🔴 E-BOOK GRATUITO: AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM 2025 BAIXE AGORA

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Tempo fecha no mercado

Ausência de novos desdobramento da guerra comercial deixa exterior sem rumo, enquanto BC brasileiro atua firme para conter escalada do dólar

Olivia Bulla
Olivia Bulla
28 de agosto de 2019
5:31 - atualizado às 6:15
Confiança no mercado segue fragilizada, sinalizando que volatilidade veio para ficar

A volatilidade no mercado financeiro tende a permanecer relativamente alta, com os investidores com a sensação de que se formou uma tempestade perfeita. A guerra comercial entre Estados Unidos e China seria apenas mais um fator desse fenômeno, que conta ainda com ruídos políticos no Brasil e risco de recessão global.

Por isso, o exterior amanhece sem um rumo definido para o dia, com os investidores cientes de que momentos de calmaria no noticiário foram rapidamente preenchidos por abruptas reviravoltas, deixando os negócios num vaivém de gangorra. A recorrente mudança de tom do presidente norte-americano, Donald Trump, tem sido um dos principais motivos.

Mas a China também está preparada para o pior na guerra comercial e ficou surpresa com a informação dada por Trump, na segunda-feira, de que teria telefonado para Washington para reiniciar as negociações. A notícia fez Pequim colocar a credibilidade de Trump em xeque e ninguém sabe qual rumo a questão comercial vai tomar.

Com isso, uma nuvem carregada de dúvida em relação ao comércio paira no ar e pesa nos mercados. As bolsas da Ásia encerraram a sessão com poucas variações e sem uma direção definida, ao passo que as principais praças europeias amanheceram no vermelho. Em Nova York, o sinal positivo tenta prevalecer timidamente.

Já o petróleo avança, em meio a relatos de queda nos estoques norte-americanos da commodity, enquanto o dólar mede forças em relação às moedas rivais. O euro está estável, assim como o iene, enquanto a libra esterlina cai, diante das dificuldades do Reino Unido em retomar as negociações com a União Europeia (UE) sobre o Brexit.

Mas é a disputa tarifária entre as duas maiores economias do mundo que deve continuar ditando o ritmo dos mercados internacionais, sendo que a ausência de novos desdobramentos deixam os negócios sem rumo. Os investidores ainda estão tentando ter uma ideia do cenário, à medida que se aproxima o prazo para novas tarifas contra produtos chineses e norte-americanos no fim desta semana.

Leia Também

Enquanto, se espera uma retomada das negociações comerciais é preciso estar preparado para um novo estresse, já que a chance de um acordo segue remota. E essa perspectiva vem afetando o desempenho da economia global, com a “louca” curva de rendimento invertida sinalizando que a recessão bate à porta dos EUA, diante da retórica protecionista de Trump.

Talvez seja preciso mais do que a estratégia “morde-assopra” para mudar essa situação, com a China também falando em concessões de Washington e não apenas concordando com demandas unilaterais e tarifas mais altas. Além disso, os investidores têm de lidar com os ataques de Trump ao Federal Reserve, obscurecendo o cenário de juros nos EUA.

Pior aqui

Ou seja, nada novo e muito receio no front externo, o que mantém a confiança nos mercados fragilizada, sinalizando que a volatilidade veio para ficar. Esse sentimento eleva a percepção de risco entre os investidores, que penalizam, principalmente, os ativos emergentes.

E o Brasil tem sido alvo fácil, com o cenário de juros baixos - e inflação e atividade fracas - sendo um convite para a saída do capital externo do país. A escalada do dólar para perto da máxima histórica, em termos de fechamento, colada à faixa de R$ 4,20, durante a sessão de ontem fez o Banco Central ousar ainda mais.

Pela primeira vez desde 2009, a autoridade monetária realizou uma oferta de dólares das reservas internacionais, vendendo US$ 1 bilhão no mercado à vista. O leilão genuíno, sem uma operação conjugada no mercado futuro, acendeu o sinal de alerta, com os investidores receosos de que o nível elevado do câmbio possa colocar em risco novos cortes na Selic.

Tanto que rapidamente a curva local de juros futuros recompôs boa parte dos prêmios, sendo que o vencimento de longo prazo mais líquido, de 2025, voltou a projetar taxa acima de 7%. Aos olhos do mercado, por mais que o cenário local exija novas quedas nos juros básicos, o BC parece incomodado com o nível do dólar, o que pode adiar, interromper ou encurtar o ciclo de corte. Talvez, então, cabe mais um ajuste de 0,50 ponto - e só.

Afinal, o ambiente para os países emergentes agora é diferente. Diante disso, o Banco Central já anunciou nova intervenção no mercado de câmbio hoje, realizando leilões nas quatro frentes: à vista, swap reverso, swap tradicional e de linha. Tudo isso para evitar uma disparada do dólar, às vésperas da formação da taxa Ptax do mês.

Mais um dia de agenda fraca

A quarta-feira segue com poucos destaques na agenda econômica. Lá fora, serão conhecidos apenas os estoques semanais de petróleo bruto e derivados nos EUA (11h30). Por aqui, o ponto alto do calendário fica com as publicações do Banco Central sobre as operações de crédito em julho (10h30) e a entrada e saída de dólares do país (14h30).

Logo cedo, sai o índice de confiança no setor de serviços em agosto (8h). No front político, merece atenção a leitura do relatório da reforma da Previdência na CCJ do Senado, a partir das 11 horas. Ontem, o relator Tasso Jereissati sugeriu uma PEC “paralela” para incluir estados e municípios na proposta, além de outras alterações.

O objetivo dessa proposta paralela é agilizar a implementação das novas regras para aposentadoria, evitando que o texto retorne à Câmara. Com as mudanças previstas, haveria uma economia fiscal adicional de R$ 505 bilhões em dez anos, elevando o impacto total no período para R$ 1,350 trilhão.

A previsão é de que o texto seja votado, em segundo turno no plenário do Senado, em outubro, até o dia 10, deixando a conclusão final da reforma da Previdência apenas para o início do último trimestre deste ano.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
OTIMISMO PERMANECE

Itaú BBA corta preço-alvo da Sabesp (SBSP3), mas ação continua sendo ‘top pick’ e tem potencial para se tornar pagadora de dividendos

23 de janeiro de 2025 - 19:29

Analistas ajustam as projeções por conta do cenário macro turbulento, mas veem com bons olhos o baixo endividamento da companhia e o potencial de crescimento do EBTIDA

PRONTA PRA IR MAIS LONGE

Dividendos da Embraer em 2025? Itaú BBA faz projeções otimistas para EMBR3, mesmo após a alta expressiva da ação 

23 de janeiro de 2025 - 16:29

Para os analistas, a fabricante de aviões ainda tem muito a entregar para os acionistas, mesmo após alta expressiva nos últimos meses

DERRUBANDO PINOS

O strike de Trump na bolsa: dólar perde força, Ibovespa vai à mínima e Petrobras (PETR4) recua. O que ele disse para mexer com os mercados?

23 de janeiro de 2025 - 14:27

O republicano participou do primeiro evento internacional depois da posse ao discursar, de maneira remota, no Fórum Econômico Mundial de Davos. Petróleo e China estiveram entre os temas.

FICOU PARA TRÁS

Não deu para o Speedcat: Ações da Puma despencam mais de 20% após resultados de 2024 e empresa fará cortes

23 de janeiro de 2025 - 13:46

No dia anterior, a Adidas anunciou que superou as projeções de lucro e receita em 2024, levando a bolsa alemã a renovar máxima intradia

MAIS ESTÍMULOS

A bolsa da China vai bombar? As novas medidas do governo para dar fôlego ao mercado local agrada investidores — mas até quando?

23 de janeiro de 2025 - 12:05

Esta não é a primeira medida do governo chinês para fazer o mercado de ações local ganhar tração: em outubro do ano passado, o banco central do país lançou um esquema de swap para facilitar o acesso de seguradoras e corretoras à compra de ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Todo vazio será ocupado: Ibovespa busca recuperação em meio a queda do dólar com Trump preenchendo o vácuo de agenda em Davos

23 de janeiro de 2025 - 8:15

Presidente dos Estados Unidos vai participar do Fórum Econômico Mundial via teleconferência nesta quinta-feira

'PRINCIPAL ESCOLHA DO SETOR'

Os dividendos valem o risco: os três fatores que compensam a compra de ações da Petrobras (PETR4) agora, segundo o BTG

22 de janeiro de 2025 - 18:48

Analistas do banco chamam atenção para a governança corporativa e para a defasagem de preços dos combustíveis, mas elegem a estatal como a preferida do setor; entenda os motivos

OCEANO AZUL

Ação da OceanPact sobe mais de 8% após classificação no leilão da Petrobras (PETR4); OPCT3 é uma boa aposta?

22 de janeiro de 2025 - 14:38

Na ocasião, três embarcações de apoio que servem para operar veículos de operação remota foram classificados no certame

MERCADOS HOJE

Dólar abaixo de R$ 6: moeda americana renova série de mínimas graças a Trump — mas outro motivo também ajuda na queda

22 de janeiro de 2025 - 13:08

Enquanto isso, o Ibovespa vira e passa a operar em baixa, mas consegue se manter acima dos 123 mil pontos

RECORDE ATRÁS DE RECORDE

Na conta do Round 6, de Mike Tyson e da NFL: balanço da Netflix supera expectativas do mercado e ação dispara em NY

22 de janeiro de 2025 - 11:38

Número expressivo de novos assinantes ajudou a empresa a registrar lucro operacional recorde e receita 16% maior na comparação anual

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o sonho acaba: Ibovespa fica a reboque de Wall Street em dia de agenda fraca

22 de janeiro de 2025 - 8:22

Investidores monitoram Fórum Econômico Mundial, decisões de Donald Trump e temporada de balanços nos EUA e na Europa

REPORTAGEM ESPECIAL

O fim do ‘sonho grande’ da Cosan (CSAN3): o futuro da empresa após o fracasso do investimento na Vale e com a Selic em 15%

22 de janeiro de 2025 - 6:09

A holding de Rubens Ometto ainda enfrenta desafios significativos mesmo após zerar a participação na Vale. Entenda quais são as perspectivas para as finanças e as ações CSAN3 neste ano

TROCA DE CONTROLADORA

CMA CGM recebe autorização prévia para tornar-se controladora da Santos Brasil (STPB3), mas vai precisar remunerar os credores

21 de janeiro de 2025 - 17:40

Francesa comprou a parte da empresa portuária que pertencia à gestora Opportunity

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Após adiar balanço, AgroGalaxy (AGXY3) divulga prejuízo bilionário no 3T24 e ação cai forte na B3

21 de janeiro de 2025 - 13:32

A expectativa era que o resultado saísse em dezembro, mas a companhia atribuiu o atraso ao processo de reestruturação interna após o pedido de recuperação judicial

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Efeito Trump na bolsa e no dólar: Nova York sobe de carona na posse; Ibovespa acompanha, fica acima de 123 mil pontos e câmbio perde força

21 de janeiro de 2025 - 12:34

Depois de passar boa parte da manhã em alta, a moeda norte-americana reverteu o sinal e passou a cair ante o real

NOVA DIRETORIA

Vivara (VIVA3) anuncia novo CFO e ‘tranquiliza’ investidores após meses de incerteza na direção executiva; ação tem recuperação modesta

21 de janeiro de 2025 - 10:29

O CEO Ícaro Borrello continua, temporariamente, como CFO interino da companhia

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Metralhadora giratória: Ibovespa reage às primeiras medidas de Trump com volta do pregão em Nova York

21 de janeiro de 2025 - 8:18

Investidores ainda tentam mensurar os efeitos do retorno de Trump à Casa Branca agora que a retórica começa a se converter em ações práticas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Donald Trump está de volta com promessa de novidades para a economia e para o mercado — e isso abre oportunidades temáticas de investimentos

21 de janeiro de 2025 - 6:48

Trump assina dezenas de ordens executivas em esforço para ‘frear o declínio americano e inaugurar a Era de Ouro da América’.

DESTAQUES DA BOLSA

Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) lideraram quedas do Ibovespa: por que as empresas de Rubens Ometto operaram no vermelho hoje? 

20 de janeiro de 2025 - 14:11

Queda de quase 6% na ação da produtora de etanol e açúcar também puxou os papéis de sua controladora Cosan para o negativo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025

20 de janeiro de 2025 - 7:48

Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar