🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Lentidão

Cautela no exterior e calmaria no Brasil fazem Ibovespa andar com passos de tartaruga

O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (17) em leve alta e, com isso, está praticamente zerado no acumulado da semana, em meio à ausência de fatores de influência no Brasil e ao tom de prudência visto lá fora

Victor Aguiar
Victor Aguiar
17 de julho de 2019
10:29 - atualizado às 9:46
Foto de uma tartaruga andando
Ibovespa fechou em leve alta, dando continuidade à semana lenta; dólar caiu - Imagem: Shutterstock

Todo mundo conhece a fábula da corrida entre a lebre e a tartaruga. "Devagar e sempre se chega na frente", diz o réptil, ao sair vitorioso da disputa com o mamífero — e o Ibovespa parece ter adotado esse mantra nos últimos dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No pregão desta quarta-feira (17), o principal índice da bolsa brasileira fechou em leve alta de 0,08%, aos 103.855,53 pontos. A frieza dos números mostra que, com o desempenho de hoje, o Ibovespa interrompeu uma sequência de quatro sessões consecutivas no campo negativo. No entanto, as movimentações tímidas dos últimos dias chamam mais a atenção que a sucessão de baixas.

Na última segunda-feira (15), por exemplo, o índice teve queda de 0,10% e, ontem, o recuo foi de 0,03%. Assim, o Ibovespa permanece praticamente parado no acumulado desta semana: o saldo, após três pregões, está negativo em 0,05%.

E o que explica essa apatia? Por um lado, há a calmaria no front local, já que, às vésperas do início do recesso do Congresso, há poucas novidades no cenário político e na tramitação da reforma da Previdência. Sendo assim, ganham espaço os fatores externos — só que, lá fora, o clima é de cautela e prudência.

No exterior, os agentes financeiros seguem aguardando eventuais novidades em relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China. Além disso, há um segundo fator em stand by: a incerteza quanto ao futuro das taxas de juros dos EUA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em linhas gerais, os mercados mostram-se confiantes quanto ao início de um processo de corte de juros no país por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Só que os mais recentes dados da economia americana têm vindo mistos: ora mostram fraqueza, ora dão sinal de força.

Leia Também

E as próprias manifestações do Fed também têm sido pouco claras. Assim, apesar das apostas crescentes na redução dos juros, o mercado ainda diverge se o processo de ajuste negativo irá começar já na próxima reunião da instituição, no dia 31.

Assim, em meio a essa incerteza — e considerando que as bolsas americanas estavam nas máximas históricas —, o mercado assume uma postura de maior cautela lá fora. E essa prudência acaba respingando aqui.

Afinal, o Ibovespa também atingiu níveis inéditos recentemente. E, sem grandes fatores para continuar dando força ao índice, é melhor não disparar na frente como a lebre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Devagar e sempre se chega na frente", diz o Ibovespa. "Devagar e sempre".

Cautela no exterior

Desde o início do dia, os índices acionários de Nova York exibiam um viés negativo — e esse movimento ganhou força no meio da tarde, com a divulgação do chamado "Livro Bege", um relatório preparado pelo Fed com as considerações da instituição a respeito da economia do país.

Esse tom de cautela se deve às sinalizações dúbias emitidas pela instituição no documento. Entre outros pontos, o Fed cita os temores de um possível impacto negativo em função da guerra comercial, mas também diz que o mercado de trabalho está "apertado".

"O Livro Bege trouxe uma preocupação interessante do Fed em relação à guerra tarifária", diz um economista, citando ainda que o relatório deixou uma mensagem positiva acerca do desempenho da atividade do país na margem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E essa percepção positiva da autoridade monetária americana a respeito da economia dos EUA gerou um ligeiro aumento na aversão ao risco no mercado acionário local, já que, nesse cenário, perde força a tese de que a instituição cortará juros já ao fim deste mês.

Assim, os índices de Nova York fecharam em queda: o Dow Jones recuou 0,42%, o S&P 500 teve baixa de 0,65% e o Nasdaq desvalorizou 0,46%, dando continuidade às perdas de ontem.

Esse movimento também influenciou o Ibovespa. No melhor momento do dia, o índice brasileiro chegou a subir 0,65%, aos 1034.453,09 pontos, mas perdeu força no fim da tarde. Por aqui, contudo, o sinal ainda ficou positivo no encerramento, num movimento de correção após as quatro baixas seguidas.

Dólar em queda no mundo

Os sinais do Livro Bege também repercutiram no mercado de câmbio. O dólar perdeu força em escala global, com os investidores optando por aumentar ligeiramente à exposição ao risco no segmento de câmbio, ao mesmo tempo que reduziram as posições em ações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O dólar recuou ante as divisas fortes — o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante as principais divisas do mundo, teve queda em queda nesta quarta-feira — e em relação a maior parte das emergentes. Neste último grupo, estão inclusos o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano e o dólar neozelandês.

Esse contexto global, assim, influenciou o comportamento do dólar à vista no Brasil, que fechou em baixa de 0,28%, a R$ 3,7604 — na mínima, a moeda americana bateu os R$ 3,7555 (-0,41%).

DIs flutuam

As curvas de juros seguiram a tendência dos demais ativos brasileiros e passaram o dia oscilando ao redor da estabilidade, com movimentos de ajuste pontuais. Na ponta curta, por exemplo, os DIs para janeiro de 2021 fecharam em alta de 5,56% para 5,58%; na longa, as curvas com vencimento em janeiro de 2023 avançaram de 6,37% para 6,38%, enquanto as para janeiro de 2025 permanecem inalteradas em 6,96%.

Hora de comprar?

As ações ON do Magazine Luiza (MGLU3) fecharam em alta de 4,44%, a R$ 244,39, e lideraram os ganhos do Ibovespa nesta quarta-feira, após o Bradesco BBI elevar a recomendação dos ativos para "outperform" (classificação acima de neutro). A instituição fixou preço-alvo de R$ 320 para os ativos ao fim de 2020.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relatório, o Bradesco BBI diz que o Magalu está bem posicionado para capturar o crescimento da "segunda onda" do e-commerce, que inclui produtos como vestuário, calçados e cosméticos.

Privatização no radar

Os ativos da Eletrobras também apareceram na ponta positiva do Ibovespa: as ações ON (ELET3) avançaram 3,99%, enquanto as PNBs (ELET6) subiram 3,88%. O mercado reage bem às notícias de que o governo prepara um novo projeto de lei para viabilizar a privatização da estatal.

A ideia é que a União perca o controle acionário da empresa, diminuindo sua participação dos atuais 60% para menos de 50%.

Commodities em baixa

O dia é negativo para o mercado de commodities: o minério de ferro fechou em queda de 0,72% na China, o petróleo Brent recuou 1,07% e o WTI desvalorizou 1,46%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesse contexto, as ações de empresas ligadas às commodities tiveram uma sessão pressionada: Vale ON (VALE3) caiu 0,68%, CSN ON (CSNA3) recuou 1,87% e Gerdau PN (GGBR4) fechou em baixa de 1,22%. Entre os papéis da Petrobras, os ONs (PETR3) tiveram perda de 0,65%, enquanto os PNs (PETR4) desvalorizaram 0,54%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar