Tesouro Direto: tudo que você precisa saber para comprar títulos públicos
Essa é uma das modalidades mais populares de investimentos do país e tem como vantagem a praticidade e a segurança

Quem busca uma aplicação de baixo risco deve entender como funciona o Tesouro Direto. Esse investimento ficou escondido nas prateleiras dos bancos por um bom tempo porque rende mais do que outras aplicações e o investidor paga menos taxas. Mas o que passou, passou. O importante é que você está aqui agora e disposto a entender como funciona o sistema de venda de títulos públicos brasileiros para a pessoa física.
O Seu Dinheiro separou aqui tudo o que você precisa saber para investir no Tesouro Direto:
O que é
O Tesouro Direto é uma das ferramentas do governo utilizadas para a venda de títulos públicos federais. Criado em 2002, ele tem foco no investidor pessoa física e ficou popular por permitir que se faça negociações pela internet.
A ideia do programa surgiu pela necessidade de popularizar as vendas dos títulos públicos, até então restritos e com venda feita através de fundos de renda fixa.
De maneira bem prática, quando o investidor compra um título do Tesouro funciona como se ele emprestasse dinheiro ao Estado, que depois devolve o valor e paga juros sobre o tempo aplicado. Entenda os detalhes dessa aplicação neste link.
Como investir
Para investir nos papéis do TD, basta ter uma conta em um banco ou corretora. O processo de compra e venda é todo online. Se você ainda tem dúvidas, veja o passo a passo de como garantir seu papel.
Leia Também
Tipos de títulos
O governo coloca à venda tanto títulos prefixados como pós-fixados. Nos dois casos, você pode escolher se prefere receber seus rendimentos de uma vez só no fim do contrato ou semestralmente até o vencimento do título. A diferença dos títulos está na taxa de juros.
Prefixados
Nesse caso, as taxas são definidas no momento da compra do título. Por exemplo, se você comprar em 2018 uma LTN (título prefixado) que paga 10% ao ano e tem vencimento em 2021, você vai receber o juro contratado acumulado em 2021 . Faça chuva ou faça sol, a Selic suba ou caia.
Pós-fixados - IPCA ou Selic
Além da taxas definidas na hora da aplicação, os juros serão calculados com base em indicadores variáveis, como a inflação oficial (medida pelo IPCA) ou da taxa Selic. Entenda as condições de cada aplicação e saiba o melhor título para você.
Preço e rentabilidade
É possível começar a investir no Tesouro Direto com R$ 30. Já a rentabilidade varia de acordo com o papel que você adquire. Fique atento às taxas cobradas pelas corretoras. Em algumas delas, como a Rico, Easyinvest e BTG Pactual não há taxas de custódia. Mas, em alguns bancos e corretoras, elas podem chegar a 2% e corroer a sua rentabilidade. Aqui você encontra mais detalhes para entender os preços e os rendimentos dos títulos.
Taxas e impostos
Para investir no Tesouro Direto você terá de pagar dois tipos de taxa diferentes. A primeira é cobrada pela BM&FBovespa para cobrir os custos com sistema, operações e negociações feitas pelos investidores e tem o valor fixo de 0,30% ao ano sobre o valor de cada título.
A segunda taxa é paga diretamente à sua corretora e costumam ser negociadas no momento da compra do título. Vale a pena pesquisar quais taxas são oferecidas pelo mercado porque muitas corretoras não cobram esse tipo de tarifa.
Já com relação aos impostos, o Tesouro Direto segue a mesma linha de pagamentos dos outros investimentos em renda fixa. Sobre cada rendimento pago incide Imposto de Renda proporcional e calculado através de uma tabela.
No caso de você resgatar o dinheiro aplicado antes de 30 dias, terá que pagar uma alíquota de IOF no momento da retirada. Veja todos os detalhes de taxas e impostos cobrados no Tesouro Direto.
Vale a pena?
Em geral, vale, sim. É muito comum comprar o Tesouro Direto com a poupança. O Tesouro dá um rendimento maior e seu risco é baixo - especialmente para quem segura o título até o vencimento. Quer mais razões? Acesse aqui que te dou várias!
Como resgatar
Uma das grandes vantagens do Tesouro Direto é que ele te permite resgatar o dinheiro a qualquer momento durante o contrato. Para efetuar a retirada, você deve solicitá-la via aplicativo, site da corretora ou do Tesouro Direto. O pedido pode ser feito qualquer dia da semana. No dia útil seguinte ao pedido, o dinheiro será liberado e depositado na sua conta. Entenda o passo a passo para resgatar seu título.
Qual a melhor corretora
O primeiro passo é verificar se a corretora que você pretende investir está cadastrada no sistema de instituições habilitadas do Tesouro Direto. Depois, é preciso achar quais cobram menos taxas para aumentar a sua rentabilidade. Ao todo, são 78 instituições que oferecem títulos do TD. Aqui você encontra uma lista com todas as que não cobram taxas.
Simulador do Tesouro Direto
No site do Tesouro Direto, você encontra uma calculadora para comparar a rentabilidade dos títulos. É possível calcular a partir do valor que você quer ter no futuro ou a dos aportes que você pode fazer hoje. Lá você também encontra uma comparação direta com a poupança.
Ficou com alguma dúvida? Me diga o que mais você quer saber sobre o Tesouro Direto no espaço de comentários. Se quiser receber nossos conteúdos por e-mail, clique aqui.
Além do Tesouro
Agora que você sabe tudo sobre títulos públicos, que tal ir além do Tesouro Direto e conhecer outros investimentos em Renda Fixa? Nesta matéria te indico 10 boas aplicações desse grupo.
Dupla de FIIs de logística domina lista dos fundos imobiliários mais recomendados para agosto; confira os favoritos de 10 corretoras
Os analistas buscaram as oportunidades escondidas em todos os segmentos de FIIs e encontraram na logística os candidatos ideais para quem quer um show de desempenho
Clima de eleições embala grande reencontro do mercado financeiro na Expert XP – e traz um dilema sobre o governo Bolsonaro
Com ingressos esgotados, a Expert XP 2022 não pôde fugir do debate entre Lula e Bolsonaro, mas esqueceu-se da terceira via
Onde os brasileiros investem: CDBs ultrapassam ações no 1º semestre, e valor investido em LCIs e LCAs dispara
Volume investido em CDBs pelas pessoas físicas superou o valor alocado em ações no período; puxado pelo varejo, volume aplicado por CPFs cresceu 2,8% no período, totalizando R$ 4,6 trilhões
Bitcoin e Ibovespa têm as maiores altas do mês e reduzem as perdas no ano; veja o ranking completo dos melhores investimentos de julho
Neste início de semestre, os humilhados foram exaltados, o dólar deu algum alívio, mas os títulos públicos atrelados à inflação continuaram apanhando
Bolsa, juros, dólar ou commodities: o que comprar e o que vender segundo duas das principais gestoras de fundos brasileiras
Especialistas da Kinea e da Legacy Capital participaram do primeiro painel da Semana da Previdência da Vitreo e contaram suas visões para o cenário macroeconômico e os ativos de risco nos próximos meses
Deu ruim para as startups: aportes em venture capital no Brasil caem 62% no segundo trimestre; investidor muda foco para o private equity
Os investidores que estão em campo procuram empresas já estabelecidas e com resultados mais robustos; startups ainda estão no radar
Virou poupança? Nubank só vai começar a pagar rendimento na NuConta após 30 dias; entenda
Mudança de rendimento da conta do Nubank deve começar no final de julho e será aplicada exclusivamente ao saldo dos novos depósitos
Investimento numa hora dessas? Sim! De renda fixa a ações, de FIIs a criptomoedas, saiba onde investir no segundo semestre
O momento macroeconômico é difícil e pode ser que você tenha menos recursos para investir do que antes, mas ainda assim existem oportunidades. No podcast Touros e Ursos desta semana, falamos sobre elas
Onde investir no 2º semestre: fundos imobiliários de tijolo estão muito baratos, mas ainda não é hora de abandonar completamente os FIIs de papel
Montar uma carteira mais equilibrada, capaz de marcar pontos tanto com a defesa quanto com o ataque, é a dica dos especialistas em FIIs para o segundo semestre
Crise dos unicórnios e demissões em massa têm explicação: investimentos em startups caíram 44% no primeiro semestre
Inflação global, escalada da alta de juros e a Guerra da Ucrânia geraram incertezas no mercado e “seguraram” os investimentos; as mais afetadas são as startups de late stage e unicórnios
Fundos de papel retornam ao topo da preferência dos analistas; veja quais são os FIIs favoritos para julho
Em meio ao temor de recessão global, as corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro voltaram-se novamente para a proteção do papel
Onde investir no 2º semestre: receio com próximo governo, inflação e juros representam riscos para a economia, diz Figueiredo, da Mauá Capital
Na abertura do especial “Onde Investir” no 2º semestre de 2022, o gestor detalha os prognósticos para a economia brasileira
Dólar dispara em junho e é o melhor investimento do mês; mas com a alta dos juros, primeiro semestre foi da renda fixa
Bitcoin, por outro lado, vem apanhando em 2022, e foi o pior investimento do mês e do semestre
Entenda por que a Regra da Morte (ainda) não foi acionada mesmo com bitcoin abaixo dos US$ 21 mil — e se ainda existe chance de acontecer
O motivo pelo qual o gatinho não acionou a regra é incerto, mas ainda existe a chance dele ser disparado
Selic vai mesmo parar de subir? Saiba se é finalmente hora de comprar títulos prefixados no Tesouro Direto
Com fim da alta dos juros, prefixados parariam de se desvalorizar, passando a subir quando a Selic finalmente começasse a cair. Mas já está na hora de assumir essa posição?
Bitcoin (BTC) está a menos de US$ 2.500 do gatilho da ‘Regra da Morte’ — e isso pode fazer criptomoedas derreterem ainda mais; entenda
A Microstrategy tem mais de US$ 3 bilhões de bitcoin em caixa, o que ameaça as cotações à vista da maior criptomoeda do mundo
Conheça quatro formas de conseguir dinheiro para abrir ou expandir o seu negócio
Antes mesmo de conseguir dinheiro para o seu negócio, é preciso pensar no propósito e nos objetivos da empresa a longo prazo
Semana do bitcoin (BTC) teve dividendos em criptomoedas, renda fixa digital e um mês do fim da Terra (LUNA); saiba o que esperar dos próximos dias
Nesta sexta-feira (10), a maior criptomoeda do mundo volta a cair após a inflação dos Estados Unidos vir pior do que o esperado
Ethereum (ETH) explode ‘bomba de dificuldade’ da rede e criptomoeda se aproxima da sua versão 2.0; entenda o que isso significa
O processo final de atualizações deve acontecer entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano, de acordo com os desenvolvedores
Bitcoin (BTC) sente fraqueza antes da inflação dos Estados Unidos e criptomoedas devem fechar mais uma semana pressionadas
O mercado reage à decisão do Banco Central Europeu de subir os juros no futuro, em linha com o esperado pelos investidores