A Azul divulgou lucro líquido de R$ 137,7 milhões no primeiro trimestre de 2019, ante R$ 172,3 milhões do mesmo período do ano passado (uma queda de 20,1%). O resultado é menor que o número projetado por analistas ouvidos pela Bloomberg. Eles falavam em lucro de R$ 149,11 milhões.
Com esses números, a Azul parece ter sentido um baque do próprio mercado das companhias aéreas brasileiras. O Setor, nos últimos anos, vem sofrendo sucessivas baixas (sendo a mais recente a Avianca), e da variação do dólar. Algo normal para um segmento em que 60% do custo é na moeda norte-americana.
Apesar disso, a empresa diz, em relatório que acompanha o balanço, que mantém seu plano de expansão de margem para os próximos anos. O projeto deve se sustentar no potencial da malha aérea da companhia. A Azul hoje atua em 113 cidades — é a maior companhia aérea em número de voos do País.
"Tenho certeza que a combinação da nossa malha diferenciada com o nosso plano de transformação de frota trará muitas oportunidades para a companhia", diz a empresa. "Com isso poderemos levar a experiência Azul para mais clientes e expandir margens".
A Azul diz que continua comprometida com as projeções financeiras anunciadas no início deste ano. Nos próximos meses, a companhia deve seguir com a estratégia de transformação da frota.
Mais números
Ainda no primeiro trimestre deste ano, a receita líquida da Azul foi de R$ 2,542,0 bilhões. Representando um aumento de 16% em relação ao primeiro trimestre de 2018. Já o resultado operacional (ebit) ficou em R$ 335,6 milhões, numa retração de 10,1%. O ebtida ficou em R$ 724,2, numa alta de 8,1% ante o mesmo período do ano passado.
O yield também apresentou queda, de 0,3%, em relação primeiro trimestre de 2018, ficando em 35,75 centavos. Esse é o valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro, calculado com a divisão da receita de passageiro pelo total de assento-quilômetro ocupado.