🔴 [TESTE GRÁTIS] 30 DIAS DE ACESSO A SÉRIE RENDA IMOBILIÁRIA – LIBERE AQUI

Estadão Conteúdo
uma voz dos bancões

‘Juro baixo fará investidor ir ao exterior’

Para Renato Ejnisman, diretor gerente do Bradesco, quando reformas como a da Previdência e a Tributária passarem, Pais poderá focar em ‘agenda do futuro’: produtividade, redução de entraves e inserção do Brasil na agenda mundial

Estadão Conteúdo
26 de junho de 2019
12:59 - atualizado às 14:27
Agência do Banco Bradesco (BBDC4) | Dividendos
Banco Bradesco (BBDC4) - Imagem: Estadão Conteúdo/Ricardo Lisboa

Além de US$ 2 bilhões em ativos e 10 mil clientes endinheirados, o BAC Florida Bank tem uma missão maior dentro do Bradesco: consolidar o braço internacional do banco. Feita no mês passado por R$ 2 bilhões, a aquisição visa, por um lado, atender aos brasileiros que procuram investimentos fora do País. Do outro, ser um ímã para estrangeiros que desejam investir no mercado latino-americano.

“O Brasil já chegou a representar entre 15% e 16% dos investimentos de fundos em mercados emergentes”, diz Renato Ejnisman, diretor gerente do Bradesco, ao Estadão/Broadcast. “Hoje, esse número está por volta de 9%, 10%, sendo que já foi 6%: há um espaço grande para crescer.” O Bradesco, conforme Ejnisman, segue aberto a oportunidades, mas não “sairá comprando bancos de varejo fora do Brasil”. Leia a entrevista, a seguir:

Qual a expectativa para a aprovação da compra do BAC?

Deve demorar entre seis e nove meses, o prazo típico. Conhecemos muito bem o banco durante o processo de aquisição e estamos super animados. É um potencial enorme para o
Bradesco.

Por quê?

Do lado do private (clientes com grandes patrimônios), temos potencial enorme de melhorar a entrega. Dobramos o número de pessoas em Luxemburgo e, agora, com o BAC em Miami. Na área dos clientes corporativos, o Bradesco ganha uma base nova, inclusive, na América Central. O banco terá mais produtos e um custo mais competitivo para operações nos Estados Unidos.

Quantos CPFs de estrangeiros virão com o BAC?

São cerca de dez mil no total. Parte da nossa estratégia é manter e crescer a atividade do BAC. Hoje, é um banco que serve pessoas de alta renda de diversos países como México, Argentina, Estados Unidos e algumas pessoas da América Central. Não queremos parar.

Em um cenário de queda dos juros, o BAC faz diferença?

É o principal ganho. Em um cenário de juros baixos e de reforma da Previdência, o investidor, que já busca multimercados, ações, crédito privado e títulos, vai demandar diversificação geográfica e até de moeda. Estamos, no fundo, nos preparando para essa onda. Por tabela, também poderemos oferecer para investidores estrangeiros oportunidades no Brasil e na América Latina.

O investidor brasileiro no exterior é diversificação ou fuga?

Se imaginarmos um Brasil que dá certo, teremos mais investidor diversificando do que saindo por falta de opção. Mas é fato: tem gente que saiu do Brasil. A opção de diversificação é a que olhamos mais firme.

O investidor global vem só a partir de 2020?

Só no ano que vem. Estamos vendo uma agenda de passado, Previdência e questões tributárias. Quando passarmos a ver agenda de futuro, que é produtividade, redução de entraves e o Brasil inserido na agenda mundial, teremos crescimento maior e o investidor global.

As plataformas de investimento e os agentes autônomos já incomodam no público de alta renda e no private?

Podemos olhar como ameaça ou oportunidade. O mercado hoje apresenta muito mais oportunidades. Por exemplo, começamos a oferecer fundos da nossa gestora, a Bram, também através das plataformas.

Há uma crítica de que o Bradesco não aproveitou o potencial da Ágora, que seria a XP de antigamente. O banco está recuperando o tempo perdido?

Já transformamos nossas corretoras, inclusive a Ágora, em um lugar no qual os clientes podem comprar e vender ações, mas falar também de renda fixa, fundos e toda a gama de produtos de investimento. Temos vantagem porque possuímos muito mais pontos de contato com o cliente e capacidade de entender suas necessidades. Se formos inteligentes para transformar essa informação em benefício ao cliente, teremos muito a oferecer.

O Bradesco comprou o HSBC para reforçar o segmento de alta renda e private. O BAC foi nessa direção. O que falta?

Conseguimos prover uma experiência para o alta renda e o private muito melhor do que tínhamos. Agora, temos trabalho constante de melhoria, entender o cliente e ter capacidade de interagir com ele.

Não adianta só ter o cliente e ele comprar produtos das plataformas de investimento?

Por exemplo, mas não são somente as plataformas. A concorrência está mudando e vai mudar mais. Hoje, em determinado momento vamos concorrer com fintech, bigtech e em outros com uma empresa de patinete com carteira digital.

Falta reforço no exterior?

O banco está aberto a oportunidades que façam sentido, mas não vamos sair comprando bancos de varejo fora do Brasil. Podemos ter alguma necessidade específica em algum segmento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

Viva México

Se cuida, Nubank: Bradesco compra instituição no México e vai lançar conta digital no país

25 de agosto de 2022 - 12:08

Com a aquisição, o Bradesco terá licença para atuar como se fosse um banco digital no México. O país é um dos focos de expansão do Nubank

Nova gestora

O que o Bradesco viu no negócio de fundos de investimento do Banco Votorantim (BV)?

24 de agosto de 2022 - 12:13

Bradesco e BV anunciaram parceria para formar uma gestora de investimentos independente com marca própria

Balanço

Pintou o sete! Bradesco (BBDC4) tem lucro de R$ 7,041 bi no segundo trimestre e supera projeções

4 de agosto de 2022 - 18:17

Lucro líquido do Bradesco aumenta 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado e rentabilidade sobe para 18,1%

CHEGARAM AO TOPO

De estagiário a CEO: Conheça a trajetória de cinco brasileiros que seguiram carreira em uma única empresa

2 de agosto de 2022 - 15:40

Além de iniciarem a vida profissional como estagiários, os CEOs têm algo em comum: uma trajetória marcada por passagens em diferentes áreas da companhia — e muita resiliência

Diversificação internacional

Cliente da Ágora, corretora do Bradesco, poderá investir diretamente no exterior por meio de carteiras montadas pela BlackRock

27 de julho de 2022 - 12:30

Iniciativa é fruto de uma parceria da plataforma com o Bradesco BAC Florida Bank, que oferecerá conta internacional aos clientes da corretora

ESTÁGIO E TRAINEE

Bradesco abre inscrições para o programa de estágio; confira outras vagas com bolsas-auxílio de até R$ 7 mil

18 de julho de 2022 - 12:45

Além do banco, Getnet e B3 também abriram inscrições para os programas de estágio; a maioria dos processos seletivos aceitam inscrições até o final de julho

Bancões na área

Vão sobrar uns cinco ou dez bancos digitais, e o Next está entre eles, diz CEO do banco digital do Bradesco

2 de julho de 2022 - 15:28

Renato Ejnisman diz ainda que Next visa a mais aquisições e pensa ainda em internacionalização

Transferência milionária

Bradesco (BBDC4) em expansão? Banco anuncia acordo para migração de clientes do Private Banking do BNP Paribas

22 de junho de 2022 - 11:52

Banco francês encerra gestão de fortunas no Brasil e ‘passa o bastão’ para o Bradesco

DISPUTA DOS BANCÕES

XP está mais otimista com o Itaú (ITUB4), mas ainda prefere outra ação no setor bancário — saiba qual

14 de junho de 2022 - 14:06

A corretora vê maior competição no segmento nos próximos anos, à medida que as fintechs amadureçam as operações, tanto em tamanho quanto em diversidade de produtos e serviços

BAIXANDO…

Comeu poeira? Bitz, do Bradesco (BBDC4), vence o Nubank (NUBR33) na corrida digital de maio — veja os números

10 de junho de 2022 - 14:18

Bank of America fez um levantamento sobre os aplicativos mais baixados no mês passado e entre os destaques também aparecem PayPal e BTG Pactual

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies