🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

112.199,74 pontos

Copom, S&P e Trump dão força ao mercado e fazem o Ibovespa quebrar novos recordes

Impulsionado pelo corte na Selic, pela visão otimista da S&P em relação ao Brasil e pela perspectiva de acerto entre EUA e China, o Ibovespa rompeu o nível dos 112 mil pontos pela primeira vez

Victor Aguiar
Victor Aguiar
12 de dezembro de 2019
18:52 - atualizado às 10:45
Teste de força Ibovespa
Imagem: Shutterstock

Somente em 2019, o Ibovespa já tinha renovado as máximas de fechamento em 33 pregões. E é como dizem por aí: se você bate um recorde 33 vezes, não custa nada quebrá-lo novamente — ok, ninguém diz isso. Mas fato é que o principal índice da bolsa brasileira chegou lá nesta quinta-feira (12).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao fim da sessão de hoje, o Ibovespa marcava 112.199,74 pontos, uma alta de 1,11%. É um novo topo histórico e a primeira vez que o índice chega ao nível dos 112 mil pontos — no melhor momento do dia, chegou a tocar os 112.595,00 pontos (+1,33%).

E é claro que essa nova disparada não ocorreu por acaso. O Copom, a agência de classificação de risco S&P Global e o presidente americano Donald Trump, cada um a sua maneira, deram contribuições positivas aos mercados domésticos. E, como resultado, o Ibovespa se encheu de força.

Mas não foi só o Ibovespa que teve uma sessão animada: no câmbio, a situação também foi bastante favorável aos ativos domésticos. O dólar à vista fechou em queda de 0,62%, a R$ 4,0935, marcando a oitava queda nas últimas nove sessões.

Para completar o quadro positivo, os mercados externos tiveram desempenhos igualmente positivos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,79%), o S&P 500 (+0,86%) e o Nasdaq (+0,73%) encerraram a sessão com ganhos firmes — os dois últimos renovaram as máximas de fechamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quanto ao câmbio, o dia foi de desvalorização do dólar em escala global, tanto em relação às divisas fortes quanto as de países emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo e o peso chileno.

Leia Também

Vamos analisar separadamente cada um dos fatores que influenciaram a sessão desta quinta-feira:

Força do Copom

Ontem, o Copom cumpriu as expectativas do mercado e cortou a Selic em mais 0,5 ponto, levando a taxa básica de juros ao patamar de 4,5% ao ano. Em seu comunicado, o BC não fechou a porta para uma baixa de 0,25 ponto no início de 2020, mas sinalizou que o ciclo de alívio monetário está perto do fim.

O tom assumido pela instituição foi elogiado pelo mercado: economistas e analistas disseram que o BC cumpriu bem o papel de ancorar as expectativas, por mais que não tenha cravado o próximo passo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A autoridade afirmou que vê a Selic em 4,5% ao ano no fim do ano que vem, uma indicação que traz clareza quanto aos objetivos a serem perseguidos — restam apenas "ajustes finos" no curto prazo.

A concretização do corte de 0,5 ponto, somado às sinalizações positivas do Copom em relação ao futuro, já seriam suficientes para trazer bom humor às negociações nesta quinta-feira. No entanto, um fator surpresa contribuiu para melhorar ainda mais os ânimos por aqui: a elevação da perspectiva do rating do Brasil pela S&P Global.

Empurrão nos ratings

A nota do país continua em "BB-", três níveis abaixo do grau de investimento. No entanto, a perspectiva passou de "estável" para "positiva" — ou seja: a agência vê um cenário favorável para o país e indica que, na próxima revisão, o rating do Brasil tende a melhorar.

"O mercado está num tom mais positivo. A redução nos juros veio como era esperado pelo mercado, e a S&P causa um impacto positivo", diz Gabriel Machado, analista da Necton Investimentos. "Nos Estados Unidos, a decisão de juros também ficou em linha com as expectativas, os receios de recessão por lá têm se dissipado"

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fim da guerra?

Lá fora, o clima foi igualmente festivo nas bolsas, graças aos novos desdobramentos da guerra comercial — mais especificamente, a uma manifestação do presidente americano, Donald Trump.

Ainda durante a manhã, ele foi ao Twitter para falar sobre o atual estado das negociações com a China — e o tom usado pelo republicano animou os agentes financeiros:

"Estamos chegando muito perto de um grande acordo com a China. Eles querem, e nós também queremos!", escreveu o presidente americano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O humor dos agentes financeiros melhorou ainda durante a tarde, após a Bloomberg reportar que os negociadores dos Estados Unidos fecharam os termos da primeira fase de um acordo comercial com a China — faltaria apenas o aval do presidente Trump para o acerto ser concretizado.

O timing para o fechamento de um acerto entre Washington e Pequim é crucial para os mercados, uma vez que, no próximo domingo (15), o governo dos EUA começará a aplicar uma nova rodada de sobretaxas às importações da China — e, desta vez, as tarifas incidirão sobre produtos populares, como smartphones e laptops.

Assim, os investidores aguardam ansiosamente o anúncio de algum tipo de acordo entre as partes, de modo a suspender ou prorrogar a aplicação dessas taxas — o que traria um enorme alívio aos mercados financeiros no mundo. E o tuíte de Trump foi exatamente nessa direção.

Varejo e construção em alta

Por aqui, ações do setor de varejo e construção civil dominaram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira. De acordo com Machado, a perspectiva de manutenção da Selic em patamares baixos por um período prolongado deu

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

ânimo a esses ativos, mais sujeitos aos ciclos da economia local.

"O cenário de juros baixos é bom para o consumo, já que o crédito fica mais barato. Também há o lado do endividamento dessas empresas: taxas menores reduzem as despesas financeiras, o que se traduz em mais lucro", diz o analista da Necton.

Entre as varejistas, Lojas Americanas PN (LAME4) teve ganho de 6,03% e B2W ON (BTOW3) avançou 5,23% — ambas tiveram suas recomendações e preços-alvo elevados pelo Credit Suisse.

Via Varejo ON (VVAR3), que liderava os ganhos do índice e subia cerca de 8%, virou nos minutos finais do pregão e fechou em queda de 3,10%, após a empresa confirmar uma fraude contábil com impacto bilionário no resultado do quarto trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cautela no saneamento

Na ponta oposta do Ibovespa, chamou a atenção Sabesp ON (SBSP3), que fechou em queda de 3,35%, no dia seguinte à aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei (PL) que cria as bases do novo marco regulatório do saneamento.

Entre outros pontos, a proposta facilita a privatização das estatais do setor e estabelece os índices mínimos de eficiência para a contratação de serviços via licitação, criando um arcabouço favorável às empresas de saneamento de maior porte e que já possuem ações negociadas em bolsa, como a Sabesp.

Para Sabrina Cassiano, analista da Necton Investimentos, o fato de a discussão dos destaques do PL — isto é, as propostas de alteração no texto — ter ficado apenas para a próxima semana traz alguma apreensão aos mercados.

"É um processo mais lento que o imaginado. A votação foi ontem, mas depois de alguns adiamentos", diz a analista. "Estamos bem em cima do prazo para aprovação na Câmara ainda neste ano, se tivermos mais adiamentos, o cronograma fica um pouco preocupante".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, com esse fator de incerteza no horizonte, o mercado optou por realizar parte dos ganhos contabilizados nos papéis da Sabesp, que já vinham subindo forte nos últimos dias, em meio à expectativa em relação à aprovação do projeto.

Top 5

Veja abaixo os cinco papéis com as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira:

  • MRV ON (MRVE3): +6,16%
  • Lojas Americanas PN (LAME4): +6,03%
  • B2W ON (BTOW3): +5,23%
  • Usiminas PNA (USIM5): +4,03%
  • CVC ON (CVCB3): +3,87%

Confira também as ações com os piores desempenhos do índice:

  • Sabesp ON (SBSP3): -3,35%
  • Via Varejo ON (VVAR3): -3,10%
  • Equatorial ON (EQTL3): -1,64%
  • Marfrig ON (MRFG3): -1,17%
  • Qualicorp ON (QUAL3): -1,08%

Juros em queda

Os sinais emitidos pelo Copom, não descartando a possibilidade de mais um corte de 0,25 ponto na Selic no início de 2020, provocaram ajustes negativos na ponta curta da curva de juros. No vértice longo, o tom também foi negativo, mas, nesse caso, a reação se deve mais à visão otimista da S&P para o futuro do país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja como ficaram os principais DIs nesta quinta-feira:

  • Janeiro/2020: de 4,42% para 4,40%;
  • Janeiro/2021: de 4,61% para 4,54%;
  • Janeiro/2023: de 5,74% para 5,75%;
  • Janeiro/2025: de 6,35% para 6,34%;
  • Janeiro/2027: de 6,70% para 6,68%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

A SEMANA NA BOLSA

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

8 de novembro de 2025 - 11:31

O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos

HORA DE COMPRAR?

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?

7 de novembro de 2025 - 18:11

As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo

REAÇÃO AO BALANÇO

Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”

7 de novembro de 2025 - 12:25

A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza

FOME DE CRESCER

Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento

7 de novembro de 2025 - 10:17

Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar