A Copel Paranaense de Energia (Copel) informou nesta quinta-feira (5) que aprovou a distribuição de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor bruto de R$ 643 milhões.
A operação é uma forma de distribuir lucros, mas beneficiando a empresa. O provento é considerado uma despesa financeira, contribuindo para reduzir a base tributária da companhia, que paga menos imposto. Acionistas são tributados na fonte a uma alíquota de 15%.
Segundo a Copel, o pagamento é de R$ 2,24234788 por ação ON, R$ 3,94656966 por PNA e R$ 2,46691920 por PNB. As ações da Copel terminaram o pregão desta quinta-feira cotadas a R$ 66,70 (ON), R$25,05 (PNA) e R$ 63 (PNB).
A data do pagamento será definida em assembleia até abril de 2020. Recebem os benefícios, por meio de conta corrente, acionistas com posição em 23 de dezembro. A ação será negociada ex-juros sobre capital próprio em 26 de dezembro.
Números da Copel
No terceiro trimestre de 2019, a Copel informou um lucro líquido de R$ 613,5 milhões — aumento de 42,4% em relação ao mesmo período do ano passado e praticamente o dobro do esperado por analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam R$ 308,5 milhões.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,201 bilhão, numa alta de 40,5%. O resultado também superou as estimativas em 51%. A receita operacional líquida atingiu R$ 4,253 bilhões, numa baixa de 1,3%.
À época da divulgação dos resultados, em novembro, os analistas do Itaú BBA chamaram a atenção para geração de caixa da empresa, que bateu R$ 500 milhões.
Os especialistas do banco disseram ainda ver com otimismo a possível venda de ativos (Copel Telecom e Compagás). "Acreditamos que a empresa se tornou muito mais eficiente - notadamente na frente de distribuição", escreveram.
Analistas do Banco Safra elogiaram o desempenho da Copel, destacando as provisões relacionadas a processos trabalhistas, que vieram abaixo do esperado (R$ 40 milhões, enquanto a expectativa era de R$ 82 milhões).