🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

Capital de risco

De olho nos novos unicórnios, gestora Spectra capta fundo de até R$ 850 milhões

Especialista em selecionar e investir em fundos que compram participações em empresas, Spectra Investimentos vê mercado de startups efervescente no país, mas com risco de bolha

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
19 de novembro de 2019
6:01 - atualizado às 22:25
Ricardo Kanitz, sócio-fundador da Spectra Investimentos
Ricardo Kanitz, sócio-fundador da Spectra Investimentos - Imagem: Divulgação/Spectra

Os amantes da gastronomia que já tentaram fazer reserva em um restaurante estrelado, de um chef famoso, sabem que podem esperar meses por uma data disponível. Pois o mesmo acontece com os fundos mais quentes do mercado, aqueles que são especialistas em descobrir empresas novatas (startups) com potencial de valorização astronômico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para conseguir um lugar nos fundos estrelados, a gestora brasileira Spectra Investimentos decidiu reservar uma mesa antes do mercado lotar: aplicou há cinco anos uma pequena parcela do capital nos fundos que começaram a captar recursos para investir em startups brasileiras.

Dessa safra saíram aportes em empresas que viraram unicórnios – avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão. Entre elas estão o banco digital Nubank, a plataforma de academias Gympass, o aplicativo de transporte 99 e a empresa de maquininhas de cartão e meios de pagamento Stone.

Agora que alguns dos fundos mais bem sucedidos reabriram para uma nova rodada de captação em busca de novos unicórnios, a demanda de investidores dispostos a aplicar foi muito maior do que a oferta, o que deixou a maioria de fora. Mas os cotistas mais antigos, como a Spectra, tiveram prioridade por um lugar.

Quem me contou a história foi Ricardo Kanitz, sócio-fundador da gestora. O investimento nos “caçadores” de unicórnios é apenas uma das estratégias da Spectra, que também acaba de captar um fundo que pode chegar a até R$ 850 milhões – o valor final ainda depende da confirmação da entrada de um último cotista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como a aposta inicial se mostrou correta, a Spectra agora vai alocar um percentual maior nesses fundos. A gestora já reservou lugar na mesa da Kaszek, conhecida por ser uma das primeiras a investir no Nubank, e na Monashees, conhecido pela descoberta do o aplicativo de transporte 99, um dos primeiros unicórnios brasileiros.

Leia Também

Para Kanitz, conseguir uma vaga entre os cotistas dos melhores fundos é fundamental para ganhar dinheiro com o investimento em startups. “O desempenho dos fundos em geral é ruim, mas o retorno obtido pelos melhores acaba deixando a média interessante”, disse.

Como costuma acontecer, a proliferação de startups que alcançam a avaliação de US$ 1 bilhão levou a uma corrida pelos novos unicórnios. Junto com as empresas, surgiram nos últimos anos uma série de fundos especializados no investimento em potenciais unicórnios.

“O mercado está efervescente e conseguiu se provar. Mas começo a ver um risco de bolha, o que torna ainda mais necessário estar com os bons gestores”, diz Kanitz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fundo de fundos

Esse é justamente o trabalho da Spectra, que opera como um "fundo de fundos", ou seja, capta recursos de investidores para selecionar e aplicar em outras carteiras. A gestora se especializou no mercado de fundos que compram participações em empresas com o objetivo de vendê-las com lucro no futuro – mais conhecidos como private equity e venture capital.

Trata-se de um investimento de altíssimo risco e praticamente sem liquidez – o prazo para a devolução do dinheiro aos cotistas pode levar até dez anos. Mas o retorno costuma compensar. Nos três fundos anteriores, a gestora obteve um retorno de 40% ao ano a seus investidores.

Por falar em falta de liquidez, uma das especialidades da Spectra é justamente comprar com desconto cotas de fundos de outros investidores que querem receber os recursos antes do prazo determinado. A gestora fechou recentemente a compra das cotas de sete fundos que pertenciam à Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras) por R$ 180 milhões, com desconto de 30% em relação ao valor original.

Além da seleção de fundos, a Spectra investe diretamente em participação em empresas em parceria com outras gestoras. Uma das tacadas certeiras foi o coinvestimento feito com a Starboard na Mineração Caraíba, que abriu o capital na bolsa canadense de Toronto e rendeu 4,5 vezes o capital aplicado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No novo fundo, a gestora também vai abrir um pouco mais o leque para investir uma parte do patrimônio em "legal claims" – créditos de processos judiciais.

Jorrando dinheiro

Como você já deve ter percebido, a Spectra é uma gestora bem diferente das tradicionais. Mas as classes de investimentos alternativos como o de fundos que compram participações em empresas vêm ganhando cada vez mais atratividade.

"Com a queda da taxa de juros, os investidores começam a jorrar dinheiro na economia real brasileira", disse Kanitz.

A meta para o quarto fundo é entregar uma rentabilidade de pelo menos 25% ano mais a variação da inflação medida pelo IPCA. Ficou interessado? O problema é que o fundo da Spectra é voltado apenas para os chamados investidores profissionais, que possuem pelo menos R$ 10 milhões para aplicar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O dinheiro do novo fundo foi captado de clientes milionários de bancos (private banking), gestores de recursos de famílias ricas (family offices), fundos de pensão e estrangeiros.

Kanitz não descarta a possibilidade de um dia oferecer os fundos da Spectra para um público mais amplo, nas prateleiras das plataformas de investimento.

Uma das dificuldades é que as regras atuais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) impedem a gestora de fazer uma oferta mais ampla do fundo nos moldes atuais. "Eu teria deixar o produto um pouco mais 'aguado' para enquadrar nas regras", disse.

O sócio da Spectra citou como exemplo a proibição de fundos voltados a um público mais amplo aplicarem mais de 20% dos recursos aplicados no exterior. "Isso me impediria de aplicar em bons gestores que investem em empresas brasileiras mas captam recursos em estruturas baseadas lá fora."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADO DE AÇÕES VAI ESQUENTAR?

BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira

12 de dezembro de 2025 - 19:15

A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?

NAS PASSARELAS DO MERCADO

Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?

12 de dezembro de 2025 - 18:01

Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo

OS NEGÓCIOS DE SILVIO

O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso

12 de dezembro de 2025 - 16:51

Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano  

CHOQUE NO BOLSO

Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia

12 de dezembro de 2025 - 16:15

Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo

EFEITO MONSTER

De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário

12 de dezembro de 2025 - 14:33

A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho  

TENTA SE REERGUER

Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão

12 de dezembro de 2025 - 14:01

Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial

ALGUNS BILHÕES MENOS RICO

Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA

12 de dezembro de 2025 - 10:56

A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista

CRISE CORPORATIVA

Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha

12 de dezembro de 2025 - 10:01

A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ

DANÇA DAS CADEIRAS

Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando

12 de dezembro de 2025 - 9:21

De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças

PREPAREM OS BOLSOS

Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP

11 de dezembro de 2025 - 20:11

Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos

UM TRUNFO E UM PROBLEMA

A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA

11 de dezembro de 2025 - 19:46

Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta

CORRIDA ESPACIAL

Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla

11 de dezembro de 2025 - 19:00

Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história

APETITE VORAZ

Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia

11 de dezembro de 2025 - 18:35

O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa

O QUE TER NA CARTEIRA

As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio

11 de dezembro de 2025 - 17:45

O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras

VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar