Quem dá mais?
Megaleilão do pré-sal é destaque na agenda, mas ruídos de pouca competição e ágios baixos geram apreensão e devem provocar volatilidade nos ativos locais
O megaleilão do excedente da cessão onerosa de petróleo do pré-sal (10h) é o grande destaque da agenda econômica doméstica desta quarta-feira. A operação deve ser a maior do tipo já vista no mundo e gerar uma grande fonte de financiamento aos cofres tanto da União quanto dos estados e municípios. Nos últimos dias, porém, surgiram dúvidas quanto ao total a ser arrecadado, em meio a desistência de grandes petrolíferas estrangeiras.
A francesa Total e a britânica BP declararam publicamente não ter interesse nos blocos a serem ofertados na Bacia de Santos. Rumores dão conta de que a norte-americana Chevron também teria desistido, deixando a disputa mais acirrada apenas entre chineses e árabes. Com a saída confirmada de duas gigantes europeias, ganhou força a percepção de que os grupos estrangeiros não irão encabeçar nenhum consórcio.
Além disso, existe a possibilidade de um cenário sem lances para alguns dos quatro campos a serem ofertados, já que a Petrobras exerceu direito de preferência em dois, sendo um deles o maior do leilão (Búzios). Essa diminuição da competição pode afetar a entrada de recursos externos com a licitação. O governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões, a ser dividido, mas que irá ajudar a cobrir o rombo nos cofres públicos neste ano.
Cerca de dez empresas se habilitaram para participar da rodada. Além da Petrobras e da Chevron, a lista inclui outra norte-americana, a ExxonMobil, as chinesas CNODC e CNOOC, a colombiana Ecopetrol, a norueguesa Equinor, a portuguesa Petrogal, a malaia Petronas, a QPI, do Catar, a anglo-holandesa Shell e a alemã Wintershall Dea. Há, ainda, o riso de uma possível batalha judicial, com uma tentativa de suspender o leilão.
Seja como for, o mercado financeiro espera uma atuação agressiva da Petrobras no leilão de hoje, o que tende a reduzir o fluxo de dólares ao país. Por isso, as ações da estatal petrolífera estão sofrendo, prejudicando o Ibovespa, e o dólar orbita ao redor de R$ 4,00. E os investidores podem esperar por muita volatilidade nos ativos locais ao longo do dia, ainda mais se o resultado final de cada campo superar as expectativas.
Exterior sem fôlego
Enquanto acompanham o megaleilão, os mercados domésticos monitoram o cenário externo, onde os ativos de risco têm fôlego encurtado para seguir em frente. A falta de direção definida ontem em Wall Street se espalhou para a Ásia, onde Tóquio teve leve alta (+0,2%), enquanto Xangai caiu (-0,4%) e Hong Kong oscilou em baixa.
Leia Também
Petrobras (PETR4) fecha acordo 'verde' com Gerdau (GGBR4); veja qual é o objetivo da parceria
Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York também operam na linha d’água, com um ligeiro viés negativo, o que pode prejudicar a abertura do pregão europeu. Os investidores continuam monitorando as notícias sobre uma possível trégua comercial entre Estados Unidos e China, capaz de acabar com a ameaça de desaceleração econômica global.
A exigência de Pequim pela retirada da tarifa de 15% impostas sobre US$ 125 bilhões em produtos chineses em setembro como condição sine qua non para assinar um acordo comercial de primeira fase levantou a possibilidade de um colapso nas negociações. Afinal, o presidente dos EUA, Donald Trump, não sinalizou que concorda com os termos.
É oportuno, então, dosar o otimismo nos negócios, o que reduz o apetite por risco. O dólar, porém, perde forças em relação às moedas rivais, com destaque novamente para o yuan chinês, que é cotado próximo a 7 yuans por dólar pelo segundo dia seguido. Já o euro e o iene estão de lado. Nas commodities, o petróleo cai, enquanto o ouro avança.
Dia de agenda fraca
Entre os indicadores econômicos, o calendário doméstico está mais fraco e traz apenas os dados de outubro do Banco Central sobre a entrada e saída de dólares do país (fluxo cambial), às 14h30. Os números devem lançar luz sobre a retirada de R$ 9,5 bilhões em recursos externos da Bolsa brasileira (mercado secundário) só no mês passado. Também saem os indicadores antecedentes da Anfavea sobre a indústria automotiva no mês passado (10h).
No exterior, os EUA informam o custo da mão de obra e da produtividade no terceiro trimestre deste ano (10h30) e também os estoques semanais de petróleo bruto e derivados no país (12h30). Logo cedo, na zona do euro, saem os números revisados sobre a atividade do setor de serviços na região em outubro, além das vendas no varejo em setembro.
Stuhlberger pessimista com a bolsa. Por que o fundo Verde reduziu exposição a ações brasileiras ao menor nível desde 2016 depois da pernada do Ibovespa em agosto
Para a gestora do lendário fundo, a situação fiscal do Brasil encontra-se na “era da política pública feita fora do Orçamento”
Fundo imobiliário dispara mais de 6% na bolsa e gestor conta por que as cotas estão subindo
Como são negociadas em bolsa, nem sempre é possível descobrir porque as cotas de um fundo imobiliário estão subindo ou caindo, mas a gestora do SHPH11 tem uma hipótese
Por que o Leão da Receita Federal foi atrás do Grupo Mateus (GMAT3) com cobrança de mais de R$ 1 bilhão contra a gigante do varejo
A gigante do varejo recebeu um auto de infração contra a Armazém Mateus, com questionamentos sobre as exclusões de créditos presumidos do ICMS
Acordo preliminar para evitar greve é visto “com bons olhos” e faz ações da Boeing saltarem quase 6% hoje
Os trabalhadores aceitaram uma recomposição salarial geral de 25% nos próximos quatro anos, reconhecendo as dificuldades financeiras da empresa
Round 2 da bolsa: Ibovespa acompanha inflação dos EUA em preparação para dados do IPCA
Nos EUA, aumentam as apostas por um corte de juros maior; por aqui, inflação persistente sinaliza aumento das taxa Selic
Depois de ‘comer poeira’ da Localiza (RENT3), o jogo virou para a Movida (MOVI3)? Gestores revelam o que esperar das locadoras daqui para frente
Na avaliação de analistas e gestores, o principal risco para as locadoras é o futuro do mercado de seminovos e da depreciação
CEO da Nvidia vende 5 milhões de ações da empresa por mais de R$ 3 bilhões: o que está por trás do ‘despejo’ de papéis da queridinha da IA?
Só neste ano, as ações da Nvidia saltaram mais de 100% na bolsa de Nova York. No entanto, os papéis enfrentam um período de queda em meio aos desafios do setor
Quem segura o Mercado Livre? Itaú BBA diz o que esperar das ações após varejista crescer 6 vezes mais que o Magazine Luiza
Os analistas avaliam que o Meli possui “alavancas claras para continuar crescendo” no Brasil, mas isso provavelmente exigirá penetração maior em categorias mais “desafiadoras”
Eneva (ENEV3) usa dinheiro do follow-on para abocanhar usinas termelétricas do BTG Pactual por mais de R$ 1,3 bilhão
Segundo a empresa, as aquisições e a reorganização societária devem se traduzir em um “fluxo de caixa robusto e concentrado no curto prazo”
A chance de um corte de juros mais intenso nos EUA aumentou? Economistas dizem o que esperar depois do payroll
Reação do mercado leva em consideração a revisão dos dados de postos de trabalho criados em junho e julho, segundo o payroll
Ajuste seu alarme: Resultado do payroll define os rumos dos mercados, inclusive do Ibovespa; veja o que esperar
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano será decisivo para antecipar o próximo passo do Fed
Acabou a farra do Ibovespa? Setembro começou mal para a Bolsa, mas não é motivo para preocupação
Alguns fatores parecem ter pesado no humor, como os velhos riscos fiscais que voltaram aos holofotes e o bloqueio da plataforma X
E agora, BRCO11? Natura (NTCO3) quer devolver galpão do fundo imobiliário antes da hora; veja qual será o impacto na receita do FII
A Natura enviou uma notificação ao FII informando a decisão em rescindir antecipadamente o contrato de locação no imóvel Bresco Canoas
Ação da Light (LIGT3) dispara mais de 30% na B3 em meio a adiamento de assembleia com bondholders
A companhia de energia elétrica anunciou mais um adiamento da assembleia de bondholders que visa a discutir os termos e condições do “scheme of arrangement”
Ambipar (AMBP3) cai forte na B3 após gestora supostamente ligada a Tanure indicar dois membros para o conselho da empresa; veja quem são os candidatos
Após enfim realizar seu desejo de indicar novos conselheiros na Ambipar, a Trustee pediu a convocação de uma assembleia geral extraordinária para votar as nomeações
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa repercute cardápio de notícias locais e dados sobre o mercado de trabalho dos EUA
Números do governo central e da balança comercial dividem atenção com Galípolo, conta de luz e expectativa com payroll nos EUA
Gasolina mais barata está fora do radar: Petrobras (PETR4) descarta reduzir preço dos combustíveis mesmo com queda do petróleo
‘Estamos confortáveis com o nível dos preços’, afirmou a presidente da estatal
Não é hora de ter Vale (VALE3) na carteira? Bancão de investimentos rebaixa peso de ações da mineradora
O Bank of America rebaixou a recomendação para a gigante da mineração no portfólio de América Latina, de “equal weight” para “underweight”
Embraer (EMBR3), Yduqs (YDUQ3) e Petz (PETZ3) são as maiores altas da bolsa em dia de ganho de 1% do Ibovespa
O mercado também devolve parte das perdas recentes; nas duas primeiras sessões de setembro, o principal índice de ações da B3 chegou a acumular queda de 1,21%
Fundo imobiliário consegue liminar contra WeWork, que tem 15 dias para pagar aluguéis atrasados
A liminar foi concedida na última terça-feira (3) ao Vinci Offices (VINO11). O fundo imobiliário já havia informado que entraria na Justiça contra a WeWork após três meses seguidos de inadimplência