🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Mais uma queda

O Ibovespa até tentou acelerar, mas foi freado pela tensão elevada no exterior

O Ibovespa terminou longe das mínimas do dia, mais ainda assim terminou a sessão desta terça (20) em baixa, pressionado pela cautela vista lá fora

Victor Aguiar
Victor Aguiar
20 de agosto de 2019
10:35 - atualizado às 14:34
Carro freando com paraquedas
O principal índice da bolsa brasileira flertou com o campo positivo, mas acabou fechando em leve queda - Imagem: Shutterstock

O Ibovespa largou mal nesta terça-feira (20). Sabe quando um nadador demora para reagir à buzina da largada e acaba ficando para trás logo nos primeiros metros? Ou quando um carro de corrida não consegue dar a partida e é ultrapassado por todos os outros competidores?

Bom, esse foi o Ibovespa nos primeiros momentos da sessão: o principal índice da bolsa brasileira abriu muito pressionado e chegou a cair 1,47% logo após a abertura, aos 98.002,03 pontos. O mercado acionário local teria que remar contra o prejuízo para se igualar aos pares globais.

E, de certa maneira, o Ibovespa conseguiu cumprir essa missão: ainda durante a manhã, o índice conseguiu absorver boa parte das perdas e se aproximou da estabilidade, ficando perto do zero a zero no restante do pregão. E, embora ainda tenha fechado em baixa de 0,25%, aos 99.222,25 pontos, acabou tendo um desempenho superior ao das principais bolsas globais.

Nos Estados Unidos, afinal, o Dow Jones teve queda de 0,66%, o S&P 500 recuou 0,79% e o Nasdaq teve perdas de 0,68%. Na Europa, as principais praças acionárias também fecharam no campo negativo — o índice pan-europeu Stoxx 600 desvalorizou 0,68%.

Só que, apesar de ter se afastado das mínimas, o Ibovespa também não conseguiu se sustentar nas máximas: pouco antes do fim do pregão, o índice chegou a operar em alta de 0,20%, aos 99.664,75 pontos. E isso porque, no exterior, as dúvidas quanto ao estado da economia global e às tensões comerciais entre EUA e China continuam deixando o clima carregado.

Assim, o principal índice da bolsa brasileira teve mais um dia de desempenho negativo — foi a quarta queda nos últimos cinco pregões. Desde o início de agosto, o Ibovespa já acumula baixa de 2,54%.

Nebulosidade

Apesar de o front da guerra comercial não ter mostrado novas deteriorações nos últimos dias, os agentes financeiros seguem apreensivos em relação à guerra comercial, uma vez que não há grandes indícios de que Estados Unidos e China chegarão a um acerto no curto ou no médio prazo.

E, sem alívios mais relevantes nas disputas, os mercados continuam preocupados quanto aos potenciais impactos que o conflito poderá trazer à economia mundial. Dados econômicos recentemente divulgados pela China e pela Alemanha mostram que a atividade nos dois países já começa a desacelerar.

"Ainda estamos reféns do cenário externo, e ele continua bem difícil", diz Gabriel Machado, analista da Necton. "Hoje, particularmente, tivemos uma agenda muito fraca, sem grandes indicadores para serem divulgados. O mercado ficou um pouco parado, esperando movimentações mais importantes".

Nesse contexto, os mercados mostram ansiedade em relação aos eventos previstos ao longo da semana. Na quarta-feira (21), o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga a ata de sua última reunião de política monetária, em que cortou a taxa de juros do país em 0,25 ponto.

Os agentes financeiros estarão atentos ao documento, procurando pistas quanto aos próximos passos da autoridade em relação à taxa de juros do país — se um novo corte já está encaminhado para a próxima reunião, ou se esse movimento recente foi apenas um "ajuste de ciclo".

Também nesta semana, será conhecida a ata da reunião do Banco Central Europeu (BCE) — o órgão contrariou as expectativas do mercado e, no último encontro, sinalizou que um corte de juros no bloco ainda não é urgente. Assim, resta saber se a ata trará alguma atualização neste diagnóstico.

Por fim, ocorre nos próximos dias o encontro de Jackson Hole, um simpósio anual com os principais bancos centrais do mundo — e é ampla a expectativa quanto ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, podendo trazer novas visões do órgão após o acirramento das tensões comerciais entre EUA e China.

Nesse cenário cheio de incertezas à frente, os mercados preferem assumir uma postura mais cautelosa, evitando aumentar desnecessariamente sua exposição ao risco.

Dólar mais calmo

O dólar à vista, por outro lado, teve uma sessão mais calma, fechando em queda de 0,37%, a R$ 4,0510, e devolvendo parte da alta de 1,58% contabilizados na sessão anterior.

Esse recuo, no entanto, esteve mais relacionado a um movimento de correção do que a uma melhora no panorama para o mercado de câmbio. Em linhas gerais, os agentes financeiros seguem cautelosos em relação às moedas de países emergentes — ativos mais arriscados — e buscam proteção em opções mais seguras, como o dólar ou o ouro.

Mas, após as diversas altas recentes, o dólar tem um dia mais tranquilo nesta terça-feira — a maior parte das divisas emergentes recupera parte do terreno perdido recentemente, e o real acompanha a tendência externa.

Juros tranquilos

Acompanhando o alívio visto no dólar à vista, a curva de juros teve mais um dia de bastante tranquilidade. Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2021 fecharam em baixa de 5,45% para 5,44%; na longa, as curvas com vencimento em janeiro de 2023 avançaram de 6,43% para 6,44%, e as para janeiro de 2025 subiram de 6,93% para 6,95%.

Otimismo com a B2W

Voltando ao Ibovespa, destaque para o bom desempenho das ações ON da B2w (BTOW3), que avançaram 3,08%, a R$ 43,55. A empresa aprovou um aumento de capital no montante de R$ 2,5 bilhões por meio da emissão de 64 milhões de papéis ordinários, ao preço unitário de R$ 39.

A companhia quer acelerar o processo de transformação rumo a uma plataforma digital híbrida. Em relatório, o BTG Pactual disse que a movimentação é positiva para a B2W, uma vez que ela compete diretamente com empresas que estão bem capitalizadas, como o Magazine Luiza e o Mercado Livre.

"A operação tem como objetivo melhorar a estrutura de capital da B2W, permitindo que a companhia continue investindo em sua plataforma digital e acelerando seu crescimento, ao mesmo tempo em que constrói um ecossistema que envolve o e-commerce e os meios de pagamento", diz o BTG.

Vale e siderúrgicas se recuperam

Também na ponta positiva do Ibovespa, chamou a atenção o desempenho das ações do setor de mineração e siderurgia: Vale ON (VALE3) subiu 0,44%, CSN ON (CSNA3) avançou 3,60%, Gerdau PN (GGBR4) teve alta de 0,41% e Usiminas PNA (USIM5) exibiu ganho de 2,97%.

Esse movimento, no entanto, representa mais uma correção técnica do que uma melhora nos fundamentos para o setor — lá fora, o minério de ferro segue em queda, em meio às dúvidas quanto à demanda da China pela commodity num cenário de desaceleração econômica.

Apesar dos ganhos de hoje, os ativos do segmento seguem apresentando um desempenho amplamente negativo no mês, com perdas acumuladas que vão de 9% a 17%.

Bancos caem

Os ganhos da Vale e das siderúrgicas na sessão de hoje foram neutralizados pelo tom negativo exibido pelas ações dos bancos: Itaú Unibanco PN (ITUB4) caiu 1,11%, Bradesco ON (BBDC3) recuou 1,03%, Bradesco PN (BBDC4) teve baixa de 0,98% e Banco do Brasil ON (BBAS3) desvalorizou 0,09%.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar