A oferta subsequente de ações (follow-on) do banco estatal do Rio Grande do Sul, o Banrisul, fracassou. A instituição financeira confirmou, na manhã desta quinta-feira (19), por meio de fato relevante, o cancelamento de sua oferta.
No documento, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que é o acionista controlador, alega que o preço por ação apresentado no procedimento de bookbuilding - em que há a formação do preço - não atendia ao seu interesse.
Antes de o banco confirmar o fracasso da oferta, o jornal "Valor Econômico" havia informado que a oferta subsequente não teria conseguido atrair investidores dispostos a pagar o preço mínimo pedido pelo acionista de R$ 19 por ação.
A publicação ainda destacou que os investidores não ficaram satisfeitos com a redução no tamanho da oferta, que foi revista na data em que estava prevista a precificação dos papéis, e que consequentemente afeta a liquidez das ações ordinárias negociadas pelo banco.
O banco já havia adiado em um dia a definição do preço das ações. Na previsão inicial, a ideia é que o preço tivesse sido apresentado na última terça-feira (17).
A oferta
Depois de anunciar na última semana que iria realizar uma oferta subsequente de ações, o conselho diretor do Programa de Reforma do Estado do Rio Grande do Sul realizou algumas mudanças nas regras da oferta de ações ordinárias do Banrisul (BRSR3), com o adiamento de etapas.
Antes, o acionista controlador tinha previsto a oferta de 96.223.426 ações, o que corresponderia a cerca de 23% do total de ações de titularidade do governo gaúcho.
Mas, na última quarta-feira, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul voltou atrás e disse que seriam ofertadas menos ações. O montante ficaria em 71.350.689 ações.
Porém, estava previsto o lançamento de um lote extra de até 24.972.240 ações e que ficaria a critério do governo gaúcho.