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Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

EUA e China marcam encontro e ampliam alívio dos mercados

Investidores comemoram notícia de que autoridades dos dois países irão se reunir em Washington no início do mês que vem

Olivia Bulla
Olivia Bulla
5 de setembro de 2019
5:37 - atualizado às 7:51
Alívio externo e avanço da agenda econômica potencializam recuperação dos ativos locais

O alívio dos mercados financeiros visto ontem, com a diminuição de cenários políticos adversos em Hong Kong e no Reino Unido, deve ter continuidade hoje, após Estados Unidos e China anunciarem um encontro em Washington no início de outubro para retomar as negociações comerciais. A notícia foi comemorada pelos investidores, que ampliam a busca por ativos de risco, o que deve ampliar a recuperação dos negócios no Brasil.

O Ministério do Comércio da China anunciou no início desta quinta-feira (hora local) que os representantes dos dois países irão se reunir no mês que vem, após “consultas sérias” em meados de setembro para estabelecer as bases para o encontro “de alto nível”. A expectativa era de que o encontro formal acontecesse neste mês. Não foi definida uma data em outubro, mês que marca a celebração dos 70 anos da Revolução Comunista, durante a chamada Golden Week. Os dois lados não mantêm negociações comerciais formais desde julho, quando reuniões em Xangai terminaram sem progresso.

Por isso, a notícia de novas negociações são um alívio para os investidores, ainda mais após a última rodada de aumento de tarifas, que entraram em vigor no domingo. Em reação, os índices futuros das bolsas de Nova York têm ganhos firmes, após uma sessão de ganhos na Ásia. As bolsas de Xangai e de Shenzhen subiram ao redor de 1%, cada, enquanto Hong Kong realizou lucros e caiu 0,4%. Tóquio liderou a alta, com +2,1%.

Na Europa, o grande passo do Parlamento britânico para impedir o plano do primeiro-ministro, Boris Johnson, de sair da União Europeia (UE) em 31 de outubro com ou sem acordo também traz alívio aos negócios. Afinal, um hard Brexit pode resultar em um caos econômico ao Reino Unido, prejudicando o comércio da ilha com os 27 países-membros da UE.

Entre as moedas, o euro se sustenta na faixa de US$ 1,10 e a libra esterlina segue acima do patamar de US$ 1,20, com o dólar perdendo terreno também para as moedas de países emergentes e correlacionadas às commodities, à medida que a busca por proteção diminui. O iene, o ouro e o rendimento (yield) projetado pelos títulos norte-americanos (Treasuries) recuam. O petróleo também cai.

Ainda assim, é preciso ter cuidado com um otimismo exagerado. Afinal, embora um alívio nos mercados seja bem-vindo, as incertezas em torno da guerra comercial e o impacto no crescimento econômico global persistem, ameaçando os negócios e podendo resgatar a cautela a qualquer momento.

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As muitas PECs

Por ora, o comportamento dos negócios no exterior hoje tende a favorecer novamente os mercados domésticos, abrindo espaço para o dólar vir abaixo de R$ 4,10, depois de encerrar neste nível ontem, e empurrando o Ibovespa para além dos 101 mil pontos. Ainda mais com o Congresso voltando a acelerar o andamento das reformas econômicas, o que tende a potencializar a melhora do humor global nos ativos locais, como observado ontem.

Aliás, a votação da reforma da Previdência entra na fase final no Senado, após a aprovação ontem na CCJ do parecer do relator, o senador Tasso Jereissati. Ele elaborou parecer favorável a dois textos, o que veio da Câmara e a chamada “PEC paralela”, que inclui, entre outras coisas, a participação de estados e municípios nas novas regras para aposentadoria.

A reforma da Previdência já aprovada pelos deputados segue agora para o plenário do Senado, onde os senadores poderão apresentar novas sugestões de mudanças ao texto durante as cinco sessões de discussão. A proposta será submetida a dois turnos de votação e precisa de 49 votos para ser aprovada. Se for mantido o texto aprovado na Câmara, com as emendas aprovadas na CCJ, a matéria é promulgada pelo Congresso.

Já a “PEC paralela” precisa primeiro receber o aval dos senadores para, então, tramitar por todas as etapas de uma proposta de emenda à Constituição na Câmara. Enquanto isso, a reforma tributária também deve seguir adiante, com o relator da proposta, o deputado Roberto Rocha, devendo apresentar o texto em até 20 dias.

Mas o tema é complexo e polêmico, envolvendo interesses de diferentes agentes econômicos e esferas da União, o que tende a tornar o processo mais demorado, apesar da pressão por uma aplicação imediata de um novo sistema de impostos no país. Com isso, a situação fiscal de curto prazo tende a continuar sendo o grande problema do país, o que coloca em discussão a famosa PEC do teto de gastos, aprovada no fim de 2016.

A medida proíbe o aumento das despesas públicas acima da inflação por um período de pelo menos dez anos e, junto com a reforma da Previdência, é um dos alicerces para a reconstrução da base fiscal do país. Mas a ala política do governo Bolsonaro atua para flexibilizar a regra, por uma simples “questão de matemática”, enquanto a equipe econômica tenta barrar a revisão da norma, ciente do impacto dessa mudança na confiança dos investidores no país.

Ainda assim, os parlamentares vêm emitindo um sinal importante. Afinal, a agenda de reformas está avançando, o que mostra a boa vontade da classe política em desburocratizar a economia. Assim, tanto a Câmara quanto o Senado tentam ganhar o protagonismo em Brasília, tirando proveito da queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro que, em breve, estará fora de combate por motivos de saúde.

Dia de agenda cheia nos EUA

O calendário econômico do dia está esvaziado no Brasil e em várias outras partes do mundo, o que desloca a atenção para a agenda de indicadores dos EUA, que traz como destaques dados sobre o emprego no país. Às 9h15, será conhecida a criação de postos de trabalho no setor privado em agosto.

O relatório da ADP é tido como uma prévia dos dados oficiais (payroll), que serão conhecidos amanhã.Depois, às 9h30, é a vez dos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA e também dos dados revisados sobre o custo da mão de obra e a produtividade no segundo trimestre deste ano.

Ainda pela manhã, saem dados de agosto sobre a atividade no setor de serviços (10h45 e 11h), além das encomendas às fábricas em julho (11h). Por fim, às 12h, tem os estoques semanais de petróleo bruto e derivados nos EUA. Aqui, merece atenção apenas os indicadores antecedentes da indústria automotiva em agosto (11h20).

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