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Bruna Furlani
Bruna Furlani
Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.
de olho nos desafios do banco

Goldman Sachs inicia cobertura do Banco Inter com recomendação de venda e papéis caem

Para os analistas Tito Labarta, Jonathan Schajnovetz e Ashok Sivamohan, o preço-alvo em 12 meses é de R$ 11, o que representaria uma desvalorização de 28,5% em relação ao fechamento da última sexta-feira (7)

Bruna Furlani
Bruna Furlani
11 de novembro de 2019
12:55 - atualizado às 13:15
Foto de uma mão segurando um cartão do Banco Inter (BIDI11 e BIDI4)
Cartão do Banco Inter - Imagem: Julia Wiltgen/Seu Dinheiro

De olho em expandir suas frentes de atuação para além dos serviços financeiros, o Banco Inter (BIDI4) vem chamando a atenção do mercado. Mas, apesar do sólido crescimento, há quem esteja mais cuidadoso e veja com ressalvas como será a capacidade do banco de monetizar a sua base de clientes.

Em relatório enviado ontem (10) a clientes, o banco Goldman Sachs anunciou o começo da cobertura dos papéis com recomendação de venda. Para os analistas Tito Labarta, Jonathan Schajnovetz e Ashok Sivamohan, o preço-alvo em 12 meses é de R$ 11, o que representaria uma desvalorização de 28,5% em relação ao fechamento da última sexta-feira (7).

A expectativa dos especialistas para o Inter vai na direção contrária ao que esperam para o setor de bancos cobertos pela instituição, em que a estimativa é que haja uma alta de 1% no preço-alvo das ações.

Depois de caírem mais de 3% no pregão desta segunda-feira (11), as ações do banco diminuíram um pouco as perdas. Por volta das 12h54, os papéis preferenciais da companhia estavam sendo negociados a R$ 15,02, uma queda de 2,34%.

De olho na monetização

Sem deixar de pontuar o sólido crescimento do Inter, os analistas destacaram que o maior desafio da instituição agora será "efetivamente monetizar a base de clientes para justificar o valor atual da ação".

Segundo eles, o banco terá muito trabalho para fazer com as taxas médias por cliente, por exemplo, fiquem em torno de R$ 50.

Os analistas destacaram dois aspectos que exigem atenção: o net promoter score (NPS) e o custo mais alto de aquisição do cliente. De acordo com os três, ainda que o NPS do banco - métrica que mede a satisfação e lealdade dos clientes  - esteja em 67, o valor vem caindo desde o primeiro trimestre de 2019 em que ele estava em 71.

Outro ponto é que custo de aquisição de clientes (CAC) aumentou cerca de 20% no último trimestre e fechou o período em R$ 22,37.

Para eles, há ainda o fato de que alguns múltiplos do banco estão bem altos quando comparados aos demais concorrentes do setor.

Na visão dos analistas do Goldman Sachs, a relação entre o preço/lucro da ação, - que indica quantos anos seriam necessários para recuperar o preço pago pela ação com os lucros que a empresa apresenta, supondo que o lucro por ação fique constante -, esperada para 2020 estaria em 66,2 vezes. O ponto é a média dos concorrentes estaria bem abaixo, em torno de 11,1 vezes.

O crescimento de clientes não para

Mesmo fazendo algumas ressalvas sobre pontos que aumentam o risco do investimento no banco, os analistas destacaram que a base de clientes do banco deve mais do que triplicar neste ano e fechar em 4,1 milhões. Eles também afirmaram que o Inter pode alcançar a marca dos 7,6 milhões no ano que vem. Apenas para fins de comparação, em outubro deste ano, o banco anunciou que tinha atingido a marca de 3,3 milhões de contas digitais.

"Nós esperamos também que os empréstimos aumentem em 45% neste ano e 41% no ano que vem, o que o coloca de volta nos trilhos para que o seu [retorno sobre patrimônio líquido (ROE)] mais do que dobre e chegue aos 14,6% em 2022, sendo que em 2020 o indicador deve ficar em 7,2% [...] Mas isso está mais do que precificado no valor premium da ação", destacaram os analistas do Goldman Sachs.

Números da companhia

O Inter anunciou os números do seu balanço na última quinta-feira (6). Na ocasião, o banco reportou um lucro líquido de R$ 11,8 milhões no terceiro trimestre de 2019, o que representa uma queda de 38,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Apesar da contração no comparativo ano a ano, o banco acumula um crescimento de 19,6% no seu lucro líquido nos nove primeiros meses do ano.

A receita, por sua vez, fechou o terceiro trimestre deste ano em R$ 297,3 milhões, o que consiste em uma alta de 37,8% ante igual período de 2018.

Já a margem financeira do Inter terminou o último trimestre em 8,7% (queda de 1,9 ponto percentual ano a ano). O indicador foi influenciado principalmente pela oferta de ações do banco, que passou a oferecer units na bolsa em julho deste ano.

Entre as iniciativas adotadas pelo banco para tentar monetizar a base de clientes estão a criação de um super app, que foi lançado de maneira mais discreta em agosto deste ano. Os super apps, como são mais conhecidos, são aqueles que reúnem produtos e serviços de diferentes modalidades em uma única plataforma.

A ideia do Banco Inter é transformar o aplicativo atual e ampliá-lo para um marketplace. O projeto deve se traduzir em uma nova fonte de receita para a instituição financeira.

Ao conversar comigo e com Vinicius Pinheiro no começo de setembro deste ano, o presidente do banco, João Vitor Menin, disse que a venda de produtos dentro do aplicativo poderia ter potencial de gerar até R$ 500 milhões de receita em 2021.

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