Déjà-vu! Será que o final do filme vai ser diferente desta vez?
As cenas de ontem me lembraram muito um filme que vi há cerca de dois anos. Na cena de dezembro de 2016, um presidente da República e seu ministro da Fazenda entregavam ao presidente da Câmara uma proposta para mudar as regras do sistema de aposentadorias e pensões. Jornalistas se debruçaram por horas em cima de uma solução complexa para alterar um sistema que poucos entendem. Com a tal da reforma da Previdência, vinha a esperança de o Brasil sair do buraco.
Os capítulos seguintes foram marcados por uma sequência de prazos para a aprovação do projeto. Todos adiados. Até que o governo encontrou uma saída honrosa. A chance de evitar um fiasco político foi um motivo de força maior, em prol da segurança nacional. A intervenção militar no Rio de Janeiro foi o enterro oficial da reforma da Previdência de Michel Temer e Henrique Meirelles.
O filme de ontem traz outros protagonistas e uma figurinha repetida. Com a faixa de presidente da República está Jair Bolsonaro, ao lado de seu “posto Ipiranga”, o ministro de Economia, Paulo Guedes. Quem segue na cena é Rodrigo Maia, ainda no papel de presidente da Câmara.
A grande questão agora é se o filme terá um final diferente da sua primeira versão. O mercado bem que comemorou a apresentação da proposta da reforma da Previdência. Mas, pensando bem, isso Temer e Meirelles também fizeram. O que fará a diferença mesmo é como o Congresso vai encaminhar o projeto.
Os holofotes se voltam agora para Rodrigo Maia e para as lideranças políticas no Congresso. Eles vão encarar a reforma da Previdência desta vez? Ou vão deixar o projeto morrer na praia, como aconteceu antes? Leia nesta reportagem o que Rodrigo Maia disse sobre a Previdência. E preste atenção em tudo que ele falar sobre o assunto, porque vai mexer com o mercado e com seus investimentos. #ficadica

Leia Também
Deseja alguma coisa?
Foi dada a largada à negociação pela reforma da Previdência. Agora os diferentes agentes políticos envolvidos começam a fazer seus pedidos em troca do apoio ao projeto. Na lista dos governadores está uma fatia do megaleilão do pré-sal na Bacia de Santos. A estimativa é que a licitação renda R$ 100 bilhões ao governo. Os Estados querem R$ 15 bilhões. Saiba mais.
Ligou sem querer
Um telefonema supostamente acidental de Onyx Lorenzoni a um jornalista de “O Globo” revelou que Bolsonaro está mais preocupado do que parece com a crise causada pelo agora ex-ministro Bebianno. Em conversa com o ministro da Casa Civil ouvida pelo jornalista, o presidente se demonstra preocupado com a possibilidade de ter uma conta cobrada por Bebianno. Leia mais.
Abortar missão
Seis anos após entrar no mercado brasileiro com a compra da rede de farmácias Onofre, a CVS Pharmacy avalia deixar o país. Com um faturamento anual de US$ 200 bilhões nos EUA, a rede teve dificuldades de encontrar espaço por aqui, disputando com gigantes como Raia Drogasil e DPSP (união das drogarias Pacheco e São Paulo). Segundo o jornal “Estado de S. Paulo”, a empresa estaria disposta a vender a rede por um valor inferior ao que pagou. Leia mais.
Supermercado
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) registrou um lucro líquido de R$ 414 milhões no 4º trimestre de 2018, o que representa uma alta de 46,8% na comparação com o mesmo período de 2017. O valor veio um pouco abaixo da expectativa de analistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam algo em torno de R$ 446 milhões. Veja os principais números do balanço.
Meia volta
A XP Investimentos e a Rico voltaram atrás da decisão de aumentar a aplicação mínima de alguns produtos de renda fixa para R$ 30 mil e R$ 20 mil, respectivamente. O Vinícius Pinheiro te explica essa história melhor aqui.
A Bula do mercado: foi dada a largada

A reforma da Previdência finalmente saiu do lugar ontem e os investidores digerem a proposta. Agora a expectativa gira em torno da aprovação do texto no Congresso.
Lá fora, os mercados continuam atentos às negociações entre EUA e China. Representantes do alto escalão de ambos países se reúnem hoje, em Washington, em um encontro-chave às vésperas do prazo final para o fim da trégua tarifária, no início de março.
Ontem, o Ibovespa fechou em queda de 1,14%, aos 96.544 pontos. Já o dólar avançou 0,43%, para R$ 3,73. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima quinta-feira!
Agenda
Índices
- IBGE divulga prévia da inflação de fevereiro
- Alemanha e Japão divulgam inflação de janeiro
- Argentina divulga resultado de sua balança comercial em janeiro
Banco Central
- BCE divulga ata de sua última reunião de política monetária
Balanços 4º trimestre de 2018
- No Brasil: Gerdau, B3, Suzano, Hypera, Localiza, Magazine Luiza, Multiplan, Natura e CVC
- Teleconferência: Gerdau, Pão de Açúcar, Ultrapar, CSN e Weg
Política
- Equipe econômica detalha reforma da Previdência a economistas do mercado financeiro
- Autoridades chinesas e norte-americanas fazem novas reuniões comerciais
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
