🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Bruna Furlani

Bruna Furlani

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.

Empresas menos líquidas

As pequeninhas de peso da Bolsa: investindo com inteligência em small caps

Apesar do potencial que as empresas de menor valor de mercado podem ter, é preciso atenção para não cair em furadas

Bruna Furlani
Bruna Furlani
4 de março de 2019
6:01 - atualizado às 9:55
Small caps
Imagem: Pomb/Ilustração

Por mais que já tenham se passado mais de dez anos desde a crise de 2008, o que não faltam são histórias sobre fundos e empresas que sofreram bastante com a recessão mundial. Fábio Alperowitch, que é gestor da Fama Investimentos, sabe bem o que é isso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Hoje, ele é responsável pela gestão de um fundo que trabalha com empresas que negociam mais do que R$ 4 milhões por dia.

Ao conversar comigo, Alperowitch disse que não gosta de colocar rótulos do tipo small, mid e large caps. Mas que, na época, as aplicações que possuía em empresas "ilíquidas" provocaram uma mudança de pensamento na gestora.

Apesar da valorização expressiva do índice de small caps (SMLL), que avançou quase 27% nos últimos 6 meses até a última sexta-feira (1º), é preciso atenção na hora de escolher a sua companhia preferida.

"Não é sempre que vale a premissa que, quanto mais líquida, mais vale uma empresa, mas a liquidez importa sim. Quando a companhia vai bem, isso é menos problemático, porém quando ela vai mal, não há saída a preço nenhum", diz Alperowitch.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Xô risco

Mas não foram só os fundos que investiam em companhias menos líquidas que foram impactados após a crise de 2008. Segundo o gestor, o grande problema é que diante de um mundo com menor liquidez, os investidores globais cortaram o apetite pelo risco e passaram a buscar ativos considerados mais seguros.

Leia Também

Com isso, a demanda pelos fundos que investiam em empresas menos líquidas caiu bastante e a alternativa dos gestores foi diminui-lo gradativamente até o seu fechamento. Outra questão é que muitas empresas começaram a ir mal porque deixaram a ter acesso ao crédito.

"Para completar, ainda houve a questão da alavancagem. Havia fundos com o patrimônio muito alavancado e que quebraram ou fecharam quando a situação ficou feia", destaca o gestor.

Mas qual seria a melhor forma de investir em small caps? Além de Alperowitch, conversei com outros especialistas para entender as melhores possibilidades entre as small caps e como aproveitar o possível boom delas na bolsa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Pacotinho" de fundos

Depois de comentar sobre os riscos de se investir em fundos que trabalham especificamente com small caps, uma opção interessante pode ser o investimento por meio dos Exchange Traded Funds (ETFs). No caso das empresas menos líquidas, a opção disponível é o SMAL11. Os ETFs permitem o investimento fracionário ou pelo lote padrão (que equivale a adquirir dez cotas do fundo).

Na prática, ao comprar uma cota, o investidor fica exposto às variações do índice sem ter que se preocupar com a negociação das ações. Por isso, você paga ao gestor uma taxa de administração anual, que é abatida diariamente na cota do produto.

E essa é a melhor opção na opinião do analista-chefe da corretora Necton, Glauco Legat. Na conversa que tive com ele, o especialista me contou que a vantagem de se investir no SMAL11 é a possibilidade de diversificação, se compararmos com o investimento em ações de forma individual.

Alocação mais certeira

O segundo ponto é que é difícil ganhar do mercado, especialmente quando o investidor é pessoa física. A razão é que o investidor pode fazer uma análise bem boa, mas corre o risco de errar na alocação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Por meio do ETF, ele vai ser bem menos impactado pela taxa de corretagem. Isso porque se ele aplicar em cerca de dez ações, ele terá dez boletos de compra e dez de venda. Logo, o custo será muito maior", destaca Legat.

O analista ressalta que o SMAL11 possui empresas mais atreladas à atividade doméstica. No caso delas, a expectativa é que elas sejam mais impactadas positivamente agora com retomada do crescimento e por conta da alavancagem operacional.

Outro ponto de atenção é com os custos. Ao investir em ETFs, o investidor paga uma taxa de custódia, de corretagem e também precisa contribuir com emolumentos. Ao analisar as opções oferecidas na XP, Ativa, Modal, Guide e Genial, Clear e BTG Pactual, achei a Clear melhor por não cobrar taxa de custódia e nem corretagem. Existe apenas o pagamento de emolumentos à B3.

Fundos

Apesar das apostas de Legat serem em ETFs, há quem tenha uma visão bem diferente. Em vez de investir nas clássicas empresas que estão listadas no índice de small caps, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, prefere ir atrás de papéis que estão fora do radar dos demais investidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Ao investir fora deste espectro, nossas oportunidades são maiores e nos afastamos do efeito manada característico dos movimentos simultâneos de mercado que nada tem a ver com o valor ou fundamentos das empresas, mas tão somente espelham fluxo e liquidez", afirma.

Mas para entrar na jogada é preciso ter visão de médio prazo. O gestor me contou que trabalha focado em resgates entre três e cinco anos depois de aplicar o valor. Por isso, ao buscar um fundo, nada de olhar apenas para os 12 últimos meses.

O fundo Trígono Absoluto Small Caps está disponível na plataforma do BTG. A aplicação inicial dele é de R$ 5 mil, com movimentação mínima de R$ 1 mil. A taxa de administração cobrada é de 2% ao ano.

Além dele, há o fundo Fama FIC Ações, da Fama Investimentos, sob gestão de Fábio Alperowitch.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O fundo investe em empresas que negociam mais do que R$ 4 milhões por dia, que não tenham risco de crédito e balanço forte. A taxa de administração é de 2% ao ano mais 20%.

O investimento inicial, por sua vez, é de R$ 5 mil e a aplicação adicional é de R$ 5 mil.

Duas ações para olhar

Mas quem preferir se arriscar um pouco mais de forma individual pode optar por investir em ações logo. Fora do radar do índice de small caps, os papéis que estão no radar de Roger são Ferbasa e Tupy. A primeira é uma empresa produtora de minério de ferro e que deve se beneficiar da recuperação nos preços do ferro cromo, que é o seu principal produto.

Segundo o que me contou, a África do Sul e China estão reduzindo a produção, o que provoca aumento de preços. Outro ponto é que a empresa utiliza os preços europeus como base de negociação com seus clientes e é bem provável que eles tenham forte reajuste em abril.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, o gestor defende que a companhia paga bons dividendos aos seus clientes com yield acima de 5%, possui balanço forte e pode ter potencial de valorização de 100% em dois anos.

Outra aposta de Roger é na fundidora Tupy. Ela é líder mundial na produção de blocos de ferro fundido, e mais de 80% das suas vendas são para veículos comerciais médios e pesados. O ponto é que o desastre em Brumadinho está levando à subida no preço dos minérios e à revisão da seguranças das minas em alguns países. Esse movimento deve desencadear maior demanda por máquinas pesadas e caminhões no Brasil e no mundo, o que favorece a Tupy.

A companhia paga bons dividendos, com yield acima de 8%, e o mercado norte-americano continua forte, assim como a indústria de petróleo e construção são grandes demandantes de máquinas e veículos que usam produtos Tupy em seus motores.

Se optar por esse tipo de investimento, o investidor precisará arcar com taxas de corretagem, custódia e emolumentos. A melhor opção nesse caso é optar pelas corretoras Inter e Clear, que não possuem taxa de custódia e nem de corretagem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Olha o leão aí gente...

Independentemente da opção que o investidor decidir, todos os investimentos precisam ser declarados no Imposto de Renda. No caso do ETF, o IR incide no momento da venda das cotas. A alíquota cobrada é de 15% sobre o ganho de capital que o investidor obteve (diferença entre o valor da venda e o custo de aquisição).

Nos fundos classificados como de ações, a alíquota é a mesma do ETF, e não há a incidência do chamado "come cotas" como nas carteiras de renda de renda fixa e multimercados.

Uni-duni-tê

Se você não conseguiu decidir a maneira mais interessante para você, o melhor é pensar qual é o seu perfil de investidor e entender que, se você está começando, talvez uma forma mais inteligente de entrar será por meio de ETFs ou fundos.

Na minha opinião, o mais arriscado é optar pelo investimento em ações de forma individual. Além de o fato de que as taxas de corretagem costumam ser mais altas, há a possibilidade que o investidor erre na alocação e não consiga diversificar tanto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar