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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Análise

Inflação não preocupa e Selic deve continuar em 6,5% por longo período

Se surpresas positivas acontecerem é possível que tenhamos novos cortes de juro, favorecendo ainda mais bolsa de valores, fundos imobiliários e outros ativos de risco

Eduardo Campos
Eduardo Campos
11 de janeiro de 2019
10:36 - atualizado às 14:13
Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central
Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central - Imagem: Beto Nociti/BCB

Em junho de 2017, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou, em entrevista: “Quebramos a espinha dorsal da inflação”. Parecia uma avaliação um pouco apressada tendo vista que apenas dois anos antes o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tinha marcado quase 11%, sem falar no histórico de hiperinflação do país. Mas depois dos resultados de 2016, de 6,29%, e de 2017, de 2,95%, abaixo do piso da meta, não há como duvidar do presidente. Ainda mais após o 3,75% de 2018, divulgado hoje.

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A inflação fechou abaixo do centro da meta de 4,5%, mas dentro da banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O que importa, agora, é a inflação de 2019 e, com peso crescente, 2020, que estão estimadas em 4% tanto no Boletim Focus, quanto pelas projeções do próprio BC no seu cenário de referência. As metas para esses anos são de 4,25% e 4%, respectivamente.

Para os nossos investimentos isso significa que a Selic pode ficar nos atuais 6,5% a perder de vista. E se surpresas positivas acontecerem, como encaminhamento e aprovação da reforma da Previdência, é possível que se abra espaço para novos movimentos de baixa.

Isso é boa notícia para os ativos de risco, como bolsa de valores, e para o setor imobiliário e fundos imobiliários. Na renda fixa, os prêmios já caíram bastante nos papéis do Tesouro Direto, mas ainda é possível garimpar oportunidades. Mas há outros bons negócios em outros ativos de renda fixa. (Os links trazem as melhores dicas sobre cada um desses mercados, vale conferir)

Precisa mesmo esperar as reformas?

Essa inflação de 3,75% em 2018 deve dar mais fôlego a um debate iniciado no fim do ano passado sobre a contribuição da política monetária na retomada do crescimento.

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Em ambiente de crescimento fraco e com expectativas ancoradas ao redor ou até abaixo das metas, alguns especialistas afirmam que há espaço para novas reduções da Selic, mesmo que a agenda de reformas, vista como fundamental pelo BC, não esteja completa.

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A discussão passa pela avaliação sobre o juro neutro ou estrutural, variável não observável, mas que garantira o crescimento com inflação dentro das metas. A última pesquisa do BC sobre o tema, em abril de 2017, mostrou estimativas entre 4% e 4,5%, mas outros cálculos mais recentes mostraram que esta taxa estaria ainda mais baixa, entre 2,5% a 3%.

O BC não releva sua estimativa para a taxa neutra, mas afirma que a política monetária está estimulativa, ou seja, o juro atual está baixo do considerado neutro. Atualmente, a taxa real (juro de mercado descontado da inflação) está ao redor dos 2,6% ao ano.

Cautela, serenidade e perseverança

Em sua última entrevista para falar de política monetária, no fim de 2018, Ilan transmitiu a mensagem de que o Comitê de Política Monetária (Copom) se pauta por mudanças de tendências e não embarca em momentos nos quais os cenários para as variáveis econômicas são mais voláteis para a definição da taxa Selic.

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Não por acaso, os termos cautela, serenidade e perseverança estão no centro do discurso do BC desde então. Segundo Ilan, há um esforço do BC e de outras áreas do governo em reduzir a taxa neutra ou estrutural da economia. Apesar dos avanços, Ilan afirmou que fazer uma afirmação na linha de que essa taxa já caiu seria um pouco prematuro.

Cabe lembrar que o auge das incertezas eleitorais, com dólar a R$ 4,2 e elevação nos prêmios de risco, o Copom chegou a acenar a possibilidade de subir o juro, retirando estímulo monetário, já que as projeções ameaçavam escapar das metas.

Com o resultado da eleição e a posterior acomodação de preços no mercado, o BC abandonou essa avaliação. Mas continua com um balanço de riscos assimétrico, ou seja, o risco de decepção com as reformas aliado a eventuais pioras no cenário externo tem maior peso na avaliação do BC. No outro lado do balanço está a chance de a inflação seguir abaixo da meta em função da debilidade da atividade econômica.

O próximo encontro do Copom acontecerá nos dias 5 e 6 de fevereiro, quando Ilan e os demais diretores voltam a rodar os modelos de projeção que vão considerar um dólar mais baixo e usar seu julgamento sobre como está esse andamento das reformas. O cenário externo também se mostra um pouco menos conturbado.

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Em tese, os modelos recomendariam uma redução, mesmo que breve, da Selic, mas o BC ainda não mudou sua mensagem de cautela, serenidade e perseverança.

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