Quer investir em ações? Antes de entrar na bolsa, é preciso traçar uma boa estratégia
Se você foi atraído pelo mercado de ações, é uma boa ideia adotar uma estratégia para atingir seus objetivos. Nesse texto, apresentamos algumas táticas para quem quer ter sucesso na bolsa
Depois de muito tempo hesitando e fazendo contas, você finalmente tomou coragem: vai explorar o mundo da bolsa e das ações. Separou uma quantia para investir, abriu uma conta numa corretora e leu a respeito da queda da taxa Selic — e sobre como o mercado acionário está mais atrativo. Tudo certo para começar.
Tá, mas e agora? O que fazer? Quais ações comprar?
Entrar no universo das ações se assemelha a uma viagem para um país desconhecido: fazer as malas e encarar essa terra estrangeira sem nenhuma estratégia, acreditando que apenas o senso de aventura irá te trazer boas experiências, pode resultar em muita dor de cabeça.
Assim, é sempre uma boa ideia se preparar com antecedência. Um primeiro passo é a definição do seu perfil de viajante-investidor: você é um marinheiro de primeira viagem, que prefere navegar por águas calmas antes de encarar o mar aberto, ou um marujo corajoso, que não tem medo de tempestades, apesar da pouca experiência?
Seja lá qual for o seu objetivo ao embarcar nesta jornada, convém ter um bom mapa em mãos. Assim, diminuem as chances de você ir parar num lugar indesejado e guardar memórias ruins da sua imersão no mundo das ações. Além disso, caso você se perca ao longo da viagem, ficará bem mais fácil para voltar ao roteiro.
Dito tudo isso, você deve estar se perguntando: qual a melhor estratégia para entrar no mercado de ações? Bom, há muitas táticas, planos e métodos, com diversos graus de dificuldade — seria impossível detalhar todos num único texto. Mas, pensando em você, investidor pessoa física, eu separei algumas opções que podem te ajudar a dar os primeiros passos mundo afora.
Leia Também
Ações do Assaí (ASAI3) despencam 14% com empresa na mira do Fisco; Yduqs (YDUQ3) salta e lidera altas do Ibovespa na semana
Onde investir em outubro? Eletrobras (ELET6), Cyrela (CYRE3), Alianza Trust (ALZR11) e mais
Monte meu roteiro
Ao se preparar para uma viagem, uma estratégia interessante é ouvir a voz da experiência. Quem já fez o mesmo percurso saberá dar aquela dica que não aparece em nenhum guia, avisará sobre alguma furada que você achava imperdível e te alertará quanto aos perrengues que nem tinham passado pela sua cabeça.
No mercado de ações, também é possível contar com esse tipo de ajuda: muitas instituições financeiras e casas de análise divulgam periodicamente uma carteira com ações recomendadas, explicando toda a tese de investimento por trás dos ativos. Assim, se você não souber nem por onde começar, uma opção é replicar um desses portfólios.
Algumas dessas casas, inclusive, montam mais de uma carteira recomendada, de acordo com o perfil do investidor: há opções mais defensivas e outras mais agressivas; há portfólios focados no pagamento de dividendos e outros restritos às ações de small caps. As alternativas são inúmeras e bastante diversas.
"Uma carteira recomendada sempre tem um analista por trás, que monitora o portfólio e sugere alterações ao longo do tempo", diz Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos. "O investidor pode analisar os resultados passados das carteiras das instituições e escolher qual se adéqua melhor ao seu próprio perfil".
Percurso tranquilo
Outra estratégia para quem quer minimizar o estresse na jornada do mercado de ações é o investimento com foco no recebimento de dividendos. Esse plano não tem como objetivo obter grandes lucros com a compra e venda de ativos, mas sim coletar os proventos distribuídos pelas companhias.
Em linhas gerais, essa estratégia tem como foco as ações de empresas maduras e que são líderes em seus setores de atuação. Essa condição provoca dois efeitos: por um lado, seus papéis não apresentam grande potencial de valorização, mas, por outro, essas companhias geram caixa — e distribuem esses recursos aos acionistas.
"Muitas empresas pagam proventos periodicamente e, com a queda na taxa de juros, muitas distribuem quase 100% do CDI em dividendos", diz Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável do BTG Pactual Digital. "É uma modalidade de investimento mais a longo prazo, para pessoas com mais paciência".
Alguns segmentos da bolsa são conhecidos por serem bons pagadores de dividendo. O caso mais famoso é o setor elétrico, especialmente o de distribuição de energia: tais companhias atuam num ramo bastante regulado e costumam ter uma alta previsibilidade na geração de receita.
E, sem ter como crescer muito ao longo do tempo, muitas distribuidoras recorrem ao pagamento de dividendos para manter suas ações atraentes. "Cada empresa tem seu plano de pagamento de proventos. Se a sua estratégia for receber dividendos, é bom ficar atento a quais distribuem mais", diz Madruga.
Passeio com emoção
Mas se você não quer saber de ficar só repetindo roteiros já prontos ou restringir sua experiência aos pontos mais calmos, há uma estratégia que permite uma viagem mais emocionante: o investimento em empresas com potencial interessante de valorização nas ações.
Ao contrário das grandes pagadoras de dividendos, essas companhias costumam estar em fase de crescimento. Assim, toda o caixa gerado é usado para a expansão de suas atividades, em vez de ser distribuído aos acionistas. E, se tudo der certo e a empresa de fato crescer, suas ações consequentemente passarão a valer mais.
"São companhias que estão sempre passando por mudanças e que têm potencial de conquistar mais mercado", explica Zanlorenzi, do BTG Pactual Digital. No entanto, é importante ressaltar que o investimento em tais empresas também envolvem mais riscos, já que esse processo de crescimento pode enfrentar inúmeros obstáculos.
Fatores externos, má administração, má execução do plano estratégico, problemas inerentes ao setor... são diversos os fatores que podem inibir a expansão de uma empresa nesse perfil. "Há uma conta de risco e retorno a ser feita", destaca Zanlorenzi. "E, na bolsa, quanto maior o risco, maior o retorno".
O investimento em small caps se enquadra nessa categoria: empresas de menor porte possuem, em teoria, um maior potencial de crescimento ao longo do tempo — afinal, é mais fácil para uma companhia pequena dobrar de valor do que para uma gigante, como a Petrobras.
No entanto, é sempre importante ter em mente que esse processo de crescimento não é linear: as small caps e outras empresas com esse perfil de crescimento podem enfrentar dificuldades ao longo do tempo — e suas ações, assim, estão sujeitas a maiores oscilações.
Roteiro livre
Mas se você já tiver algum conhecimento e experiência no mercado de ações, há uma estratégia mais agressiva: o chamado daytrade, isto é, a compra e venda de papéis no mesmo dia. Esta é uma abordagem arrojada e que usa mecanismos mais sofisticados, especialmente de análise técnica.
Esse tipo de investimento consiste na busca por operações de curto prazo, que tragam alta rentabilidade num espaço de tempo reduzido. Para tal, é preciso ter um conhecimento maior do mercado, estar bastante por dentro do noticiário e ter alguma familiaridade com ferramentas gráficas.
Em resumo: é preciso passar mais tempo em frente à tela, de modo a tomar decisões imediatas para o investimento. Partir para essa estratégia implica em estar sujeito aos solavancos da bolsa no dia a dia, mas também pode resultar em ganhos expressivos e relativamente rápidos.
Vai fechar um pacote?
Como eu disse lá em cima, há uma infinidade de estratégias possíveis para quem quer começar a investir na bolsa e no mercado de ações. E, novamente, eu volto a insistir na questão do seu perfil como viajante-investidor: você é conservador ou arrojado? Você tolera a exposição ao risco em troca de possíveis retornos mais altos, ou prefere opções mais seguras, mesmo que tenham uma rentabilidade menor?
"É fundamental saber bem quais são as expectativas de cada um para o futuro. Na parte da estratégia, isso faz toda a diferença", diz Madruga, da Monte Bravo. "Muitas vezes, alguém que se diz investidor é, na verdade um trader, e não há problema nenhum nisso. É apenas uma questão de definir um perfil".
Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram
Dona da Serasa compra ClearSale (CLSA3) com prêmio de 23,5% sobre cotações, mas por menos da metade do valor do IPO; ações sobem forte na B3. O que acontece com os acionistas agora?
Em meio à saída da ClearSale da bolsa após três anos desde o IPO, os investidores da companhia terão três opções de recebimento após a venda para a Experian
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho
Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização
Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça
O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada
Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje
A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores
Efeito Moody´s passa e dólar sobe a R$ 5,4735; Ibovespa renova série de mínimas no dia e cai 1,38%, aos 131.671,51 pontos
Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa operaram no vermelho, pressionadas pela escalada dos conflitos no Oriente Médio
Varejistas, imobiliárias e mais: veja as ações mais (e menos) afetadas pela alta da Selic, segundo o BTG Pactual
Magazine Luiza, Casas Bahia e JHSF estão entre as empresas que mais podem sofrer com a alta da Selic; BTG aponta onde investir neste cenário
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Fim do casamento: Even (EVEN3) conclui venda de participação acionária na Melnick (MELK3)
No mês passado, após sucessivas vendas de ações, a incorporadora paulista tinha participação de cerca de 4,96% na companhia gaúcha
Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço
Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações
Gigante rebaixado: Depois de tantos recordes, Mercado Livre ficou sem espaço para subir mais? Veja o que diz o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para as ações MELI negociadas em Wall Street, de “overweight” — equivalente a compra — para neutro
Allos (ALOS3) anuncia “presente” aos acionistas com dividendos e recompra de ações; confira as condições
Após embolsar R$ 1,9 bilhão com a venda de shoppings, Allos (ALOS3) decide usar parte dos recursos com foco na base de acionistas; ações sobem na B3
Dexco (DXCO3) vende Duchas Corona — e se prepara para possível “banho de água fria” no próximo balanço
Famosa graças um jingle de sucesso nos anos 1970 e 1980, as Duchas Corona perderam mercado nos últimos anos; ações da Dexco (DXCO3) reagem em alta
Eneva (ENEV3) lança oferta primária na B3 e pode captar mais de R$ 4 bilhões com follow-on na bolsa
Considerando apenas o lote inicial, a operação deve movimentar pelo menos R$ 3,2 bilhões — e parte da demanda já está garantida
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
BB Investimentos corta preço-alvo para ações da MRV — mas analistas revelam por que você ainda deveria estar animado com MRVE3
A redução de preço-alvo para as ações da construtora de baixa renda teve um principal “culpado”: o desaperto monetário mais lento nos Estados Unidos
Nvidia já vale quase quatro ‘Ibovespas’ — e ainda tem investidor de olhos fechados para o exterior, diz sócio do BTG
Segundo Marcelo Flora, a expansão no exterior é “inevitável”, mas ainda há obstáculos no caminho de uma verdadeira internacionalização da carteira dos brasileiros