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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Bolsonaro no centro do palco

Discurso do presidente brasileiro durante fórum econômico em Davos é o destaque do dia

Olivia Bulla
Olivia Bulla
22 de janeiro de 2019
5:27 - atualizado às 13:58
Presidente deve defender agenda de reformas e vender imagem do Brasil como um país com bom ambiente de negócios

O presidente Jair Bolsonaro está no centro das atenções nesta terça-feira, dia de agenda econômica esvaziada no Brasil e no exterior. O foco se concentra no discurso dele logo na abertura do fórum econômico mundial, em Davos, a partir das 12h30.

Os investidores estarão atentos ao tom a ser usado por Bolsonaro. A expectativa é de que ele mantenha a linha liberal, defendendo a agenda de reformas, em especial, a da Previdência. Também na fala do presidente será apresentado um roteiro de privatizações em várias áreas, tanto em infraestrutura quanto em energia.

O presidente deve evitar falar de improviso ou comentar o caso sobre movimentações financeiras suspeitas, envolvendo um dos filhos. Tampouco deve detalhar a proposta do governo de novas regras para aposentadoria. Além disso, ele deve se esquivar de temas em que é criticado, como as questões ambientais.

Resta saber se a retórica de Bolsonaro será contundente, de modo a restabelecer a confiança internacional no Brasil. Segundo ele, o discurso na abertura do evento na cidade suíça será "muito curto, objetivo, claro", a fim de dar o recado mais amplo possível sobre “o novo Brasil que se apresenta” com a chegada dele ao poder.

Olho vivo, faro fino

Bolsonaro sabe que há pouco espaço para erros. Ainda mais após o desconforto causado pelos detalhes sobre os depósitos, em espécie e fracionados, feitos nas contas de Flávio Bolsonaro. A sensação é de que o presidente precisa “mandar bem” para manter o otimismo do mercado financeiro brasileiro com o novo governo.

Ao agir assim, o presidente conseguirá acertar o tom com a elite político-financeira e ser capaz de vender a imagem de um novo perfil do Brasil, como um país com bom ambiente de negócios. Com essa mensagem, o governo que mostrar que terá condições de cobrir o rombo das contas públicas, com maior rigor fiscal.

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Será, portanto, uma fala alinhada à do ministro da Economia, Paulo Guedes, que também está na cidade suíça. A comitiva presidencial conta ainda com o ministro Sergio Moro (Justiça), que têm agenda cheia para enfatizar o combate ao crime organizado, além do chanceler Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

O destaque dado ao presidente - será a primeira vez que um latino-americano abre o evento - reforça o interesse e a curiosidade da comunidade internacional sobre o governo brasileiro. Ainda mais após a desistência de vários outros líderes importantes, que cancelaram a presença no fórum de Davos.

Entre as baixas no evento, destaque para as ausências da primeira-ministra britânica, Theresa May, além dos presidentes francês, Emmanuel Macron; norte-americano, Donald Trump; chinês, Xi Jinping; e argentino, Mauricio Macri. Todos eles estão às voltas com suas próprias crises domésticas.

Exterior pesado

O temor com a desaceleração econômica global volta a pesar nos mercados internacionais. Um dia após a China registrar o menor crescimento em 30 anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) no mundo em 2019 e em 2020, o que penaliza os negócios no exterior.

As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão em queda, com as perdas lideradas em Xangai e Hong Kong, onde o recuo superou 1%. As praças chinesas reagiram ao alerta feito pelo presidente Xi a outras lideranças do Partido Comunista, de que é preciso “prevenir riscos maiores” para garantir a saúde da economia.

No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York voltam do fim de semana prolongado no vermelho, à medida que paralisação do governo dos EUA (shutdown) entra na quinta semana. Ao que tudo indica, porém, Trump e os líderes democratas deram o primeiro passo em direção a uma resolução do impasse.

Mas ainda não está claro o quanto a Casa Branca está disposta em fazer um acordo. Com isso, os investidores redobram a postura defensiva, em meio à busca por proteção em ativos seguros, como o iene japonês e o título norte-americano de 10 anos (T-note). O yuan chinês caiu, após as declarações incomuns de Xi.

Já as moedas europeias não exibem uma direção única, com o euro ensaiando alta, enquanto a libra esterlina recua, após May descartar um novo plebiscito sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Ela também negou que irá adiar a data do Brexit, em 29 de março. Nas commodities, o petróleo cede.

O apetite por risco está mais baixo, diante das perspectivas cada vez mais escuras quanto ao crescimento econômico global e em relação à guerra comercial. O otimismo nas negociações sino-americanas diminuiu, após relatos de que houve pouco progresso em questões-chave e chegou-se a um ponto de “make-or-brake”.

Dia de agenda fraca

Ainda na cidade suíça, Bolsonaro também irá participar de um jantar, acompanhando de outros presidentes da América Latina. Alguns encontros bilaterais foram agendados, mas a coletiva de imprensa que o presidente concederia em Davos não está mais na programação oficial.

O evento havia sido incluído pelos organizadores. Entre os indicadores econômicos, o calendário doméstico está esvaziado e não traz nenhuma divulgação relevante. Já no exterior, saem dados do setor imobiliário nos EUA em dezembro (13h) e sobre o sentimento econômico na zona do euro neste mês (8h).

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