🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Mercados em compasso de espera

Expectativa por eventos envolvendo bancos centrais no Brasil e no exterior tende a redobrar postura defensiva dos investidores

Olivia Bulla
Olivia Bulla
20 de agosto de 2019
5:38 - atualizado às 6:24
compasso
Riscos de contágio da crise na Argentina potencializa pressão nos ativos locais

A terça-feira está esvaziada em termos de divulgações e eventos econômicos relevantes, o que tende a deixar o mercado financeiro em compasso de espera pelo que reserva a agenda a partir de amanhã. Com isso, os investidores tendem a redobrar a postura defensiva, alternando momentos de cautela e volatilidade nos negócios.

Afinal, é grande a ansiedade pelos eventos envolvendo os bancos centrais nos próximos dias (veja mais abaixo). Enquanto aguarda, o mercado vive momentos de tensão, com os sinais de desaceleração da economia global e o temor de recessão afetando, principalmente, os países emergentes, em meio à saída de recursos estrangeiros dos ativos mais arriscados.

A crise na Argentina tende a agravar esse movimento na região, com o Brasil sofrendo os efeitos de contágio técnico e de fluxo. Alguns grandes fundos com exposição relevante no país vizinho sofreram fortes perdas e resgataram recursos, o que levou gestores a fazer caixa e reduzirem posição também em ativos mais líquidos, como é o caso de Brasil.

Ontem foi feriado na Argentina, o que adiou para hoje a reação dos ativos do país à troca de comando na Fazenda. O novo ministro argentino, Hernán Lacunza, toma posse hoje, no lugar de Nicolás Dujóvne, que renunciou no sábado, em meio à crise econômica e à instabilidade política, desde a derrota expressiva de Mauricio Macri na prévia das eleições.

Pressão aliviada

Hoje, portanto, os ativos emergentes podem sofrer renovada pressão, com o contágio externo penalizando novamente os negócios locais. Mas o sinal positivo vindo das bolsas lá fora pode aliviar essa carga. Os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma sessão de ganhos, abrindo espaço para um terceiro pregão de alta na Europa.

Relatos de estímulo fiscais pairam no ar, com a Casa Branca começando a falar em um corte temporário na folha de pagamentos, enquanto a Alemanha e a Itália planejam um “choque” de bilhões de euros. Já na Ásia, as principais bolsas encerraram de forma mista, com Xangai e Hong Kong registrando leves perdas, enquanto Tóquio subiu.

As praças chinesas reagiram à decisão do Banco Central chinês de fixar a nova taxa de empréstimos de um ano em 4,25%., de 4,31% um dia antes. No sábado, o PBoC anunciou a criação dessa taxa, de modo a reduzir custos de financiamento para empresas, alterando âncoras cambial e monetária para reduzir os impactos da guerra comercial na atividade.

Nos demais mercados, o petróleo ensaia alta, enquanto o dólar ganha terreno das moedas rivais. Destaque, porém, para o xará australiano, após a ata da última reunião do BC do país (RBA) revelar que a autoridade monetária considera estímulos adicionais, se necessário.

BCs no radar

O Federal Reserve publica na quarta-feira a ata da reunião de julho, quando a taxa de juros norte-americana sofreu um “ajuste de meio de ciclo” e caiu 0,25 ponto. Os investidores devem buscar no documento os motivos que levaram ao “corte preventivo”, bem como pistas sobre o que poderia justificar quedas adicionais - quiçá em setembro. Porém, ontem, declarações de membro do Fed indicam que talvez não seja necessário mais estímulo.

No mesmo dia, tem início os leilões de swaps cambiais e de dólares à vista ofertados pelo BC brasileiro. A atuação da autoridade monetária visa, em última análise, injetar liquidez no mercado, diante dos sinais de maior demanda por dinheiro em espécie. Ontem, a moeda norte-americana encerrou cotada acima de R$ 4,00 pelo segundo dia seguido, sendo que o real foi a moeda emergente a perder mais valor.

O comportamento do dólar começa a levantar dúvidas sobre o espaço para cortes adicionais na Selic, que pode chegar a 5% até dezembro deste ano. O problema é que esse nível de taxa reduz a atratividade no diferencial de juros pago no Brasil em relação a outros países e isso provoca uma disfuncionalidade no mercado de câmbio, impactando na formação de preço da moeda estrangeira.

Já na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) também publica a ata do encontro do mês passado, quando frustrou as expectativas por novos estímulos na zona do euro e manteve a política monetária estável. No mesmo dia, tem início o simpósio anual que reúne banqueiros centrais em Jackson Hole (Wyoming, EUA).

Mas o grande destaque fica com o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira. Os investidores querem sentir a disposição dos BCs, em especial do Fed, em atuar de modo mais ativo para dirimir os riscos de uma recessão global. Para tanto, querem indicações mais precisas sobre o rumo dos juros norte-americanos no mês que vem.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies