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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Natural que seja assim

Em dia de feriado nos EUA, o Ibovespa caminhou com passos de formiga e sem vontade

Com as bolsas americanas fechadas por causa de um feriado local, o Ibovespa apresentou baixo volume de negociação e fechou em queda

Victor Aguiar
Victor Aguiar
2 de setembro de 2019
10:29 - atualizado às 14:33
Foto de Lulu Santos
O cantor e compositor Lulu Santos num show em 2009, no Rio de Janeiro - Imagem: Shutterstock

O Ibovespa começou o mês de setembro em câmera lenta. As negociações correram num ritmo vagaroso, sem muita energia — o principal índice da bolsa brasileira apresentou um volume de negociações bastante reduzido e volatilidade relativamente baixa. E tudo isso porque, em Nova York, as bolsas estiveram fechadas nesta segunda-feira (2).

Nos Estados Unidos, comemorou-se hoje o feriado do Dia do Trabalho, o que tirou boa parte dos investidores estrangeiros das operações. Assim, sem o referencial dos mercados americanos e a mercê apenas dos agentes financeiros locais, o pregão acabou ficando bastante esvaziado.

Durante a manhã, o principal índice acionário brasileiro até chegou a subir 0,47%, tocando os 101.611,02 pontos. Mas, ao longo da tarde, foi perdendo força gradativamente, encerrando o pregão em baixa de 0,50%, aos 100.625,74 pontos, nas mínimas do dia.

Mas o que chamou mesmo a atenção foi o fraco giro financeiro: ao fim da sessão, o Ibovespa movimentou apenas R$ 10,7 bilhões, o menor montante de negociações desde 27 de maio — também um pregão de feriado nos Estados Unidos. Apenas para efeito de comparação, a média em agosto foi de R$ 19,4 bilhões.

Em meio a esse marasmo todo, restou aos agentes domésticos repercutirem os dados mais recentes da economia chinesa e monitorarem os desdobramentos da guerra comercial. E nem mesmo o front doméstico ajudou a dar ânimo às negociações, já que, por aqui, o noticiário segue praticamente em ponto morto.

Não vou dizer que foi ruim

Na China, o índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria local recuou de 49,7 em julho para 49,5 em agosto. No entanto, o indicador calculado pelo Caixin, instituto que monitora as manufaturas de menor porte, mostrou recuperação da atividade chinesa: de 49,9 em julho para 50,4 em agosto, maior nível em cinco meses.

Já o PMI do setor de serviços teve leve expansão, passando de 53,7 em julho para 53,8 no mês passado. Assim, por mais que os resultados não mostrem um amplo vigor por parte da economia do gigante asiático, eles também não demonstram uma fragilidade expressiva em meio às disputas comerciais com os Estados Unidos.

Nesse contexto, a bolsa de Xangai fechou em alta firme de 1,3% nesta segunda-feira. Além disso, o minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao disparou 6,99%, o que ajudou a dar sustentação às ações da Vale e das siderúrgicas neste dia esvaziado.

Também não foi tão bom assim

Mas, apesar dos dados melhores que o esperado na China, os agentes financeiros seguiram bastante preocupados em relação às disputas comerciais entre Washington e Pequim. Afinal, começaram a valer ontem as novas tarifas de importação, anunciadas no mês passado pelos governos dos dois países.

"Os dados na China até animaram um pouco algumas praças, mas a briga continua no radar", diz Ari Santos, gerente da mesa de operações da H. Commcor. "Fora isso, não teve muita coisa, então a bolsa acabou ficando parada hoje. Teve pouca gente operando".

E foi nesse cenário que o Ibovespa acabou oscilando entre perdas e ganhos nesta segunda-feira, mas firmando-se no terreno negativo na segunda metade da sessão. No entanto, é importante ressaltar que o principal índice da bolsa brasileira conseguiu sustentar o nível dos 100 mil pontos, reconquistado na última quinta-feira (30).

Já o dólar à vista continuou pressionado: a moeda americana terminou em alta de 0,97%, a R$ 4,1828 — é o patamar mais elevado para a divisa desde 13 de setembro do ano passado, quando fechou a R$ 4,1998.

Em meio à continuidade das tensões no front comercial — parte dos agentes financeiros apostava que Trump e as autoridades chinesas adiariam o início das novas tarifas —, o mercado optou por adotar uma postura cautelosa no segmento de câmbio.

No exterior, as moedas de países emergentes também perderam terreno em relação ao dólar. Além do real, fazem parte desse grupo o peso mexicano, o rublo russo, o peso chileno e o rand sul-africano, entre outras divisas. No entanto, a moeda brasileira foi a que apresenta o pior desempenho no dia.

Por fim, a curva de juros acompanhou o comportamento do dólar à vista e fechou em alta. Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2021 subiram de 5,52% para 5,58%; na longa, as curvas com vencimento em janeiro de 2023 avançaram de 6,58% para 6,66%, e as para janeiro de 2025 foram de 7,11% para 7,18%.

Assim caminha a bolsa brasileira

No front corporativo, as ações ON da Vale (VALE3) subiram 0,97% e reduziram as perdas do Ibovespa, impulsionadas pela valorização expressiva do minério de ferro na China. Entre as siderúrgicas, destaque para CSN ON (CSNA3), que ficou praticamente estável, com baixa de 0,07%.

Já os papéis PNA da Braskem (BRKM5) terminaram em baixa de 0,60% — o conselho de administração da petroquímica recomendou a distribuição do dividendo mínimo obrigatório sobre os resultados de 2018, no valor de R$ 667,418 milhões.

Atenção, também, para NotreDame Intermédica ON (GNDI3) e para as units do BTG Pacutal (BPAC11), que subiram 1,64% e 0,38%, respectivamente. Os ativos que estão estreando nesta segunda-feira no Ibovespa — preparamos um resumo com tudo o que você precisa saber sobre as duas empresas nesta matéria especial.

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