🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Índice voltou aos 103 mil pontos

O Ibovespa conseguiu escapar da avalanche da guerra comercial e subiu 1,29% na semana

Apesar de a guerra comercial ter trazido enorme tensão aos mercados globais no início da semana, essa bola de neve foi perdendo força ao longo dos dias. E, por aqui, o noticiário local contribuiu para dar velocidade ao Ibovespa

Victor Aguiar
Victor Aguiar
9 de agosto de 2019
10:32 - atualizado às 14:31
Avalanche
Ibovespa fechou a sexta-feira em baixa, mas ainda acumulou alta na semana e voltou aos 103 mil pontosImagem: Shutterstock

No início da semana, parecia que o Ibovespa e as bolsas globais seriam soterradas: a guerra comercial trouxe forte instabilidade às sólidas cadeias de montanhas dos mercados financeiros. E, na segunda-feira (9), quando a China tirou uma carta da manga na disputa com os EUA, os deslizamentos foram massivos.

O primeiro pregão desta semana terminou com o Ibovespa registrando baixa de 2,51% — em Nova York, o Dow Jones despencou 2,90%, o S&P 500 recuou 2,98% e o Nasdaq desabou 3,47%. E, naquela segunda-feira, parecia que muito mais neve ainda encobriria os mercados nos próximos dias.

Só que, ao contrário do que se imaginava, os picos nevados das bolsas globais se estabilizaram ao longo da semana. A guerra comercial continuou no radar, sem qualquer sinal de avanço nas negociações. Mas, pelo menos, os conflitos não saíram do controle: o clima permaneceu estável — ruim, mas estável.

A estabilização nas tensões abriu espaço para que as bolsas globais recuperassem parte do terreno perdido. Nos Estados Unidos, os índices acionários ainda fecharam a semana no campo negativo, mas com perdas bem menores que as verificadas na segunda-feira; já o Ibovespa...

Bom, o Ibovespa teve leve baixa de 0,11%, aos 103.996,16 pontos, e, com isso, terminou a semana com ganho acumulado de 1,29% — escapando ileso da avalanche.

O segredo estava nos esquis usados pela bolsa brasileira: o índice aproveitou o noticiário doméstico mais favorável para ganhar velocidade num momento em que os demais mercados globais ainda sofriam para ganhar tração.

Leia Também

Bola de neve

Voltemos ao início da semana: lá na segunda-feira, a moeda da China passou por uma forte desvalorização: o dólar passou a valer mais de 7 yuans, uma barreira que não era rompida há mais de 10 anos. E, com a quebra dessa marca psicológica, uma reação em cadeia foi desencadeada nos mercados.

A lógica dos agentes financeiros era simples: com o yuan mais fraco, as exportações da China ganhariam competitividade. E, como é sabido que o regime de câmbio do gigante asiático não é livre — o Banco do Povo da China (PBoc) fixa diariamente uma cotação de referência para a moeda —, cresceu o temor de que Pequim usaria o câmbio como arma na guerra comercial com os EUA.

Afinal, como a China não importa tantos produtos americanos, o governo do país asiático tem um poder de fogo menor no front das sobretaxas. No entanto, a desvalorização da moeda poderia ser uma arma para dar o troco em Washington — só que as consequências desse mecanismo assombraram os mercados.

Uma guerra cambial entre EUA e China poderia trazer desequilíbrios às relações comerciais em escala mundial, além de potencialmente gerar uma desaceleração ainda maior da economia internacional — isso sem falar nas possíveis reações do presidente americano, Donald Trump.

Assim, sem saber os próximos capítulos da guerra comercial, os agentes financeiros assumiram uma posição amplamente defensiva,  que provocou a queda forte das bolsas mundiais na segunda-feira. Só que, nos dias seguintes, a temida escalada nos atritos não se concretizou — ao menos, não como nos piores cenários imaginados.

O PBoC continuou estabelecendo cotações mais fracas para o yuan em relação ao dólar em todos os dias da semana, mas essa desvalorização tem ocorrido num ritmo bastante lento, o que foi interpretado como um sinal de que Pequim não deseja embarcar numa guerra cambial neste momento.

Além disso, dados mais fortes que o esperado da balança comercial chinesa em julho — portanto, antes da desvalorização do yuan — ajudaram a melhorar o humor dos mercados e reduzir parcialmente a aversão ao risco. Assim, apesar de a tensão comercial continuar elevada, o cenário não está tão ruim quanto o imaginado.

Nesse contexto, o Dow Jones encerrou a semana com baixa acumulada de 0,74%, o S&P 500 recuou 0,45% e o Nasdaq teve baixa de 0,56%.

Ganhando velocidade

Com o clima não tão fechado no exterior, os agentes financeiros domésticos conseguiram repercutir com mais calma os desdobramentos do cenário local. E, por aqui, o tempo estava ótimo nesta semana.

Em Brasília, a tramitação da reforma da Previdência voltou a andar: o texto foi aprovado em segundo turno pela Câmara dos Deputados, e todos os destaques — isto é, os pedidos de alteração da proposta — foram rejeitados. Com isso, a Previdência chegou ao Senado mantendo uma potência fiscal acima de R$ 900 bilhões em 10 anos.

Em linhas gerais, os mercados já precificaram a aprovação da reforma da Previdência. No entanto, a rapidez na conclusão da etapa da Câmara e a manutenção das economias totais, sem desidratação do texto, trouxeram ainda mais alívio aos agentes financeiros domésticos.

A rapidez na tramitação, afinal, leva a crer que as próximas pautas econômicas defendidas pelo governo — em especial, a reforma tributária — poderão começar a ser discutidas em breve. E esses são considerados os próximos drivers locais com potencial para direcionar o Ibovespa daqui para frente.

Balanços e mais balanços

Por aqui, a semana também foi marcada pelos inúmeros balanços trimestrais — diversas empresas que fazem parte do Ibovespa reportaram seus números nos últimos dias. E, em sua maior parte, os resultados foram bem recebidos pelo mercado.

Nesta sexta-feira, por exemplo, B2W ON (BTOW3) disparou 17,75% — a empresa reportou crescimento no prejuízo, mas a evolução mostrada nos indicadores operacionais e a geração de caixa agradaram em cheio.

Também hoje, Lojas Americanas PN (LAME4) e BRF ON (BRFS3), outras empresas que divulgaram seus números trimestrais recentemente, subiram 6,61% e 5,07%, respectivamente.

Ainda no front corporativo, é impossível não citar Qualicorp ON (QUAL3), que foi às alturas e fechou em alta de 36,64%. No entanto, essa forte reação não se deve ao balanço da empresa: os ganhos de hoje ocorrem após a Rede D'Or comprar 10% das ações da companhia — a fatia era detida pelo presidente da Qualicorp, José Seripieri.

E o dólar?

O dólar à vista é mais sensível ao cenário externo: assim, apesar do noticiário favorável no front doméstico, a moeda americana acompanhou a tensão no exterior e fechou a semana com alta acumulada de 1,26% — nesta sexta-feira, os ganhos foram de 0,33%, a R$ 3,9405.

Os atritos crescentes entre EUA e China aumentaram a aversão ao risco e, no mercado de câmbio, isso é sinônimo de venda de moedas de países emergentes, consideradas mais arriscadas, e compra de dólares, um porto seguro para os investidores.

Assim, houve um movimento global de enfraquecimento das divisas emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo, o peso chileno, o rand sul-africano, o peso colombiano e o dólar neozelandês — e o real, assim foi junto dos pares globais.

Juros se ajustam

Apesar da alta no dólar à vista, a curva de juros fechou a sexta-feira praticamente estável tanto na ponta curta quanto na longa — vale lembrar que os DIs recuaram nos últimos três dias.

Na ponta curta, as curvas com vencimento em janeiro de 2020 recuaram de 5,47% para 5,45%, e as para janeiro de 2021 ficaram inalteradas em 5,39%. No vértice longo, os DIs para janeiro de 2023 subiram de 6,34% para 6,35%, e os com vencimento em janeiro de 2025 foram de 6,83% para 6,85%.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

MAQUININHAS ESTÃO COM TUDO

Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano

26 de agosto de 2022 - 13:43

Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio

REENQUADRAMENTO

IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje

25 de agosto de 2022 - 7:20

Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando

Distribuição de lucros

Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos

24 de agosto de 2022 - 19:06

Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas

MAIS UM PASSO

Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão

23 de agosto de 2022 - 6:02

Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi

Exclusivo Seu Dinheiro

Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)

22 de agosto de 2022 - 11:00

Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar

SOBE E DESCE DA SEMANA

Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco

20 de agosto de 2022 - 11:06

Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período

NAS NUVENS

Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes

19 de agosto de 2022 - 14:32

Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais

NOVO CONTO DO VIGÁRIO?

Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda

19 de agosto de 2022 - 14:08

Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio

MAIS UM PASSO

Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias

18 de agosto de 2022 - 19:12

Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes

FRIGORÍFICOS

JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?

18 de agosto de 2022 - 14:54

Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa

PAPELEIRA ESTÁ BARATA?

Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?

18 de agosto de 2022 - 11:15

A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital

Não brilha mais?

Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel

17 de agosto de 2022 - 12:34

Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco

Exclusivo Seu Dinheiro

Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda

17 de agosto de 2022 - 10:18

Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil

Investidores gostaram

Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa

16 de agosto de 2022 - 12:03

Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal

AS FAVORITAS

Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira

15 de agosto de 2022 - 11:49

O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar