Pernambucanas faz parceria com Avon e venderá produtos da marca nas lojas
Para as duas companhias, a estratégia representa uma forma de pegar a onda que as concorrentes de ambas já vêm surfando
A partir de agosto, a varejista Pernambucanas vai iniciar a venda de produtos da fabricante de cosméticos Avon, em uma parceria fechada entre as duas marcas centenárias. Até o fim do ano, 32 unidades da Pernambucanas - de um total de 356 em nove Estados - terão espaços exclusivos Avon no qual serão vendidos cerca de 400 itens, entre perfumes, produtos para a pele e maquiagem.
Para as duas companhias, a estratégia representa uma forma de pegar a onda que as concorrentes de ambas já vêm surfando. No caso da Pernambucanas, a Renner e a Riachuelo ampliaram presença do setor de beleza em seus pontos de venda - segundo fontes de mercado, a relevância desses itens no faturamento já beira os 10%. Para a Avon, será uma forma de entrar de vez na estratégia multicanal, com lojas, e-commerce e venda direta, como hoje já fazem suas principais rivais, Natura e Grupo Boticário.
“A estratégia faz sentido porque ambas as marcas atendem principalmente às mulheres de classe C”, diz o consultor Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese. “A Pernambucanas tem forte presença em municípios do interior, enquanto a Avon, apesar dos esforços de rejuvenescimento, ainda é associada à mãe de família, justamente o perfil que mais compra na Pernambucanas.”
Conversas
A parceria entre Avon e Pernambucanas foi costurada diretamente entre os presidentes da varejista, Sérgio Borriello, e o da fabricante de cosméticos, José Vicente Marino. Depois de um “namoro” iniciado entre suas equipes, os dois conversaram diretamente, chegaram à conclusão de que as sinergias eram óbvias e conseguiram colocar a operação em pé em cerca de oito meses. “Os públicos das duas marcas são muito parecidos”, disse Borriello ao Estado. “Se isso não bastasse, descobrimos que ambos torcemos para o Palmeiras.”
Para a Avon, disse Marino, as lojas da Pernambucanas serão uma peça-chave na estratégia de distribuição. Os espaços da marca vão funcionar não apenas como ponto de venda ao cliente final, mas também como postos de abastecimento das consultoras de venda direta. A ideia é que revendedoras usem as lojas para fazer entregas mais rápidas. “Hoje, somos a única empresa de cosméticos que entrega pelo Rappi”, diz Marino. “Com a parceria com a Pernambucanas, vamos ter mais uma alternativa.”
Para a Pernambucanas, a oferta de produtos da Avon é tanto uma tentativa de correr atrás da concorrência, quanto de capturar uma fatia das vendas do mercado de beleza, que cresce mais do que o de confecções. “Todas as empresas de moda estão tentando algum tipo de caminho para entrar nesse segmento, que cresce sistematicamente, tem recorrência de compra e valor médio alto”, diz Serrentino.
Leia Também
Especialmente no caso de perfumaria e maquiagem, diz ele, as redes de moda vêm ocupando espaço que no exterior está nas mãos das grandes lojas de departamento - modelo que não vingou no Brasil. Outra fatia do segmento, o de cuidados com a pele, acabou migrando para grandes redes de farmácias.
A partir do próximo mês, os produtos da Avon terão o mesmo tratamento dos demais itens vendidos na Pernambucanas. Isso significa acesso às opções de crédito da varejista. Segundo Borriello, a empresa vem acelerando ações para atender às necessidades financeiras do cliente, com a análise de crédito para concessão de cartão da loja em sete minutos, descontos para quem usa o aplicativo e até uma operação de conta digital.
Momentos diferentes
O encontro entre a Pernambucanas se dá em um momento em que as marcas vivem diferentes realidades. A Pernambucanas prevê abrir mais de 100 lojas até 2021 e retomou sua expansão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, após conseguir resolver uma longa disputa societária. Já a Avon teve as operações globais adquiridas pela rival Natura - processo que só excluiu os EUA e o Japão.
Por enquanto, as administrações de Avon e Natura seguem separadas, mas só será possível saber se a nova proprietária da marca dará seu aval à parceria a partir do início de 2020, quando a aquisição deve ser concluída. As empresas não quiseram comentar esse assunto, mas disseram que, por enquanto, trabalham de olho numa expansão da parceria no ano que vem.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem