

Mas a imprensa chinesa informou que uma nova rodada formal de negociações ocorrerá em outubro - o encontro foi acertado após conversas telefônicas entre autoridades de alto escalão dos dois países.

Já em meados de setembro, o governo chinês anunciou a isenção de 16 tipos de produtos americanos da lista de sobretaxas de importação, enquanto Trump adiou para 15 de outubro o início da cobrança de novas tarifas sobre produtos chineses.

Tudo isso contribuiu para um alívio nos mercados locais. Mas mais para o fim do mês, novos riscos surgiram no horizonte.

Na terceira semana de setembro, uma delegação chinesa que foi para Washington acertar as bases da nova rodada formal de negociações entre os dois países encerrou os diálogos antes do previsto.

E, na semana passada, foi noticiado que a Casa Branca estaria avaliando mecanismos para limitar os fluxos de investimentos americanos para a China.

Outros sinais de otimismo no Brasil e no exterior

Por aqui, os avanços na tramitação da Reforma da Previdência no Senado animaram os investidores, embora alguns atrasos tenham sido considerados como um mau sinal.

Lá fora, também tivemos boas notícias, fora o alívio na guerra comercial. O governo de Hong Kong retirou o projeto de extradição que desencadeou a onda de protestos populares; o parlamento britânico aprovou uma lei que pode impedir a saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo; e a China divulgou dados econômicos mostrando uma recuperação no setor de serviços, reduzindo temporariamente a percepção de que a guerra comercial estaria provocando a desaceleração da atividade no gigante asiático.

Um ataque a duas refinarias de petróleo na Arábia Saudita na segunda metade do mês, comprometendo a produção da commodity pelo país, tinha tudo para causar um belo choque nos mercados.

Mas embora os preços do petróleo tenham disparado no dia seguinte ao evento, sinais de que a produção saudita não seria tão afetada derrubaram os preços em seguida, não causando maiores estragos nos mercados.

Dólar no meio do cabo de guerra

O dólar terminou o mês em alta, a R$ 4,15, mas sua valorização foi bem menor do que no mês anterior, graças a alguns fatores que mantiveram a cotação sob controle.

Desta vez, não houve aquele movimento desenfreado para o dólar em razão de um aumento na aversão a risco.

Mas, ainda assim, os agentes financeiros mantiveram uma certa postura defensiva, uma vez que as bolsas estão em níveis elevados e há muitos riscos em torno de questões como a guerra comercial e uma possível desaceleração da economia global.

Além disso, a redução do diferencial de juros entre Estados Unidos e Brasil também contribui para a valorização da moeda americana ante o real, uma vez que as taxas aqui estão caindo com um ímpeto maior do que as taxas por lá.

Melhores e piores ações do mês

A maior alta de setembro na bolsa ficou por conta do frigorífico Marfrig. Já as maiores quedas foram das ações da Eletrobrás.

Melhores ações de setembro de 2019

Piores ações de setembro de 2019

*Matéria atualizada com correção do retorno da poupança antiga.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano

13 de fevereiro de 2025 - 8:01

Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA

À PROVA DE JUROS ALTOS

BofA mantém recomendação de comprar Brasil com 19 ações da B3 na carteira — ação de elétrica ‘queridinha’ da bolsa é novidade

12 de fevereiro de 2025 - 17:45

Em um relatório de estratégia para a América Latina, o Bank of America (BofA) decidiu manter o Brasil em overweight (exposição acima da média) na comparação com o índice de referência para a região, o MSCI LatAm. A preferência do banco americano se dá por empresas que demonstram resiliência em vista dos juros elevados. Nesse […]

INVESTIMENTOS NAS ALTURAS

Embraer (EMBR3) pretende investir R$ 20 bilhões até o fim da década — e aqui está o que ela quer fazer com o dinheiro 

12 de fevereiro de 2025 - 17:06

O anúncio acontece poucos dias após a fabricante de aeronaves renovar os recordes na carteira de pedidos no quarto trimestre de 2024 e fechar um acordo histórico

SD Select

Gerdau, CSN, e Usiminas dispararam com ‘tarifaço’ de Trump, mas há outro ‘evento’ que pode ser gatilho para as ações nos próximos dias

12 de fevereiro de 2025 - 14:00

Com este outro “evento” no radar, analistas do BTG recomendam a compra de apenas uma ação do setor siderúrgico; veja qual

ANTES DE VIRAR PENNY STOCK

Caiu demais? Gafisa quer grupamento de ações de 20 para 1, mas GFSA3 cai quase 5% com o anúncio

12 de fevereiro de 2025 - 13:35

A Gafisa (GFSA3) convocou uma assembleia para que os acionistas decidam sobre uma série de propostas além do grupamento de ações

DESTAQUES DA BOLSA

É hora de vender as ações da Porto (PSSA3)? BTG Pactual retira recomendação de compra após salto de 80% nos últimos 18 meses

12 de fevereiro de 2025 - 11:33

A ação era recomendada desde junho de 2023 pelo BTG, com tese de investimento baseada na recuperação da sinistralidade do segmento de seguros de auto após a pandemia

AU REVOIR, B3

Agora é para valer: Carrefour avança em plano de fechamento de capital do Atacadão (CRFB3) no Brasil. Quais os próximos passos?

12 de fevereiro de 2025 - 10:53

Os investidores terão três opções de pagamento: 100% em dinheiro, 100% em ações do francês Carrefour, ou uma mistura de dinheiro e ações da matriz francesa

ÁGUA NO CHOPE

Balanço amargo: Heineken tem lucro menor que o esperado em 2024, mas entrega dois dedos de espuma com recompra de ações bilionária

12 de fevereiro de 2025 - 9:44

A cervejaria holandesa anunciou um programa de recompra de ações de 1,5 bilhão de euros, com o objetivo de “retornar capital adicional aos acionistas”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais uma chance na vida: Ibovespa tenta manter bom momento em dia de inflação nos EUA e falas de Lula, Galípolo e Powell

12 de fevereiro de 2025 - 8:14

Investidores também monitoram reação a tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio; governo brasileiro mantém tom cauteloso

DESTAQUES DA BOLSA

Dança das cadeiras da Vivara: saída de diretor piora o sentimento de instabilidade na gestão e VIVA3 tomba na B3

11 de fevereiro de 2025 - 16:05

A saída vem depois de, em novembro de 2024, a varejista de joias destituir o CEO Otavio Lyra com apenas 9 meses no cargo – Santander chama atenção para humor dos investidores

TROCA DE COMANDO

SBF (SBFG3) de CEO novo: dona da Centauro aprova eleição de novo presidente; ações caem quase 20% em um ano

11 de fevereiro de 2025 - 13:01

Para substituir Pedro Zemel à frente do grupo, o conselho aprovou a eleição de Gustavo de Lima Furtado, um dos principais executivos das empresas do Grupo SBF

DÍVIDA BILIONÁRIA

Mil utilidades e mais uma recuperação judicial: como a Bombril quer se reorganizar para sair da crise; BOBR4 despenca na bolsa

11 de fevereiro de 2025 - 10:40

Na última segunda-feira, a Bombril entrou com pedido de recuperação judicial devido à dívidas tributárias da ordem de R$ 2,3 bilhões referentes a autuações da Receita Federal

BALANÇO E PROJEÇÕES

Ação da TIM (TIMS3) lidera altas do Ibovespa após balanço do 4T24 e dividendos polpudos. O que esperar da empresa de telecomunicações daqui para a frente?

11 de fevereiro de 2025 - 9:44

A companhia teve um lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão no 4T24, avanço de 17,1% na comparação com o mesmo período de 2023; veja os destaques

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A um passo do El Dorado: Ibovespa reage a IPCA, tarifas de Trump, Powell no Congresso dos EUA e agenda de Haddad

11 de fevereiro de 2025 - 8:17

Investidores esperam desaceleração da inflação enquanto digerem confirmação das tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio

LEVOU POR ‘W.O.’

Oi (OIBR3) bate o martelo e vende ativos de TV assinatura por R$ 30 milhões para a única oferta do leilão

10 de fevereiro de 2025 - 18:45

Com uma única oferta, a Mileto Tecnologia venceu o processo competitivo em audiência de abertura das propostas para a venda da UPI TV

OTIMIZAÇÃO DE PORTFÓLIO

Brava Energia (BRAV3) avança em desinvestimentos e fecha venda de concessões por US$ 15 milhões; veja os detalhes do negócio

10 de fevereiro de 2025 - 12:34

Ao todo, 11 concessões terrestres no Polo Potiguar foram vendidas para um consórcio formado pela A&T e a PVE

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um rolezinho no shopping: Ibovespa reage a tarifas de Trump em semana de testemunhos de Powell e IPCA

10 de fevereiro de 2025 - 8:06

Enquanto isso, banco BTG Pactual dá andamento à temporada de balanços com lucro recorde em 2024

BALANÇO

BTG Pactual (BPAC11) tem lucro recorde de R$ 12,3 bilhões em 2024 e supera rivais na briga por rentabilidade; veja os destaques do 4T24

10 de fevereiro de 2025 - 6:11

Com o lucro maior, a rentabilidade do BTG também cresceu e superou o retorno dos principais pares privados. Veja os destaques do balanço

B3 ‘INTERNATIONAL’

Chega mais, ‘gringo’: B3 quer facilitar o acesso de estrangeiros a ações e derivativos nacionais; veja como

7 de fevereiro de 2025 - 19:45

A dona da bolsa brasileira negocia com plataformas globais o oferecimento de ações e derivativos nacionais; presidente da instituição diz que projeto deve começar a rodar em até 3 meses

COM A PALAVRA, O CEO

‘Pé no chão’: Bradesco (BBDC4) está conservador para 2025 — mas CEO revela o que poderia levar à revisão positiva do guidance

7 de fevereiro de 2025 - 15:02

Segundo Marcelo Noronha, uma das estratégias do banco foi focar no crescimento maior em linhas de menor risco — que geram menos margens, mas são garantidas para o banco

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar